
Fontes ligadas � constru��o dos refor�os nos diques de Sela e Tulipa, barramentos respons�veis por reter os rejeitos de Fund�o que n�o vazaram ap�s o rompimento ocorrido em novembro de 2015, e envolvidas na implanta��o dos novos barramentos de Eixo e Nova Santar�m, afirmam que as obras t�m sido um desafio enorme e que nem o cronograma previsto estaria garantido. O perigo para os trabalhadores � t�o grande no canteiro de obras, que os caminh�es s� podem chegar a uma certa dist�ncia, sendo que a terra que vai sendo usada para refor�o e forma��o dos barramentos precisa ser empurrada por tratores controlados remotamente.
Com a previs�o de vazamentos iminente a partir do per�odo chuvoso, que deve come�ar em setembro, v�rias medidas para minimizar os impactos foram propostas, algumas de dif�cil execu��o, como o alteamento (amplia��o da altura) do chamado dique S3, uma barragem constru�da em fevereiro no limite entre o terreno da Samarco e o distrito de Bento Rodrigues. “S� altear n�o ser� suficiente, por isso ser� preciso trazer uma draga para remover o material que foi depositado no dique (S3). Cada caminh�o que sai � a garantia de mais espa�o para um caminh�o de rejeito que vazar”, afirma o dirigente do Ibama. O instituto quer ainda que seja feita a remo��o dos rejeitos que ficaram depositados depois do S3, no C�rrego Santar�m. Esse � o curso d’�gua por onde a lama e os rejeitos de min�rio de ferro que vazaram da Barragem do Fund�o desceram, destruindo tudo at� encontrar o Rio Gualaxo do Norte.
No Gualaxo tamb�m ser� necess�ria a constru��o de tr�s diques para conter uma onda de rejeitos que eventualmente se desprenda do Fund�o, tentando impedir que essa massa percorra 60 quil�metros e chegue ao Rio do Carmo, em Barra Longa, e assim ao Rio Doce. “Antes, a exig�ncia era de implantar um dique ainda neste ano, mas com a gravidade da situa��o, ser�o necess�rios tr�s”, afirma o superintendente do Ibama em Minas Gerais. Duas barragens submersas precisam ser implantadas no leito da represa de Candonga para reter a �gua das chuvas e os rejeitos, preservando a estrutura de poss�vel ruptura. “A possibilidade de rompimento � muito pequena, mas � preciso criar uma l�mina d’�gua na represa, para que as dragas possam se aproximar mais”, afirma Campos.
A Samarco informou por meio de nota que “n�o h� vazamento de rejeitos de sua �rea de barragens” e lembra que vem adotando “um conjunto de medidas desde o rompimento da Barragem do Fund�o, para impedir o carreamento de rejeitos para as �guas dos rios, mesmo no per�odo de chuvas”. “Entre as medidas est�o a revegeta��o das margens dos rios, a constru��o dos diques de conten��o, refor�o das estruturas remanescentes, a constru��o de outras estruturas (Nova Santar�m e Eixo 1) e a dragagem do reservat�rio da Usina Risoleta Neves (Candonga).” A companhia acrescentou que cumpre rigorosamente os prazos definidos no escopo do acordo assinado pela empresa, seus acionistas (Vale e BHP Billiton), os governos federal, de Minas Gerais e do Esp�rito Santo.