Pai de Romerinho comenta campanha para trazer hospital especializado para BH

H� cerca de 45 dias instalado com a fam�lia na Calif�rnia, Estados Unidos, e distante o mesmo prazo de iniciar o tratamento contra a leucemia linfobl�stica aguda no Hospital City of Hope, em agosto, o estudante de Belo Horizonte Romero Junio do Esp�rito Santo, de 17 anos, envia v�deo para agradecer �s milhares de pessoas que lhe mandaram cartinhas, desenhos e bilhetes de incentivo, al�m do recorde de R$ 1 milh�o em doa��es para a campanha #somostodosromerinho. “No fundo, a mensagem que todos me passavam era: ‘N�o desista, Romerinho’. Foi isso que me deu mais vontade de viver, al�m da corrente de ora��es, energia positiva e f� em Deus”, diz o jovem, que tem se mostrado ansioso para retribuir parte do apoio recebido no combate ao c�ncer.

“A �ltima ideia dele � trazer o hospital City of Hope para o Brasil, na inten��o de ajudar os outros Romerinhos”, explica emocionado o pai, o comerciante Romero Fernandes do Esp�rito Santo, em entrevista ao jornal Estado de Minas, em BH. Mais uma vez, a fam�lia vai precisar da ajuda dos amigos e participantes da campanha para acessar a p�gina #somostodosromerinho e participar do abaixo-assinado. “Em dois dias, j� conseguimos perto de 2 mil assinaturas. O processo � muito r�pido, mas precisamos reunir pelo menos 10 mil assinaturas”, calcula o pai, que j� inscreveu a demanda no site Avazz, por meio do link https://goo.gl/A056bT. Romero, j� no momento de acompanhar a interna��o do filho no City of Hope, teve uma conversa preliminar com a dire��o do hospital.

“Vamos lan�ar a semente do projeto”, diz o pai, que j� tem o apoio declarado de uma influente esportista nascida em BH, mas radicada h� mais de 20 anos nos EUA, Ester Sanches-Naek, que � m�e de um jovem da mesma idade de Romerinho. Em conversa pelo WhatsApp, Ester se comprometeu a se engajar na campanha para trazer � capital mineira o centro de pesquisa City of Hope, refer�ncia nos casos mais desafiadores de c�ncer. “Se for da vontade de Deus, seremos vitoriosos. Mas a vit�ria maior ser� ajudar milhares de pessoas que lutam contra essa doen�a”, diz.

No depoimento, Romerinho conta que a ideia de trazer o City of Hope veio da batalha di�ria enfrentada pelos pacientes de c�ncer no Brasil. “Fiz v�rios amigos. N�o consigo me esquecer de um menino branquinho, de uns 5 anos, que chegou com um calombo grande no pesco�o. Ele estava tomando a quimio. A fam�lia tinha uma condi��o muito simples e ele vinha do interior de Minas. Enfrentava cinco horas de estrada toda semana”, lembra o garoto, por telefone. Vale lembrar que Romerinho est� h� 10 anos em tratamento contra a leucemia. Em 2014, chegou a fazer um transplante de medula �ssea, mas a doen�a reapareceu dois anos depois, em abril.


Ningu�m deve duvidar da for�a de vontade das pessoas envolvidas na campanha de Romerinho que, em 15 dias, mobilizaram recursos que atingiram perto de R$ 1 milh�o para salvar a vida do garoto. “Assim que soubemos do diagn�stico, a m�dica explicou que entre 15 a 20 dias meu filho precisaria estar nos EUA para se submeter a um tratamento experimental. Era a �nica chance dele. Sentei-me com um amigo, conhecido h� 30 anos, e pedi ajuda para criar uma rifa, a��o ou campanha capaz de arranjar US$ 250 mil em pouco tempo”, revela Romero, que contou com a contribui��o informal de pessoas ligadas � C�mara de Dirigentes Logistas (CDL) e ao Col�gio Santo Agostinho, onde o jovem estuda.

Na partida para os Estados Unidos, a esperan�a levada na bagagem foi tamanha que, ao refazer os exames no City of Hope, verificou-se que Romerinho teve uma melhora fora da curva no quadro de sa�de. “Apesar disso, ainda n�o significa a cura, existe a possibilidade de tentar um passo anterior ao da pesquisa, que � mais arriscada”, afirma a m�dica Cl�udia de Bessa Solmucci, que acompanha o caso. Ao chegar aos EUA, foi constatado que era poss�vel tentar, antes do tratamento alternativo, uma infus�o de linf�citos com as c�lulas da irm� doadora. H� possibilidade de o procedimento ser suficiente para a leucemia n�o voltar.

Enquanto isso, a irm� Carolina e a m�e Simone permanecem na Calif�rnia, ao lado de Romerinho, uma vez que tratamento deve durar pelo menos um ano. O demonstrativo da presta��o de contas da campanha est� publicado na internet, com comprovantes (s� o hospital cobrou o dep�sito antecipado de R$750 mil).