
A obra, cujos tapumes foram retirados na semana passada, est� num espa�o de 7.200 metros quadrados e � uma das mais demoradas do sistema BRT de Belo Horizonte, pois est� sendo feita desde abril de 2014, num tempo total consumido de 876 dias. Para se ter uma ideia da delonga, o BRT/Move do Centro foi conclu�do em 655 dias. Tirando-se por m�dia o tempo por �rea constru�da, as obras feitas nos 31 mil metros quadrados das avenidas Santos Dumont e Paran� tiveram um ritmo de 47 metros quadrados por dia, enquanto o passo na Avenida Bernardo Monteiro por enquanto est� em 8,2 metros quadrados di�rios. Ou seja, o ritmo de constru��o m�dio do BRT/Move que ainda � constru�do chega a ser quase seis vezes mais lento que o da Esta��o Central.
Essa m�dia traz, no entanto, uma sensa��o falsa de continuidade, uma vez que a obra do BRT/Move enfrentou diversas paralisa��es, sendo a mais longa delas em 2014, por nove meses. A vis�o de abandono levou at� os motoristas de vans de secretarias municipais de sa�de que levam pacientes para a capital a usarem os espa�os como estacionamento ao longo do dia. Agora, mesmo sem os tapumes, s� podem entrar ve�culos credenciados no espa�o. Por outro lado, os pedestres podem passar e muitos ficam confusos com os labirintos de corredores formadas pelas redes de pl�stico usadas para demarcar os canteiros de trabalho. Passam muito perto das escavadeiras que circulam por todo o espa�o e tamb�m dos carrinhos dos oper�rios da constru��o civil.
As linhas com partida dos terminais Morro Alto (502H), Vilarinho (512H), Justin�polis (522H e 523H), S�o Gabriel (402H) e S�o Benedito (412H e 413H) v�o utilizar o Terminal Bernardo Monteiro, possibilitando acesso � Regi�o dos Hospitais e ao Hipercentro de BH. Outros beneficiados diretos com a conclus�o das obras s�o os comerciantes que amargam dificuldades de acesso e log�stica devido �s interven��es. O gerente da Funer�ria Santa Casa, Eduardo Silva, conta que s�o diversos transtornos. “Estamos ansiosos com o t�rmino dessa obra. Para ter uma ideia j� tivemos de descer urnas a p� com o caminh�o parado na rua de baixo. A floricultura fica no mesmo quarteir�o, mas o carro tem de dar a volta pela Avenida do Contorno para chegar l�. Fora a dificuldade que os clientes t�m de ver onde estamos e que certamente nesse tempo todo nos tirou muitas vendas”, afirma. Com a desordem no tr�nsito, o movimento de carros e pedestres caiu e comerciantes admitem perdas de at� 80% nas vendas.
De acordo com a Setop, a obra atingiu 80% de conclus�o e est� na fase de acabamento com a instala��o do piso interno, veda��o em pain�is e vidros, instala��o de rede el�trica e cabeamento estruturado, urbaniza��o e paisagismo. A secretaria atribui a demora � paralisa��o dos trabalhos. O prazo contratual era bem menor, de 600 dias. “A obra foi paralisada em novembro de 2014 e reiniciada em julho de 2015”. Informou tamb�m que n�o ser� permitido mais estacionamento de vans durante as obras e tamb�m ap�s a sua conclus�o. Quando terminado, o terminal receber� as linhas que est�o provisoriamente operando na Rua Aar�o Reis.