“Eles n�o respeitam ningu�m e incomodam muito. Espalham muita sujeira, fezes e urina para todo lado. � uma situa��o sem controle”, afirma o comerciante Ant�nio Henrique Del Prete, que reside na Rua Cear�. Segundo ele, o consumo de �lcool � intenso entre os moradores de rua e at� brigas s�o registradas. Outra queixa, de acordo com Ant�nio, � que, al�m dos c�es e pombos que ficam no lugar, at� mesmo galinhas eles trazem consigo, quando mandam as barracas. “Na semana passada eram umas oito galinhas. A rua vira uma sujeira s�”, disse.
Uma das moradoras de rua, que se identificou como Luciana, explicou a situa��o: “A gente s� monta a barraca nos fins de semana e � por causa do frio. Uma � para mim e meu marido e a outra � para um rapaz que anda com a gente”, disse. Segundo ela, nos dias da semana, o grupo n�o permanece no lugar.
Na semana passada, a Prefeitura de Belo Horizonte ampliou as a��es para acolhimento da popula��o de rua. Entre as medidas do plano emergencial, previsto para durar at� meados de julho, est� a amplia��o do hor�rio de atendimento das equipes dos servi�os Abordagem de Rua e Consult�rio na Rua, que atualmente trabalham junto a essas pessoas de 8h �s 21h e passar�o a atuar at� 23h.
A expans�o do hor�rio, especialmente na Regi�o Central de BH, � para que os moradores de rua possam ser ainda melhor informados sobre o aumento dos riscos � sa�de devido �s baixas temperaturas e os orientados a buscar espa�os de prote��o, como as unidades de acolhimento onde eles podem dormir, fazer a higiene pessoal e se alimentarem. A lista inclui centros de refer�ncia e as unidades de acolhimento, como abrigos, albergue e rep�blicas.
O plano emergencial tamb�m prev� o reordenamento e at� mesmo a amplia��o das cerca de 1300 vagas nas unidades de acolhimento, caso a capacidade seja esgotada. Apesar do fluxo oscilante diariamente, a PBH informou que at� o in�o da semana havia cerca de100 vagas ociosos.
PERTENCES PESSOAIS Sobre a retirada de pertences pessoais dos moradores de rua em via p�blica, a prefeitura refor�a que continua seguindo a instru��o normativa 01/2013, por meio do trabalho da fiscaliza��o. O texto prev� que em nenhuma hip�tese, os pertences pessoais essenciais � sobreviv�ncia da popula��o em situa��o de rua ser�o objeto de apreens�o pelos agentes p�blicos.
Nessa lista entram itens como pe�as de vestu�rio, alimentos, documentos pessoais, bolsas, mochilas, receitu�rios m�dicos, medicamentos, cobertores, objetos de higiene pessoal, materiais essenciais ao desenvolvimento do servi�o/trabalho, utens�lios port�teis, dentre outros. Segundo Soraya, somente ser�o recolhidos objetos acumulados pela popula��o de rua que estejam obstruindo o espa�o p�blico, conforme prev� o documento.