
A Pol�cia Civil j� oficiou donos de lojas e empresas localizadas no entorno da Pra�a Paulo Pinheiro Chagas, no Bairro Eldorado, em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, para analisar imagens de c�meras de seguran�a que possam ter flagrado o confronto entre dezenas de atleticanos e cruzeirenses no �ltimo domingo. A inten��o � tentar identificar integrantes dos dois grupos que se enfrentaram com paus, pedras barras de ferro antes do cl�ssico entre Atl�tico e Cruzeiro. Nesta ter�a-feira, o delegado Carlos Eduardo de Oliveira abriu inqu�rito para investigar a briga.
O boletim de ocorr�ncia do caso foi registrado como les�o corporal. Por isso, a Pol�cia Civil informou na segunda-feira que a investiga��o s� seria aberta caso alguma v�tima fizesse representa��o na delegacia. Por�m, segundo a assessoria de imprensa da corpora��o, ao receber as informa��es da Pol�cia Militar (PM), o delegado Carlos Eduardo solicitou abertura do inqu�rito para investigar a provoca��o de tumulto e o crime de rixa. Ele se baseou no Estatuto do Torcedor, que prev� que, mesmo em crimes de les�o corporal, a apura��o dos fatos pode acontecer ainda que n�o haja representa��o de v�timas.
A confus�o ocorreu por volta das 10h. Segundo a PM, cerca de 30 torcedores do Atl�tico e 50 do Cruzeiro se encontraram no momento em que cada grupo se dirigia para a partida realizada entre os dois clubes, v�lida pelo Campeonato Brasileiro, na Arena Independ�ncia, Bairro Horto, Leste de BH. V�deos divulgados na internet mostram os momentos de selvageria. Pelas imagens, � poss�vel ver pedras atiradas a todo momento, com correria dos envolvidos.
Depois que todos foram embora, a pra�a ficou cheia de pedras espalhadas. Tamb�m foi vista uma barra de ferro jogada no ch�o e alguns peda�os de pau. Uma das pedras lan�adas acabou acertando o vidro de um supermercado da regi�o, dando um susto nos funcion�rios que trabalhavam no momento. Foi necess�rio fechar a porta do estabelecimento, para que a confus�o n�o se estendesse ao centro de compras ou algum cliente fosse atingido. Tr�s pessoas que particiaram da briga ficaram feridas e foram encaminhadas para o Hospital Jo�o XXIII.
Em entrevista ao Estado de Minas na segunda-feira, o promotor Fernando Ferreira Abreu, da Promotoria de Defesa do Consumidor, respons�vel por apurar conflitos entre torcidas organizadas, afirmou que as baixas penas e a falta de fiscaliza��o das pessoas envolvidas nos tumultos ajudam na impunidade. “Todas as vezes em que foram comprovadas as participa��es de integrantes das torcidas houve puni��es de suspens�o de entrada de pessoas com material de identifica��o, como camisetas e bandeiras. Mas o grande problema � a impunidade. As san��es s�o muito baixas, a fiscaliza��o dos indiv�duos � p�ssima, ent�o acaba que n�o vale a Justi�a punir se n�o houver fiscaliza��o”, afirmou. “Se n�o tiver uma pol�cia voltada para esse tipo de situa��o e Justi�a que traga puni��o severa, vamos prender e no outro domingo a pessoa vai procurar confus�o novamente”, completou.
Segundo ele, neste ano nenhuma torcida organizada foi punida, pois n�o foi identificado nenhum integrante das agremia��es nas brigas registradas em 2016. No confronto do cl�ssico pelo campeonato mineiro, em 27 de mar�o, quando 173 pessoas foram detidas na Avenida Cristiano Machado, Regi�o Nordeste de BH, nenhum integrante de torcida organizada foi identificado.
(RG)