
A Samarco vai entregar ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis (Ibama) nesta sexta-feira um plano que detalha, entre outras medidas, como vai conter os rejeitos de min�rio que continuam escoando em grande volume pela bacia do Rio Doce. O detalhamento foi pedido pelo Comit� Interfederativo, criado para supervisionar o cumprimento do acordo firmado pela mineradora para recuperar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fund�o, em novembro do ano passado, em Mariana, Regi�o Central de Minas. O prazo para apresentar os dados se encerra hoje.
O vazamento de mais de 60 milh�es de metros c�bicos de rejeitos de minera��o matou 19 pessoas, destruiu comunidades e provocou a maior trag�dia ambiental do pa�s. Segundo o Comit� Interfederativo, formado pelo por representantes da Uni�o, estados de Minas Gerais e Espirito Santo e �rg�os ambientais envolvidos, considera o rompimento da barragem um desastre ambiental “em curso”. Uma das principais raz�es para isso � o imenso volume de rejeitos de min�rio (mais de 13 milh�es de metros c�bicos) que ainda est� retido na regi�o do rompimento e nas margens e afluentes da bacia.
Uma das preocupa��es, � com o per�odo chuvoso. Segundo o Comit�, quando chove sobre a regi�o atingida, o material levado at� a foz do Rio Doce, no Esp�rito Santo, deixa um rastro de polui��o pelo caminho. “Os diques de conten��o provis�rios constru�dos pela Samarco esgotaram rapidamente a capacidade de armazenamento”, informou.
Por causa disso, solicitaram o plano de conten��o dos rejeitos para a Samarco. Em nota, a empresa informou que realizou, na �ltima quarta-feira, uma reuni�o com o Ibama em Bras�lia para discutir o conte�do do detalhamento das medidas. “Hoje, a empresa protocola este material, na unidade do Ibama, em Belo Horizonte, destinado ao Comit� Interfederativo”, informou.
Candonga
Outra medida que a Samarco ter� que tomar � a limpeza da Usina Hidrel�trica Risoleta Neves, tamb�m conhecida como Candonga. Um aditivo de um termo de ajustamento de conduta (TAC) foi assinado para a retirada dos mais de 10 milh�es de metros c�bicos de material que ainda est�o no reservat�rio, que fica no munic�pio de Santa Cruz do Escavado, Zona da Mata. O documento, a que o em.com.br teve acesso e que foi homologado na quarta-feira, mostra que ainda h� risco de colapso da estrutura.
O aditivo do TAC foi assinado pela Samarco, controlada pela Vale e a BHP Billinton, o Cons�rcio Candonga, respons�vel pela usina hidrel�trica, e o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG). A mineradora ter� sete dias para apresentar um projeto para a dragagem do material que est� no reservat�rio. Depois disso, ter� o mesmo prazo para aguardar o posicionamento dos �rg�os ambientais para a execu��o. Em caso de descumprimento, a empresa est� sujeita a multa de R$ 300 mil por dia.