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Estado de Minas

Propriedade do s�culo 18 em Belo Vale ser� restaurada e ocupada pelo Instituto Inhotim

Fazenda Boa Esperan�a, tombada pela Uni�o desde 1959 e pertencente ao Iepha-MG, ter� obras do Inhotim e ser� aberta � visita��o p�blica


postado em 29/06/2016 19:34 / atualizado em 29/06/2016 21:43

Cenário de filme, fazenda colonial, que teve 900 escravos, foi responsável pelo abastecimento de alimentos de Ouro Preto, capital da província(foto: Divulgação)
Cen�rio de filme, fazenda colonial, que teve 900 escravos, foi respons�vel pelo abastecimento de alimentos de Ouro Preto, capital da prov�ncia (foto: Divulga��o)
Um dos mais importantes integrantes do patrim�nio cultural de Minas, a Fazenda Boa Esperan�a, em Belo Vale, na Regi�o Central do estado, passar� por reforma. O despacho que garante o desenvolvimento de estudos t�cnicos para a ocupa��o da fazenda do s�culo 18 foi assinado pelo governador Fernando Pimentel nesta quarta-feira.

A fazenda � tombada pelos governos federal e estadual e pertence ao Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha-MG). A iniciativa � uma parceria com o Instituto Inhotim e a Prefeitura de Belo Vale.

De acordo com o governador, o Vale do Paraopeba, com o Inhotim em uma ponta e a Fazenda Boa Esperan�a na outra, � exatamente a ponte entre o s�culo 18 e o s�culo 21. “A fazenda, que � do s�culo 18, foi tombada como patrim�nio nacional em 1959, e, desde ent�o, nada ou quase nada foi feito para preserv�-la e incorpor�-la ao patrim�nio de Minas Gerais. Agora vamos tornar isso poss�vel. A fazenda vai ser revitalizada, reformada, o projeto j� est� em andamento, e o Instituto Inhotim vai tomar conta, junto com a prefeitura”, afirmou o governador. Para ele, a requalifica��o da Fazenda Boa Esperan�a � uma forma de torn�-la “pe�a �til ao acervo cultural” de Minas Gerais.

O projeto para ocupa��o da fazenda ser� feito pelo Iepha-MG e pelo Inhotim. Esses estudos comp�em o “Refazenda - Projeto para Revitaliza��o da Fazenda Boa Esperan�a”, e contemplam a��es integradas de plano de gest�o, ocupa��o art�stica, educa��o patrimonial e relacionamento com a comunidade de Belo Vale. “O objetivo � potencializar gera��o de renda para a regi�o e as atividades educativas e sociais, de forma a inserir as comunidades quilombolas do entorno no projeto de sustentabilidade da Boa Esperan�a”, informou o governo. A estimativa de investimento � de R$ 1,6 milh�o.

Em agosto, o Iepha-MG vai publicar edital de licita��o para a recupera��o da propriedade. O custo estimado � de R$ 2,34 milh�es. Ser�o executadas obras de restaura��o arquitet�nica e de instala��es complementares da sede, al�m de cria��o de infraestrutura para ampliar as possibilidades de uso. A parceria tornar� a Fazenda Boa Esperan�a e seu acervo uma �rea de visita��o, com obras do Inhotim e preserva��o da reserva florestal.

Quem chega � fazenda, a seis quil�metros do Centro de Belo Vale, n�o deixa de se impressionar com a grandiosidade do monumento hist�rico e paisag�stico, considerado pal�cio rural desde os tempos do Bar�o de Paraopeba (coronel Romualdo Jos� Monteiro de Barros, 1773/1855), senhor de mais de 900 escravos que trabalhavam na minera��o de ouro e agricultura. Logo na entrada, no meio do extenso p�tio gramado, duas frondosas sapucaias d�o boas-vindas aos visitantes, convidando ao sil�ncio, comunh�o com a natureza e contempla��o do engenho de pedra (paiol) e da capela de Nosso Senhor dos Passos, na varanda comprida. A varanda dos fundos tem 36 metros de comprimento e 2,5m de largura, com esteiras coloridas de taquara no forro. O sobrado de 45 portas hospedou dom Pedro II. Nele chamam a aten��o os muxarabis, janelas em treli�a azul que permitem � pessoa que est� dentro da casa ver a parte externa sem ser vista.

Filme e livro

Cen�rio do filme Vinho de Rosas, da cineasta mineira Elza Cataldo, a hist�ria da Boa Esperan�a tamb�m foi contada em livro do jornalista Tarc�sio Martins, nascido em Belo Vale. A obra conta que “a �rea original, situada na antiga regi�o do Rio Paraopeba, era formada por 25 mil alqueires e compreendia dezenas de fazendas com pr�speras minas. Anos mais tarde, com o esgotamento do ouro, as fazendas dos Monteiro de Barros passaram a trabalhar o campo para cultivo da terra. O que se produzia na Boa Esperan�a, al�m de atender ao consumo interno, abastecia a capital da Prov�ncia de Minas, Ouro Preto. Os bons resultados do latif�ndio proporcionaram ao lend�rio Bar�o de Paraopeba poder econ�mico e t�tulos”.

A fazenda adquiriu papel pioneiro na ind�stria metal�rgica do pa�s, com o desenvolvimento de atividades precursoras da tecnologia industrial sider�rgica. “No tradicional casar�o, foram tomadas importantes decis�es pol�ticas, al�m de ser resid�ncia de um presidente da prov�ncia de Minas (1850), o Bar�o de Paraopeba”, escreveu Martins.

RB


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