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Estado de Minas

Cidades mineiras com t�tulo de Patrim�nio Cultural da Humanidade enfrentam problemas

Apesar da beleza, tr�nsito ca�tico, poeira de minera��o e placas exclusivamente em portugu�s s�o algumas das mazelas que exigem solu��o em Ouro Preto, Congonhas e Diamantina


postado em 24/07/2016 06:00 / atualizado em 24/07/2016 07:43

Nas ruas de Ouro Preto, habitantes e turistas se espremem entre veículos de todos os tipos em pleno Centro Histórico(foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)
Nas ruas de Ouro Preto, habitantes e turistas se espremem entre ve�culos de todos os tipos em pleno Centro Hist�rico (foto: Euler J�nior/EM/D.A Press)

Ouro Preto, Congonhas e Diamantina –
Tr�nsito ca�tico nas ladeiras hist�ricas, poeira de minera��o soprada sobre os monumentos e placas apenas em portugu�s para orientar os turistas. As cidades coloniais mineiras reconhecidas como Patrim�nio Cultural da Humanidade pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco) esbanjam beleza por todos os cantos, embora enfrentem problemas que atravessam os tempos e desafios ainda longe de solu��o. Agora na companhia do conjunto moderno da Pampulha, de Belo Horizonte, com o t�tulo desde domingo passado, elas elevam Minas ao patamar de estado brasileiro com o maior n�mero de bens na lista da institui��o internacional.

Definidas pelos especialistas como estruturas do s�culo 18 convivendo com os gargalos do s�culo 21, Ouro Preto e Congonhas, na Regi�o Central, e Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, viram o n�mero de ve�culos dobrar nos �ltimos 10 anos, com perigo para muitas constru��es de pau a pique e adobe, entre igrejas, capelas, sobrados e pr�dios p�blicos. Ouro Preto, primeira cidade brasileira a receber o t�tulo, em 1980, j� tem 32,7 mil ve�culos nas ruas, contra 15,7 mil em julho de 2006. Diamantina quase triplicou e Congonhas, onde fica o Santu�rio do Bom Jesus de Matosinhos, com os profetas esculpidos por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1737-1814), mais que dobrou.

Em Diamantina, o casario colonial é bem conservado, mas o trânsito ainda desafia(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Em Diamantina, o casario colonial � bem conservado, mas o tr�nsito ainda desafia (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Na avalia��o das autoridades, o t�tulo representa turismo, o que implica investimentos privados em hotelaria, gastronomia e servi�os. Em Congonhas, o reconhecimento trouxe v�rios benef�cios, como a abertura do Museu de Congonhas, que, em sete meses de funcionamento, j� recebeu 40 mil pessoas. Para facilitar a vida dos visitantes estrangeiros, Diamantina precisa ter informa��es bil�ngues nas placas, enquanto Ouro Preto luta tamb�m contra a ocupa��o dos morros e descaracteriza��o de vias p�blicas. Os turistas elogiam a arquitetura e, movidos pelo encantamento das cidades, fazem descobertas nesse universo permeado pela hist�ria de mais de 300 anos.


Mem�ria

Risco de perda


O t�tulo de Patrim�nio Cultural da Humanidade pode n�o ser para sempre – para tanto, � preciso preservar os s�tios hist�ricos. Em meados da d�cada passada, uma amea�a pairou sobre Ouro Preto, que recebeu o t�tulo da Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco) em 1980. Devido � falta de pol�ticas e a��es para proteger aquele que � considerado o maior conjunto arquitet�nico colonial do pa�s, o reconhecimento ficou na balan�a em fun��o da degrada��o dos monumentos, ocupa��es irregulares de morros, inc�ndio de dois casar�es, tr�nsito ca�tico, destrui��o de um chafariz, entre outras agress�es. A popula��o se manifestou, pendurou panos pretos nas janelas em sinal de luto, at� que houve mais aten��o das autoridades. Na �poca, o Morro da Queimada, considerado um dos pontos primordiais da hist�ria da ex-Vila Rica, estava invadido por 19 fam�lias, situa��o que mudou mais tarde com a prote��o municipal.


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