
Sobreviventes do rompimento da Barragem do Fund�o s�o ouvidos pela Pol�cia Civil e submetidos a exames para avaliar as sequelas sofridas. � o terceiro inqu�rito instaurado para investigar as les�es corporais graves provocadas em decorr�ncia da trag�dia que matou 19 pessoas e provocou o maior desastre ambiental do pa�s, em 5 de novembro, em Mariana, Regi�o Central de Minas.
A aposentada Darci Francisca dos Santos, de 63 anos, foi a s�tima v�tima ouvida e submetida a exame de corpo de delito complementar, na tarde desta segunda-feira, no posto de medicina legal de Ouro Preto, tamb�m na Regi�o Central do estado.
“Os helic�pteros passavam e n�o me viam. Quando iam embora, eu pensava: agora n�o tem jeito mais. Mas quando colocaram a luz em mim, pensei, agora estou salva”, contou a aposentada. O socorro chegou para ela duas horas depois do rompimento da barragem. “Realizar o salvamento foi muito gratificante. Nessa hora n�o houve tempo de ter medo, mas sim coragem e disposi��o para tomar a atitude. Certamente, � um fato muito marcante para a vida da gente”, disse o delegado da Pol�cia Civil Ramon Sandoli, que fez parte da equipe de socorro.
O delegado respons�vel pelo inqu�rito, Rodrigo Bustamante, disse que, al�m de Darci, outras seis pessoas j� foram ouvidas, entre v�timas, testemunhas e um m�dico. “A senhora prestou depoimento para falar das les�es sofridas e das sequelas que ficaram ap�s o fato. A inten��o do inqu�rito � verificar se h� vincula��o entre sequelas e les�es”, disse o policial.
Al�m dos depoimentos, as v�timas s�o submetidas a exames de corpo de delito indireto, com base em laudos e relat�rios m�dicos do atendimento prestado � �poca e tamb�m por exame complementar pela equipe do Posto de Medicinal Legal.
O terceiro inqu�rito foi instaurado em 29 de setembro, em atendimento � requisi��o do Minist�rio P�blico Federal (MPF), atrav�s da Procuradoria da Rep�blica no Estado de Minas Gerais. “O procedimento apura v�timas do crime de les�o corporal de natureza grave, previsto no art. 129, par�grafos 1º e 2º, do C�digo Penal”, informou a Pol�cia Civil.
Segundo o delegado, o prazo para conclus�o do trabalho � de 30 dias, podendo ser prorrogado por igual per�odo se houver necessidade.