
Marcelo Aparecido de Souza, professor de Matem�tica, vice-diretor e coordenador da olimp�ada no Instituto de Educa��o de Minas Gerais, diz que a prepara��o para a prova est� a todo o vapor. Segundo ele, os estudos para a prova promovem um sentimento de companheirismo nos alunos, que estudam juntos e buscam ajudar um ao outro, mesmo sendo advers�rios na competi��o. Juntos, os jovens buscam dar o melhor na prova, superando a si mesmos.
O professor refor�a ainda que a Obmep tem ajudado a despertar o interesse dos jovens em rela��o � matem�tica. “O bicho de sete cabe�as tem se tornado de seis, cinco, quatro, ou at� de zero cabe�a”, afirma o professor. Para ele, o racioc�nio l�gico que a olimp�ada de matem�tica exige dos alunos os ajuda at� a resolver problemas simples do cotidiano e auxilia muito no ensino em sala de aula.
Para Emilly Diniz, aluna do 1º ano do Ensino M�dio, a disciplina n�o � um monstro t�o assustador. “A matem�tica � dif�cil, mas, para mim, n�o tem sete cabe�as n�o. Tem, no m�ximo, quatro cabe�as e meia”, brinca a jovem.
A Supervisora do Ensino M�dio do Instituto de Educa��o de Minas Gerais, Maria Cristina Deoud, acredita que a disciplina tenha deixado de ser um “bicho de sete cabe�as” devido ao envolvimento que os jovens t�m com as tecnologias nos dias de hoje. De acordo com ela, a necessidade de saber lidar com esses dispositivos � um fator essencial para estimular a aprendizagem em matem�tica.
As provas s�o realizadas pelo Instituto Nacional de Matem�tica Pura e Aplicada (Impa) e t�m como objetivo estimular o interesse dos jovens pela mat�ria, assim como revelar talentos na �rea. Al�m de medalhas, os melhores colocados na competi��o s�o inclu�dos no Programa de Inicia��o Cient�fica J�nior (PIC), que conta com uma rede nacional de professores reunidos em um polo digital. � dada tamb�m a eles a oportunidade de receber bolsa de um ano do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico (CNPq) para estudar matem�tica.
Joseph Karam, aluno do 1º ano do Ensino M�dio e refugiado s�rio no Brasil, conta que o ensino da matem�tica tamb�m � muito valorizado em seu pa�s. Segundo ele, apesar de n�o haver uma olimp�ada como no Brasil, na S�ria a disciplina � abordada de forma aprofundada e os alunos s�o muito cobrados. O adolescente contou tamb�m que, apesar de gostar da mat�ria, tem um t�pico sonho dos jovens brasileiros: ser jogador de futebol. “Vou participar da olimp�ada de matem�tica, pois gosto muito da mat�ria, mas meu sonho � ser jogador de futebol quando crescer”, afirmou Joseph, que parece estar bem ambientado no pa�s desse esporte.