
Dados dos �ltimos tr�s dias disponibilizados pela empresa atestam que entre 16 e 18 de agosto, o Rio das Velhas alcan�ou vaz�o de 10,6; 11,1 e 11,6 metros c�bicos por segundo (m³/s). Mas, no in�cio da semana, no dia 15, o rio chegou a sua marca mais baixa de vaz�o nos �ltimos 30 dias (9,3m³/s). Este �ndice, se repetido por sete dias seguidos, � suficiente para colocar o manancial em estado de alerta e j� configura a situa��o de escassez de �gua.
De acordo com o presidente do CBH-Velhas, Marcus Vin�cius Polignano, as medidas foram acertadas durante reuni�o na manh� de hoje entre os representantes do comit�, da Copasa, Cemig e da mineradora Anglo Gold, estas �ltimas detentoras de barragens na regi�o pr�xima � capta��o para abastecimento da Grande BH. “Foi uma reuni�o para discutir a opera��o t�cnica, que deve come�ar dentro de 15 a 20 dias, no m�ximo. J� houve acordo entre todos os envolvidos, o que precisa agora � definir quando, e em qual quantidade, as empresas v�o liberar �gua de suas barragens para aumentar a vaz�o d�gua no Velhas”, explicou Polignano.
Segundo ele, a medida � de extrema necessidade para que o velhas possa vencer o per�odo cr�tico de estiagem que ainda deve se estender at� outubro, quando come�am as primeiras chuvas. “Ainda estamos no m�s de agosto e n�o temos previs�o de chuvas de intensidade maior nessa regi�o”, lembra.
Polignano explicou ainda que a Copasa retira em torno de 6,5 metros c�bicos do Rio das Velhas para atender a Grande BH e que, com marcas na casa dos 10m³/s, sobrariam ent�o apenas 3,5 metros c�bicos para o rio continuar a correr � jusante. O ambientalista destaca que n�o � poss�vel utilizar todo o rio para abastecer BH, o que poderia inviabiliz�-lo do ponto de vista ecol�gico. “Mas a Copasa j� acertou que se esse n�vel voltar a ser alcan�ado, a empresa ir� reduzir a capta��o para 5,5m³/s.
Em 2015, quando o manancial viveu uma situa��o parecida, o pr explica que o foco estava todo voltado para a crise h�drica, o que possibilitou mais aten��o ao problema. “Nossa calha vem sofrendo uma s�rie de altera��es. Estamos ocupando de forma desordenada uma regi�o de recarga do rio. N�o adianta achar que teremos �gua se fizermos ocupa��o desordenada. Temos um cen�rio que realmente preocupa muito”, acrescenta Polignano, lembrando que medidas a longo prazo precisam ser adotadas.