
As estradas n�o duplicadas s�o palco da maior incid�ncia de colis�es frontais, afirma o policial, j� que nelas n�o h� obst�culo f�sico separando os ve�culos que trafegam em dire��es opostas. Um fator que agrava o quadro, uma vez que, em Minas Gerais, apenas cerca de 3% das rodovias s�o duplicadas, de acordo com levantamento do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG). Algumas das principais estradas que passam por BH, como a BR-381 (sa�da de Minas para o Esp�rito Santo) e a BR-040 (Bras�lia/MG/RJ) ainda passam por obras de duplica��o, sendo a Rodovia Fern�o Dias (trecho da BR-381 entre Minas e S�o Paulo) a �nica com pista dupla, canteiros, �reas de escape e acostamentos em toda a sua extens�o. “Quando temos uma rodovia duplicada, fica muito mais dif�cil um carro colidir de frente com outro em sentido contr�rio. Isso porque h� mais espa�os para as ultrapassagens e, quando um motorista perde o controle, tem de passar por cima de canteiros, muretas e obst�culos f�sicos para atingir um ve�culo na pista oposta”, afirma o inspetor J�nior.
A tend�ncia verificada em Minas Gerais se repete em todo o territ�rio nacional. De acordo com o levantamento “Acidentes de Tr�nsito nas Rodovias Federais Brasileiras”, do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), “considerando a mortalidade por tipo de acidente, verifica-se que a colis�o frontal foi respons�vel por 33,7% das mortes (em 2014), seguida pelos atropelamentos de pessoas, respons�vel por 14,6% das mortes”. “Esses tipos de acidente (frontais) responderam por 6,5% do total e, embora menos frequentes, foram os mais letais. Nos acidentes do tipo colis�o frontal morreram 40,4 pessoas a cada 100 acidentes; e nos do tipo atropelamento de pessoas, 29,1”, constata o texto.

Enquanto as obras necess�rias n�o chegam, para evitar esse tipo de acidentes o porta-voz da PRF recomenda mais aten��o aos motoristas, paci�ncia na hora da ultrapassagem e que n�o dirijam com sono ou cansados. “Se reduzirmos a imprud�ncia, isso ter� impacto na redu��o das colis�es frontais, diminuindo a quantidade de mortos e feridos v�timas de acidentes”, afirma o inspetor J�nior.