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Estado de Minas

"Voc� n�o tem no��o de como � viver sabendo que uma pessoa tentou tirar a sua vida por um motivo banal", diz noiva envenenada

Funcion�ria de buf� gastou o dinheiro da recep��o e quis matar a noiva no dia do casamento. Acusada foi condenada a seis anos de pris�o e agora ter� de pagar R$ 100 mil de indeniza��o


postado em 28/06/2016 20:15 / atualizado em 29/06/2016 09:57

 

Kênia conta que ainda sofre com as lembranças do casamento(foto: Divulgação/Álbum de família)
K�nia conta que ainda sofre com as lembran�as do casamento (foto: Divulga��o/�lbum de fam�lia)
Passados sete anos da tentativa de homic�dio que sofreu no dia do seu casamento, a pedagoga K�nia Freitas, de 32 anos, ainda tenta se recuperar do trauma de ter sido evenenada pela mulher que contratou para fazer a festa e que decidiu mat�-la por n�o ter condi��es de realizar o buf�. “Fa�o terapia at� hoje por isso. Voc� n�o tem no��o de como � viver sabendo que uma pessoa tentou tirar a sua vida por um motivo banal”, lamenta a v�tima.

 

K�nia resistiu ao veneno e o casamento aconteceu com buf� prec�rio, em 10 de janeiro de 2009. Nesta semana, uma decis�o da Justi�a reacendeu as lembran�as do dia sonhado pela pedagoga como um dos mais felizes da sua vida, mas que acabou virando um pesadelo. A Justi�a condenou a ex-funcion�ria de um buf� de Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a pagar R$ 100 mil de indeniza��o a K�nia. A acusada foi condenada a 10 anos de pris�o por tentativa de homic�dio, recorreu da senten�a e a pena foi reduzida para seis anos. Atualmente, ela est� presa em regime semiaberto.

“A minha hist�ria est� tendo desdobramento at� hoje. N�o � f�cil. Dif�cil esquecer. Continuo casada e hoje temos um filho de 2 anos, mas a hist�ria sempre vem � tona, como agora, mesmo que seja por Justi�a. Abre de novo uma ferida que nunca se fechou”, lamenta a pedagoga. Ele conta que escuta as pessoas nas ruas comentando o seu caso, sem imaginar que foi ela a v�tima. “Contam uma hist�ria mirabolante e a hist�ria � comigo. V�rias vezes isso aconteceu”, disse K�nia, que compara o que viveu a um drama de novela.


A pedagoga conta que ela � a �nica filha dos seus pais, que tem um irm�o, e que a sua cerim�nia de casamento foi idealizada por toda a fam�lia. “Quando chegou o dia, que foi t�o sonhado, planejado e organizado, uma pessoa atravessou a nossa hist�ria e destruiu um sonho. Eu pensei nos m�nimos detalhes, planejei um dia inesquec�vel para os meus pais e os pais do meu noivo e aconteceu uma situa��o tr�gica como essa”, disse a pedagoga.

K�nia disse n�o ter nenhum sentimento ruim em rela��o � mulher que tentou mat�-la. “Pe�o a Deus por ela. � uma pessoa carente de Deus. O sentimento de �dio n�o faz bem a ningu�m, mas quero que a Justi�a seja feita, como tem sido feita”, disse ela. “Minha fam�lia � toda crist� e costuma falar que a igreja preparada para o meu casamento poderia ter sido para o meu vel�rio”, completa.

K�nia conta que seu casamento foi planejado com muita anteced�ncia e que tudo foi pago antes para que ela se sentisse tranquila quando chegasse o dia, sem se preocupar com d�vidas. “Eu participei do dia da noiva que eu contratei e a pessoa que foi contratada para organizar a festa de casamento apareceu l� com os buqu�s das damas e o meu. Ela me ofereceu um copo de isot�nico, com a desculpa de que as noivas ficam muito nervosas no dia do casamento e ficam desidratadas. Ela me serviu a bebida e eu compartilhei com a mo�a que fazia as minhas unhas e a que arrumava o meu cabelo. Na verdade, eu n�o gostava muito da bebida. Cada uma tomou um pouco. Eu passei mal e as outras duas pessoas passaram mal com os mesmos sintomas que eu, enjoo, tontura e �nsia de desmaio. Por isso, eu fiquei desconfiada”, conta a pedagoga.

Uma das mo�as, segundo ela, teve convuls�o. O caso foi levado � pol�cia e as v�timas foram submetidas a exames, assim como a bebida, que tinha uma subst�ncia denominada carbofuram, usada como veneno para ratos.

 


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