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Estado de Minas

MP diz que �gua tratada de Valadares foge aos padr�es de qualidade

Prefeitura da cidade, que fica no Vale do Rio Doce, diz que situa��o � normal, com base em laudos t�cnicos, e n�o h� motivo para alarmismo. Desde rompimento de barragem de mineiro em Mariana, rio ficou polu�do


postado em 09/08/2016 21:36

MP acredita que material que vazou da barragem de Fundão possa ter sido transportado pelo rio(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
MP acredita que material que vazou da barragem de Fund�o possa ter sido transportado pelo rio (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
O �ndice de alum�nio na �gua fornecida pelo Servi�o Aut�nomo de �gua e Esgoto (Saae) de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, est� al�m do limite estabelecido pelo Minist�rio da Sa�de. Pelo menos � o que diz os dados apresentados nesta ter�a-feira pelo Minist�rio P�blico Estadual de Minas Gerais (MPMG), Minist�rio P�blico Federal (MPF) e Defensoria P�blica da Uni�o, afirmando que a �gua coletada na sa�da das esta��es de tratamento (ETAs) Central, Vila Isa e Santa Rita e em quase todos os pontos da rede de distribui��o, est� fora dos padr�es de potabilidade, com risco de efeitos cr�nicos � sa�de dos consumidores.

Laudo da Central de Apoio T�cnico (Ceat) do MPMG, assinado por uma engenheira qu�mica, analista do �rg�o, teve por base resultados das an�lises da �gua coletada em 5 de julho �ltimo, junto com t�cnicos da Mineradora Samarco. Desde o rompimento da barragem de rejeitos de min�rio de Fund�o, em Mariana, que pertence empresa, foi verificado que os n�veis de alum�nio estavam muito elevados na capta��o do Rio Doce.

De acordo com o documento da Ceat que foi divulgado, n�o h� d�vida acerca dos efeitos cr�nicos � sa�de humana causados pela ingest�o constante de alum�nio: “Em um dos trabalhos cient�ficos mais completos sobre o tema (Rondeau et al., 2008), foi constatado que, a partir de valores superiores ou iguais a 0,1 mg/l de alum�nio na �gua produzida para abastecimento p�blico, o risco de dem�ncia e decl�nio cognitivo aumenta”, destaca o documento. O padr�o de potabilidade do alum�nio (0,2 mg/L) � estabelecido pela Portaria MS No 2914/2011.

O relat�rio do Ceat, destaca  ainda que “in�meros estudos demonstram que a presen�a do alum�nio na �gua em concentra��es superiores ao padr�o de potabilidade pode contribuir para o aparecimento de algumas doen�as no organismo humano, tais como a osteoporose, doen�as neurol�gicas e altera��es neuro comportamentais, incluindo a encefalopatia, esclerose lateral amiotr�fica, doen�a de Parkinson, dem�ncia dial�tica e mal de Alzheimer.”

De acordo com o MPMG, “considerando que os rejeitos das barragens apresentam em sua composi��o elevadas concentra��es de alum�nio, � bem poss�vel que o metal tenha sido transportado ao longo do Rio Doce, ocasionando altera��es na composi��o qu�mica em diversos trechos desse curso d’�gua, conforme a dire��o dos ventos, os �ndices pluviom�tricos e a vaz�o do rio”. Al�m disso, o laudo aponta a substitui��o do coagulante pol�mero de ac�cia-negra pelo sulfato de alum�nio como outro motivo para a eleva��o dos n�veis do metal na �gua.

Por meio de nota, a Samarco afirmou que coletas acompanhadas pela empresa indicaram que “n�o h� altera��es nos par�metros de alum�nio ou metais pesados”. Segundo o texto, foram colhidas pela Samarco amostras nas esta��es , enviadas para an�lise aos laborat�rios Bioagri e Tommasi, ambos acreditados pelo Inmetro. “Os resultados comprovam que n�o h� altera��es nos par�metros de alum�nio ou metais pesados. Tais an�lises est�o � disposi��o das autoridades”, diz a mineradora.

De acordo com a Samarco, ela ainda n�o foi notificada a respeito dos resultados das amostras colhidas pelo Minist�rio P�blico. “De todo modo, a empresa realiza o monitoramento constante da qualidade da �gua em 92 pontos ao longo de todo o Rio Doce e foz. Na regi�o de Governador Valadares laudos recentes comprovam que o par�metro qu�mico alum�nio est� dentro dos limites estabelecido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e dentro do hist�rico do rio no que diz respeito � �gua bruta. Em rela��o � �gua tratada, laudos comprovam que todos os par�metros est�o em conformidade com a portaria 2.914, do Minist�rio da Sa�de”, diz o texto.

A secret�ria de Comunica��o da Prefeitura de Governador Valadares, Nagel Medeiros, informou na noite de ontem que n�o h� situa��o para alarmismo. “O Saae faz pelo menos duas coletas di�rias para an�lise em seus laborat�rios. A situa��o est� normal e, se n�o estivesse, n�o estar�amos distribuindo a �gua”. A secret�ria destacou ainda que, em 5 de julho, data da coleta do laborat�rio que fez o laudo do Minist�rio P�blico, an�lises de t�cnicos do Saae apontaram �ndice de alum�nio de 0,087%, abaixo do toler�vel, de 0,2%. “Estamos aguardando laudos de laborat�rios credenciados pelo Inmetro de exames mais completos. Mas hoje a situa��o est� tranquila”, reafirmou.


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