
A conten��o dos rejeitos da Barragem de Fund�o, em Mariana, na Regi�o Central de Minas, foi o tema da reuni�o entre a Samarco, as suas controladoras Vale e BHP Billinton, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), e outros �rg�os, nesta quinta-feira. A preocupa��o � com o pr�ximo per�odo chuvoso, pois a lama de minera��o pode causar mais danos ao meio ambiente e tamb�m romper a Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).
A preocupa��o dos �rg�os ambientais � devido a proximidade do per�odo chuvoso. Quando a barragem de Fund�o se rompeu, em 5 de novembro do ano passado, foram despejados 35 milh�es de metros c�bicos de rejeitos do meio ambiente. A trag�dia, que deixou 19 mortos, � considerada a pior degrada��o ambiental do pa�s.
O �ltimo relat�rio conclu�do pelo Ibama sobre as a��es da Samarco na �rea mais degradada pela trag�dia de Mariana traz uma preocupa��o. O documento, divulgado em 21 de julho, constata que a��es importantes para o correto carreamento de rejeitos acumulados ao longo de 102 quil�metros entre a Barragem de Fund�o e a Usina Hidrel�trica Risoleta Neves, n�o foram implementadas. A situa��o coloca a barragem da usina em risco de rompimento, j� que a estrutura sofre a press�o de 10,8 milh�es de metros c�bicos de sedimentos.

Em nota, o Superintendente do Ibama em Minas Gerais, Marcelo Belis�rio, mostrou preocupa��o com a situa��o. “Quando e como a Samarco conseguir�, definitivamente, controlar o vazamento de rejeitos da Barragem de Fund�o. Essas s�o as respostas que queremos”, disse sobre a reuni�o. “N�s temos cerca de 30 milh�es de metros c�bicos de rejeitos espalhados nos cerca de 102 km que v�o de Bento Rodrigues at� a Usina de Candonga. Com o in�cio das chuvas se aproximando solicitamos, por exemplo, que a Samarco apresente um plano de conting�ncia caso, na pior das hip�teses, aconte�a o rompimento da usina”, completou.
Essa � a 3º reuni�o da C�mara de Rejeitos e Seguran�a Ambiental do Comit� Interfederativo do Rio Doce (CRSA/CIF), criado para fiscalizar e verificar as a��es para reverter os danos da trag�dia de Mariana. Al�m das empresas e do Ibama, participaram do encontro, consultores t�cnicos, integrantes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), do Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam), da Funda��o Estadual do Meio Ambiente (Feam), do Cons�rcio Candonga, Cemig, Ag�ncia Nacional de �guas (ANA).
Em nota, a Samarco informou que mensalmente as entidades envolvidas nas a��es de recupera��o e remedia��o dos impactos do rompimento da barragem discutem os projetos j� em curso, al�m de melhorias e aperfei�oamentos em suas execu��es. A empresa negou que ainda h� vazamento de rejeitos. “A Samarco reitera que n�o h� vazamento de rejeitos de sua �rea de barragens e lembra que vem adotando um conjunto de medidas desde o rompimento da barragem de Fund�o para impedir o carreamento de rejeitos para as �guas dos rios, mesmo no per�odo de chuvas. Entre as medidas est�o a revegeta��o das margens dos rios, a constru��o dos diques de conten��o, refor�o das estruturas remanescentes, a constru��o de outras estruturas (Nova Santar�m e Eixo 1) e a dragagem do reservat�rio da UHE Risoleta Neves (Candonga)”, disse.
Afirmou, ainda, que o trabalho de dragagem “foi intensificado no in�cio deste m�s” e “est� dentro do cronograma”. A previs�o � que a dragagem dos primeiros 400 metros seja conclu�da at� junho de 2017, “o que permitir� a volta da opera��o da usina”. “A estabilidade da barragem da hidrel�trica j� foi atestada dentro dos padr�es de normas t�cnicas pelo Cons�rcio Candonga, respons�vel pela opera��o da usina", completou.