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Estado de Minas

Restaura��o da igrejinha da Pampulha come�a em novembro

Depois das obras em andamento do mirante localizado em frente da Casa Kubitschek, na Pampulha, restaura��o do templo j� tem os recursos assegurados para in�cio em novembro


postado em 08/09/2016 06:00 / atualizado em 08/09/2016 07:39

As obras de recuperação da Igreja de São Francisco de Assis deveriam ter começado em fevereiro, mas esbarraram na agenda de casamentos no local(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS )
As obras de recupera��o da Igreja de S�o Francisco de Assis deveriam ter come�ado em fevereiro, mas esbarraram na agenda de casamentos no local (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS )

Depois do t�tulo, obras e defini��o de projetos. Sete meses de muita expectativa dever�o terminar em novembro com o in�cio da restaura��o da Igreja de S�o Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte, monumento que integra o conjunto moderno reconhecido como Patrim�nio Cultural da Humanidade pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco). De acordo com a Funda��o Municipal de Cultura (FMC), o dinheiro est� em caixa. “Foi feita a licita��o, escolhida a empresa respons�vel e os recursos de R$ 1,7 milh�o, provenientes do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) das Cidades Hist�ricas, est�o na conta da PBH”, informou, ontem, o presidente da FMC, Le�nidas Oliveira.

O patrim�nio da Pampulha j� exibe obra em andamento, como o mirante em frente da Casa Kubitschek, im�vel com projeto do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), paisagismo de Burle Marx (1909-1994) e antes usada como resid�ncia de fim de semana do ex-prefeito de BH Juscelino Kubitschek (1902-1976). Ponto pol�mico nessa hist�ria, o Iate T�nis Clube, tamb�m projeto de Niemeyer, ter� que apresentar at� o dia 15 a proposta de restauro da sede, joia do conjunto moderno erguido na d�cada de 1940. Interligando as constru��es est� a lagoa, cuja despolui��o desafia as autoridades e ganhou sucessivas datas de limpeza completa. A �ltima � de que, at� o fim do ano, as �guas estejam na classe 3 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), permitindo a pr�tica de esportes n�uticos.

Educativo

As obras na Igreja da Pampulha deveriam ter come�ado em fevereiro, mas o in�cio do servi�o, que ser� administrado pela Sudecap/PBH, esbarrou na agenda de casamentos – na �poca, conforme mat�ria publicada no Estado de Minas em dezembro de 2015, havia mais de 200 matrim�nios na lista.

“N�o ser� poss�vel esperar mais, pois logo v�o come�ar as chuvas, o que poder� comprometer a estrutura da igrejinha”, disse Le�nidas com preocupa��o. Outro problema � que os recursos dever�o ser usados ainda neste ano, sob pena de retornarem aos cofres federais. “Nosso objetivo � manter um projeto educativo durante toda a obra, com dura��o de 12 meses, para que as pessoas continuem visitando o local e conhe�am o processo de preserva��o do bem”, afirmou.

Tombado pela Uni�o, estado e munic�pio, o templo traz as marcas das infiltra��es na parte interna, al�m da queda de reboco na marquise e muita sujeira nas pastilhas externas. No jardim, esp�cies invasadoras tomam conta do gramado e flores no jardim planejado pelo paisagista Burle Marx. Outros problemas emba�am o cart�o-postal: falhas na cal�ada de pedras portuguesas; desprendimento, perto da torre, de parte da pintura, dando o aspecto de desleixo; e marcas escuras, de alto a baixo, no revestimento de madeira interno, fruto das �guas que entram pelas juntas de dilata��o da estrutura abobadada.

