A infra��o � considerada m�dia, punida com multa de R$ 85,13 e perda de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilita��o (CNH). Na tarde de ontem, em apenas cinco minutos, 82 ve�culos, inclusive um carro da Pol�cia Militar, deixaram a Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro Sion, na Regi�o Centro-Sul, e entraram na BR-356, sentido Bairro Belvedere, na mesma regi�o, com os far�is apagados.
No Bairro Madre Gertrudes, na Regi�o Oeste, em cinco minutos foram flagrados 47 ve�culos circulando por pela pista do Anel Rodovi�rio no sentido Vit�ria com os far�is apagados, muitos deles saindo da Avenida Amazonas. At� uma ambul�ncia trafegava com os far�is apagados.
O desempregado Marcos Paulo Pereira, de 22 anos, dirigia sua caminhonete pelo Anel dentro da lei. “Mesmo antes dessa legisla��o, eu sempre ligava os far�is do carro. Acho que d� mais seguran�a, mais visibilidade para outros motoristas”, justifica. J� o montador de m�veis L�cio Jos� Janu�rio, de 26, dirigia seu carro pela mesma rodovia sem acionar as luzes. “Esqueci, mas vou ficar mais atento para n�o ser multado. Acho que vai demorar um pouco para me adaptar”, disse. Muitos motoristas est�o ligando apenas os faroletes, o que tamb�m os torna sujeitos a multa.
No primeiro fim de semana de validade da lei, Minas Gerais ficou em quarto lugar no ranking dos estados que mais multaram condutores por desrespeitarem a nova norma. Entre sexta-feira e segunda, 14,9 mil motoristas foram multados, dos quais 1.231 em Minas, considerando-se apenas as rodovias federais sob responsabilidade da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF).
O primeiro lugar ficou com o estado de Goi�s (2.583 infra��es). Os dados foram divulgados pela PRF do Rio Grande do Sul e confirmados pela chefia da corpora��o em Bras�lia e pela assessoria de comunica��o em Minas Gerais. Com as autua��es, o governo arrecadou cerca de R$ 1,274 milh�o. Em Minas, a arrecada��o com a aplica��o da multa no per�odo foi de R$ 104 mil.
Segundo o inspetor Aristides J�nior, assessor de comunica��o da PRF em Minas, ainda n�o � poss�vel fazer uma an�lise precisa sobre os n�meros, porque n�o h� um par�metro de compara��o. Por�m, ele acredita que a quantidade de autua��es possa diminuir com o aumento da divulga��o. “Essa altera��o da legisla��o � importante para que os pedestres visualizem melhor os carros e miniminizem os atropelamentos. Da mesma forma, � poss�vel inibir as colis�es frontais, quando o condutor visualizar um ve�culo no sentido contr�rio a uma dist�ncia maior”, afirma o inspetor.
O QUE PODE E O QUE N�O PODE
O policial acrescenta que muitos motoristas est�o na d�vida sobre qual farol pode ser usado com a entrada em vigor da nova lei. A norma prev� que o DRL (farol de rodagem diurna, da sigla em ingl�s), que consiste em uma tecnologia de LEDs que equipa carros mais modernos, � uma op��o que atende � exig�ncia legal, conforme determina��o do Departamento Nacional de Tr�nsito (Denatran).
O DRL j� vem de f�brica em ve�culos mais novos e est� regulamentado por uma resolu��o do Conselho Nacional de Tr�nsito (Contran) de 2007. Normalmente, essa op��o � acionada quando o motorista liga o carro. J� o farol de milha n�o serve para substituir o farol baixo, bem como o de neblina. Muitos motoristas est�o rodando apenas com a luz do farolete ligada, somada ao farol de milha, o que tampouco atende � exig�ncia legal.
Ainda segundo o inspetor Aristides J�nior, muitas oficinas est�o oferecendo servi�os de adapta��o do sistema el�trico de ve�culos para que o farol baixo seja ligado automaticamente com o acionamento do carro, o que tamb�m n�o � permitido. Uma das pistas que indica essa modifica��o para a PRF � o fato do carro estar com o farol baixo aceso, mas com as luzes traseiras apagadas.
“N�o haver� persegui��o da PRF a ve�culos por causa de farol. S� durante as abordagens de rotina verificaremos (poss�veis altera��es na ilumina��o)”, completa o inspetor. Nesse caso, o artigo 230 do CTB prev� que conduzir o ve�culo com “equipamento do sistema de ilumina��o e de sinaliza��o alterados” � infra��o grave, punida com multa de R$ 127,69 e perda de cinco pontos na CNH.
Zona de sombra
Confira o ranking das multas no Brasil entre os dias 8 e 11 de julho
1) Goi�s 2.583
2) Paran� 1.909
3) Santa Catarina 1.453
4) Minas Gerais 1.231
5) Rio Grande do Sul 1.060
Total de multas aplicadas nas rodovias federais do Brasil: 14.974 
MANUTEN��O SER� MAIS FREQUENTE
Quem usa mais rodovias vai precisar trocar mais as l�mpadas dos far�is do carro. Especialistas alertam que a nova lei trar� impacto na manuten��o, especialmente para aqueles motoristas que viajam com maior frequ�ncia. De acordo com o projetista �ptico Diego Costa, da fabricante Magneti Marelli, a dura��o das l�mpadas � medida em horas, variando de um modelo para o outro. O consumidor dever� est� atento a essa informa��o se quiser ter ser farol durando por mais tempo.
O dif�cil � conseguir o dado t�cnico nos an�ncios de lojas pela internet, embora esteja � disposi��o em homepage de alguns fabricantes. Muitos preferem colocar na apresenta��o do produto que “duram tr�s vezes mais” ou “duram at� 12 anos”, o que n�o corresponde � realidade, segundo Costa, j� que o tempo de uso est� ligado �s horas em que a l�mpada ficou acesa.
O site da Osram, ind�stria que produz l�mpadas automotivas, � um dos que trazem informa��es claras sobre os produtos. Uma l�mpada da linha Silverstar 2.0, tipo H4, a mais comum em far�is de carros mais antigos, varia de 400 a 700 horas/dura��o para o filamento da luz baixa e de 250 a 450 o da alta. Mas h� produtos espec�ficos, como a luz de led H7, de efeito x�non, em que o anunciante anuncia a durabilidade de 50 mil a 100 mil horas. Al�m de l�mpadas hal�genas, com 5 mil horas de dura��o.
De modo geral, a garantia contra defeitos � de 90 dias. Conferir os dados t�cnicos agora ser� importante para donos de ve�culos e motoristas que trafegam nas estradas do pa�s, j� que a escolha da l�mpada pode evitar a troca prematura e at� representar melhores resultados no conjunto de ilumina��o do farol. Importante destacar que mesmo fabricantes tradicionais n�o disponibilizam nas embalagens informa��es sobre durabilidade. A op��o pode ser ligar para o servi�o de atendimento da empresa e tirar a d�vida.