
O vazamento de mais de 60 milh�es de metros c�bicos de rejeitos de minera��o matou 19 pessoas, destruiu comunidades e provocou a maior trag�dia ambiental do pa�s. O Comit� � formado por representantes da Uni�o, estados de Minas Gerais e Espirito Santo e �rg�os ambientais envolvidos. A Samarco n�o faz parte.
Segundo o Comit� Interfederativo, ambientalistas e autoridades consideram a trag�dia um desastre ambiental “em curso” e que uma das principais raz�es para isso � o imenso volume de rejeitos de min�rio (mais de 13 milh�es de metros c�bicos) que ainda est� retido na regi�o do rompimento e nas margens e afluentes da bacia. Ainda de acordo com o Comit�, quando chove sobre a regi�o atingida, o material levado at� a foz do Rio Doce, no Esp�rito Santo, deixa um rastro de polui��o pelo caminho. “Os diques de conten��o provis�rios constru�dos pela Samarco esgotaram rapidamente a capacidade de armazenamento”, informou.
A mineradora prop�s a constru��o de estruturas permanentes, previstas para estarem prontas em dezembro, depois do in�cio do per�odo chuvoso. No entanto, segundo o Comit�, ap�s vistoria em maio o Ibama concluiu que, se for mantido o atual ritmo de trabalho, tais diques s� estar�o prontos no ano que vem.
O prazo de dez dias para a Samarco detalhar medidas a serem tomadas come�ou a valer nessa ter�a-feira. “A resolu��o � para impedir uma nova polui��o de grandes propor��es da bacia do rio Doce a partir de outubro, quando aumenta o volume de chuvas na regi�o. Existe a possibilidade iminente de chegar o pr�ximo per�odo chuvoso sem nenhuma capacidade de reten��o de rejeitos”, refor�a.
A resolu��o exige tamb�m que a mineradora tamb�m apresente em dez dias um plano para a dragagem emergencial do reservat�rio de Candonga, que pertence � Usina Hidrel�trica Risoleta Neves, onde ficaram retidos pelo menos 10 milh�es de metros c�bicos de lama. A barragem est� em seu limite de seguran�a m�xima e h� risco de se romper. Pelo acordo firmado entre o governo e a Samarco h� tr�s meses, a dragagem emergencial da barragem de Candonga deveria ter come�ado em 28 de mar�o.
A Samarco, que pertence � Mineradora Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, disse em nota que lamenta os danos causados ao meio ambiente e que desde o dia seguinte ao acidente tem se empenhado em remediar seus impactos.
Ainda de acordo com a mineradora, o Comit� Interfederativo, que � parte integrante do acordo, na sua terceira reuni�o nessa ter�a-feira, em Bras�lia, solicitou maior n�vel de detalhamento das a��es j� em curso relativas �s estruturas de conten��o permanentes e provis�rias de rejeitos da Samarco, dragagem da �rea emergencial da Usina Hidrel�trica Risoleta Neves; estrat�gias e ao plano de a��o para a gest�o de rejeitos, especialmente nos rios Gualaxo do Norte e Carmo; constru��o de sistemas alternativos de capta��o para todos os munic�pios que captam �gua na calha do rio Doce e cadastramento de impactados pelo rompimento da barragem de Fund�o. “Todo o detalhamento das informa��es ser� entregue no prazo de dez dias, conforme solicitado pelo Comit� Interfederativo”, informou a Samarco.