
Genebra – Peritos da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) lan�aram um apelo para que as autoridades brasileiras tomem “medidas imediatas para solucionar os impactos ainda persistentes do colapso de uma barragem de rejeitos de minera��o no Brasil, ocorrido em 5 de novembro de 2015”, em Mariana. Segundo a entidade, diversos danos ainda n�o foram tratados e nem solucionados, entre eles o “acesso seguro � �gua para consumo humano, a polui��o dos rios, a incerteza sobre o destino das comunidades for�adas a deixar suas casas”. Na avalia��o do grupo, a resposta do governo e das empresas implicadas tem sido “insuficiente”.
“Na v�spera do primeiro anivers�rio do colapso catastr�fico da barragem, de propriedade da Samarco, instamos o governo brasileiro e as empresas envolvidas a dar resposta imediata aos numerosos impactos que persistem, em decorr�ncia desse desastre”, afirma o grupo, formado pelos peritos Dainius P�ras, Michel Forst, Victoria Tauli-Corpuz, o brasileiro L�o Heller e outros.
Segundo eles, “as medidas que esses atores v�m desenvolvendo s�o simplesmente insuficientes para lidar com as massivas dimens�es dos custos humanos e ambientais decorrentes desse colapso, que tem sido caracterizado como o pior desastre socioambiental da hist�ria do pa�s”
.
“Ap�s um ano, muitas das 6 milh�es de pessoas afetadas continuam sofrendo”, alertam. Al�m disso os peritos da ONU manifestam preocupa��o com os cursos d’�gua nos 700 quil�metros afetados pelo desastre, principalmente no Rio Doce.
“Receamos que o impacto sobre as comunidades ribeirinhas seja resultado n�o apenas da contamina��o da �gua, mas tamb�m da poeira resultante do ressecamento da lama”, afirmam os peritos. Para eles, � preciso que o Estado brasileiro forne�a “evid�ncias conclusivas sobre a seguran�a da qualidade da �gua dos rios”.