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Estado de Minas

N�vel de alcoolismo de estudantes mineiros supera m�dia nacional

Seis em cada 10 estudantes mineiros entre 13 e 15 anos j� ingeriram bebidas alco�licas. Alimenta��o pouco saud�vel tamb�m preocupa especialistas


postado em 27/08/2016 06:00 / atualizado em 27/08/2016 07:40

Eles s�o menores de idade, ainda nem terminaram o ensino fundamental, mas j� apresentam n�veis preocupantes de alcoolismo. Al�m da bebida, outros h�bitos dos adolescentes, como a alimenta��o, n�o andam t�o bons assim, seja em Minas Gerais, seja no Brasil. � o que mostra a Pesquisa Nacional de Sa�de do Escolar (Pense) 2015, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Dos cerca de 2,6 milh�es de estudantes que cursavam o 9º ano do ensino fundamental no ano passado com idade entre 13 e 15 anos, 55,5% (1,5 milh�o) j� haviam consumido uma dose de bebida alco�lica alguma vez, percentual superior ao observado em 2012 (50,3% ou 1,6 milh�o).

Pela primeira vez, foram analisados os dados por estado. Os adolescentes mineiros superam a m�dia nacional e saem na frente dos outros moradores da Regi�o Sudeste. Do total de entrevistados, 57,1% admitiram ter experimentado bebida alco�lica alguma vez. A consequ�ncia desse uso precoce do �lcool, a embriaguez, tamb�m assusta: 22% dos estudantes dessa faixa et�ria afirmaram ter sofrido algum epis�dio de bebedeira na vida.

M�dico sanitarista, o gerente da Pense, Marco Andreazzi, conta que essa faixa et�ria � avaliada por recomenda��o da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), que sugere pesquisas para avaliar fatores de risco, pois nessa fase da vida os adolescentes est�o expostos a fatores ou experimenta��es que tendem a se perdurar. “Podem significar fatores importantes no desenvolvimento de doen�as n�o transmiss�veis que est�o em destaque no Brasil e no mundo. Dados de 2008 mostram que 63% dos �bitos no planeta foram ocasionados por doen�as cr�nicas e, no Brasil, levantamentos de 2014 mostram que esse �ndice ficou em 72%”, afirma o m�dico. “Diminuir a incid�ncia delas � estimular fatores de prote��o, que deve ser feita desde a inf�ncia, mas que ocorrem em sua maior parte na adolesc�ncia.”


Andreazzi ressalta o comportamento dos estudantes de Minas, que, em sua avalia��o, acompanha a m�dia nacional na pesquisa. Enquanto no Brasil 27,5% dos alunos entre 13 e 15 anos afirmaram ter tido rela��o sexual alguma vez, em Minas foram 24,2%, abaixo dos adolescentes do Rio de Janeiro (30,1%), Esp�rito Santo (24,4%), na compara��o com os estados da Regi�o Sudeste. Entre aqueles que iniciaram a vida sexual, mais da metade (61,2%) afirmou que um dos parceiros usou camisinha na primeira rela��o. Em Minas, essa propor��o � ainda maior: 63,5% dos estudantes se protegeram.


Quando questionados se um dos parceiros usou algum m�todo para evitar gravidez e/ou doen�as sexualmente transmiss�veis (DST) na �ltima rela��o sexual, os mineiros tamb�m se mostraram mais precavidos: 66,4% deles responderam afirmativamente. O percentual � maior que a m�dia nacional (64,6%) e a maior entre os estados do Sudeste. “A gravidez n�o � algo que se espere ou que seja saud�vel nessa faixa et�ria, n�o s� do ponto de vista econ�mico e social, mas do ponto de vista f�sico. Iniciar-se na pr�tica sexual sem controle da gravidez pode acarretar problemas”, ressalta Marco Andreazzi.

TENTA��ES � MESA No campo da alimenta��o, a pesquisa mostra indicadores ruins no pa�s inteiro. Guloseimas e comidas nada saud�veis ainda se sobrep�em aos bons h�bitos. Se por um lado 88% dos estudantes disseram ter alimenta��o oferecida na escola, apenas 38% deles preferem consumi-la. “N�o adianta ter esse servi�o como pol�tica, mas disponibilizar pontos alternativos de alimentos n�o saud�veis, estimulando assim o aluno a n�o comer na escola. Esse � um fator de risco interessante”, relata o m�dico sanitarista.


Assim como a m�dia dos estudantes do Sudeste, 28,4% dos estudantes mineiros admitiram ter consumido salgados fritos nos sete dias anteriores � pesquisa. No Brasil, esse �ndice ficou em 31,3%. Eles mostraram que est�o deixando de lado o que � bom para a sa�de. Apenas 13,1% disseram ter comido legumes e verduras nesse mesmo per�odo, o menor �ndice da Regi�o Sudeste e bem abaixo da m�dia nacional (18,3%). Outro h�bito ruim � comer enquanto assiste � televis�o ou estuda, pr�tica de 61,3% dos estudantes do fundamental de Minas Gerais e 57,9% do Brasil.


O IBGE avaliou tamb�m, em n�vel nacional, a quest�o do peso em estudantes na faixa de idade entre 13 e 17 anos. Cerca de 23,7% tinham sobrepeso (15,9%) ou obesidade (7,8%) em 2015, o que correspondia a um total aproximado de 3,1 milh�es de jovens. No total da popula��o, 8,3% dos meninos e 7,3% das meninas foram considerados obesos.


O excesso de peso foi mais frequente para o grupo de escolares com idade entre 13 a 15 anos (25,1%) do que entre aqueles com 16 e 17 anos (21,4%). E ficou mais elevado entre os estudantes de 13 a 17 anos das escolas privadas (28,4%) contra 23% nas escolas p�blicas). O mesmo ocorreu em rela��o � obesidade, com frequ�ncia de 9,3% para adolescentes de escolas privadas e 7,6% de escolas p�blicas.

 

Humilha��o atinge 7,4% dos alunos

 

Esculachos, zoeira, intimida��o. S�o muitas as palavras que antecedem o inc�modo, o aborrecimento, ofensa e humilha��o, resultados do bullying. Na escola, o problema tamb�m foi medido pela pesquisa do IBGE. Segundo o estudo, 7,4% dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental no pa�s, com idade entre 13 e 15 anos, afirmaram se sentir humilhados por provoca��es na maior parte do tempo ou sempre. Minas Gerais � o segundo estado com o maior percentual de alunos com essa percep��o na Regi�o Sudeste (7,8%), atr�s apenas de S�o Paulo (9%).


Mas, na amostra maior de entrevistados, que abrange alunos entre 13 a 17 anos – estudantes do fundamental ao ensino m�dio –, a pesquisa revela que, no pa�s, s�o os meninos de 13 a 15 anos (8,4%) e de 16 e 17 (4,9%) que mais afirmaram se sentir humilhados por provoca��es de colegas da escola, na maior parte do tempo ou sempre. Ainda no contexto de viol�ncia sofrida, 4,7% dos escolares de 13 a 15 anos e 4,5% daqueles entre 16 e 17 anos relataram j� ter sido for�ados a ter rela��o sexual. A diferencia��o entre os sexos � maior na faixa dos 13 a 15 anos, sendo 5,2% o percentual para o masculino e 4,3% o percentual para o feminino.

 

 

 


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