
Segundo o hospital, a pediatria foi escolhida por se tratar do local que causar� o menor impacto poss�vel na popula��o, j� que os 14 atendimentos todos os dias, em m�dia, corresponde a 10% da demanda do pronto-socorro da unidade. O hospital tamb�m informa que as dificuldades financeiras acontecem por conta de problemas nos repasses estabelecidos com a Prefeitura de Belo Horizonte e tamb�m com o Governo de Minas Gerais.
Ainda conforme a assessoria de imprensa do Risoleta Neves, as negocia��es com o poder p�blico continuam e o quadro pode ser revertido caso os repasses sejam resolvidos.
Outra informa��o divulgada pelo hospital � que o atendimento na maternidade n�o sofrer� nenhuma altera��o, assim como o de beb�s com agendamento para retorno ao laborat�rio da unidade. Todos os pacientes pedi�tricos que procurarem o Risoleta Neves ser�o orientados a buscarem uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais pr�xima de suas resid�ncias.
RESPOSTA DA PREFEITURA Em nota, a Secretaria Municipal de Sa�de diz que o hospital � uma propriedade do Governo de Minas, por meio da Funda��o Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig). Em 2012, conforme a pasta, entrou em vigor um conv�nio que assegurarava o financiamento da unidade como responsabilidade dos governos estadual e federal, sendo 50% para cada uma das esferas.
O mesmo conv�nio determinou a recomposi��o anual do custeio, baseado no �ndice de infla��o dos servi�os da sa�de (IGPSa�de), mas, mesmo com aval das �reas t�cnicas, o Minist�rio da Sa�de n�o fez o reajuste, segundo a Secretaria Municipal de Sa�de. Para garantir os compromissos, a secretaria disse ter acordado com o governo do estado um aporte contingencial de R$ 3 milh�es por m�s, sendo R$ 1,5 milh�o para cada �rg�o. A parte da prefeitura seria para suprir valores n�o corrigidos de responsabilidade federal.
Esse investimento municipal foi honrado at� o momento e sacrificou outras atividades da secretaria, segundo a pasta. Por�m, n�o poder� mais ser assumido por conta de dificuldades em outras unidades da prefeitura, como as Upas Leste e Odilon Behrens, al�m de ser responsabilidade do estado e da Uni�o. Como alternativas, a secretaria sugere que o governo do estado efetive o reajuste do IGPSa�de de 2016 e que o Minist�rio da Sa�de recomponha o valor de custeio defasado desde 2014.
GOVERNO DO ESTADO Diferente do que afirma a Secretaria Municipal de Sa�de, a Secretaria de Estado de Sa�de (SES) garante que o Hospital Risoleta Neves n�o pertence � rede Fhemig e, portanto, n�o � de gest�o estadual. Em 2015, a unidade recebeu R$ 89 milh�es dentro do programa Pro-Hosp. Para 2016 est� previsto um repasse de R$ 93 milh�es, com pagamento em 12 parfcelas mensais de R$ 7,8 milh�es.
As parcelas de janeiro a maio j� foram quitadas, segundo a secretaria. O valor referente a junho est� em processo de pagamento, de forma que os repasses est�o normais, ainda segundo a Secretaria de Estado de Sa�de. "Vale ressaltar que a SES-MG j� � respons�vel por 60% do custeio do Hospital Risoleta Neves (15% s�o de compet�ncia do munic�pio e 25% do Minist�rio da Sa�de), e qualquer necessidade de incremento no custeio dessa unidade depende de uma discuss�o entre as tr�s esferas", diz a nota enviada pela pasta.
A reportagem tamb�m fez contato com o Minist�rio da Sa�de e aguarda retorno.