A coordenadora do Memorial Arquidiocesano, vinculado � Arquidiocese de Belo Horizonte, Maria Goretti Gabrich Fonseca Freire Ramos, informa que ser� marcada uma reuni�o com todos os �rg�os envolvidos para defini��o das provid�ncias a serem tomadas. Enquanto a obra na Igreja de S�o Francisco de Assis n�o deslancha, a PBH, com recursos do programa Adote um bem cultural, leva adiante a recupera��o do Mirante Bandeirantes, localizado na Avenida Otac�lio Negr�o de Lima, em frente da Casa Kubitschek. A previs�o � de que at� o fim do m�s o espa�o fique livre dos tapumes e receba moradores e visitantes para a contempla��o do espelho d’�gua e constru��es modernas.

Iate cumpre determina��es do MPMG

Compromisso firmado, medidas em andamento. O presidente do Iate T�nis Clube, Jos� Carlos Paranhos de Ara�jo, informou, ontem, que est�o sendo tomadas todas as provid�ncias estipuladas pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) para recupera��o da sede. A principal delas � um levantamento completo da constru��o, conduzido pelo professor de arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fl�vio Carsalade, que coordena cinco engenheiros.

“Vamos cuidar, em primeiro lugar, do projeto de restaura��o da sede do Iate”, disse Carsalade, que foi o coordenador t�cnico do dossi� sobre a Pampulha, apresentado, em 2014, � Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco). A equipe avalia os projetos hidr�ulicos, arquitet�nico, el�trico e far� o or�amento da obra. “Vamos cumprir o que foi determinado pelo Minist�rio P�blico.” Em fevereiro, o clube foi desapropriado pela PBH.

Na reuni�o realizada em 26 de agosto, a promotora de Justi�a de Defesa do Meio Ambiente e Patrim�nio Cultural de Belo Horizonte, L�lian Marotta, deu prazo de 20 dias para que o clube apresente proposta de recupera��o da sede, que tem como um dos destaques o Sal�o Portinari, com quadros de C�ndido Portinari (1903-1962). Um dos pontos mais pol�micos sobre o Iate – demoli��o do anexo de 4 mil metros quadrados, que se n�o for feita levar� a Pampulha � perda do t�tulo de Patrim�nio Cultural da Humanidade em tr�s anos – ainda n�o teve decis�o. Segundo o MPMG, ser� feita uma avalia��o sobre a quest�o, especialmente em rela��o � documenta��o de propriedade do empreendimento, que pertencia ao poder p�blico municipal e, em 1960, se tornou privado.

Despolui��o

Em mar�o, a PBH iniciou os trabalhos de recupera��o da qualidade da �gua do reservat�rio e a an�lise das primeiras amostragens, feitas em abril e em maio, demonstrou que os tr�s primeiros meses de trabalho deram bons resultados. Segundo as autoridades, foi verificada redu��o nos par�metros estabelecidos para a avalia��o, como o DBO (indicador de presen�a de mat�ria org�nica), coliformes termotolerantes (indicador de presen�a de micro-organismos patog�nicos), clorofila-A e f�sforo total. Nos tr�s par�metros avaliados, foram obtidos valores que j� atendem �s exig�ncias de classe 3.

O objetivo � livrar a lagoa de flora��es de algas, de mau cheiro e da mortandade de peixes, enquadrando-a na classe 3, conforme normatiza��o do Conama. Com investimento de cerca de R$ 30 milh�es, o servi�o integra o Programa Pampulha Viva, financiado pelo munic�pio junto ao Banco do Brasil e ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), e conta, tamb�m, com recursos da Copasa.

Para resolver a quest�o do esgoto, a Copasa constr�i mais 13 quil�metros de redes coletoras de res�duos, que ser�o interligadas a 10 mil im�veis na bacia da Pampulha. As redes ser�o implantadas em 46 endere�os de Contagem, na Grande BH, e em outros oito pontos na capital, ao longo dos c�rregos Ressaca e Sarandi. Finalizados os 13 quil�metros de obra, o que deve ocorrer em junho de 2017, a Copasa chegar� a 95% de capta��o do esgoto produzido na Bacia da Pampulha.

 


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