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Estado de Minas

Samarco consegue aval para usar dep�sito de rejeitos em Ouro Preto

Mineradora est� com as atividades suspensas desde a trag�dia, ocorrida em 2015


postado em 02/12/2016 20:57 / atualizado em 02/12/2016 21:03

Barragem do Fundão se rompeu em novembro de 2015 e matou 19 pessoas (foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press 11/11/15)
Barragem do Fund�o se rompeu em novembro de 2015 e matou 19 pessoas (foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press 11/11/15)

A mineradora Samarco deu um passo importante para poder retomar suas opera��es, que est�o suspensas desde a trag�dia da barragem de Fund�o, que ocorreu em Mariana (MG) no dia 5 de novembro de 2015. O Departamento Nacional de Produ��o Mineral (DNPM), �rg�o vinculado ao Minist�rio de Minas e Energia, concedeu a anu�ncia para a utiliza��o da cava de Alegria do Sul como dep�sito de rejeitos. A decis�o do �rg�o � do dia 21 de novembro e foi noticiada nesta sexta-feira pela empresa.

A cava de Alegria do Sul fica no munic�pio de Ouro Preto (MG). Ela pertence � Samarco, mas n�o tem conex�o f�sica com a �rea de barragens do Complexo de Germano, do qual fazia parte a barragem de Fund�o. Em nota, a mineradora considerou que esta � a melhor sa�da para garantir a retomada de suas atividades. "A proposta leva em considera��o a utiliza��o de um espa�o confinado. Entre os crit�rios para a escolha da cava de Alegria Sul est�o tamb�m a capacidade de armazenamento e o tempo de execu��o das obras de prepara��o. Por ser uma �rea que j� sofreu interven��es, haver� impacto m�nimo ao meio ambiente".

Para usar a cava de Alegria do Sul como dep�sito, a Samarco ainda precisar� de autoriza��o da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel de Minas Gerais (Semad). Nos dias 14 e 15 de dezembro, o �rg�o ir� realizar audi�ncias p�blicas em Ouro Preto e Mariana para discutir a quest�o.

Retomada

Considerado a maior trag�dia ambiental do pa�s, o rompimento da barragem de Fund�o completou um ano no m�s passado. A lama de rejeitos que estava armazenada na estrutura da Samarco se dispersou devastando a vegeta��o nativa, poluindo a bacia do Rio Doce e deixando 19 mortos. Os distritos de Bento Rodrigues, Paracatu e Gesteira ficaram completamente destru�dos. Desde ent�o, a Samarco n�o opera na regi�o. No dia 18 de novembro, a Justi�a aceitou den�ncia apresentada pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF) responsabilizando pelo epis�dio 22 pessoas e 4 empresas.

A Samarco pretende retomar as opera��es com 60% de sua capacidade. A cava de Alegria do Sul pode armazenar aproximadamente 17 milh�es de metros c�bicos. De acordo com a proposta apresentada, ela seria utilizada por 2 anos e, nesse per�odo, a mineradora se encarregaria de apresentar alternativas para os anos posteriores. Em sua decis�o, o DNPM considerou que “a solu��o proposta � extremamente segura, uma vez que se trata de disposi��o em cava proporcionando confinamento do rejeito”.

Na nota divulgada, a Samarco tamb�m informou que ainda tem reservas de 2,867 bilh�es de toneladas no Complexo de Germano, o que lhe garantiria competitividade no mercado internacional caso consiga a aprova��o dos �rg�os ambientais. A mineradora reitera que a retomada das atividades � importante para a manuten��o dos empregos e para a cria��o de novos postos de trabalho.

A Prefeitura de Mariana defende o retorno das opera��es da empresa. Em entrevista � Ag�ncia Brasil no m�s passado, o prefeito Duarte J�nior considerou importante a diversifica��o das receitas, mas n�o escondeu que a arrecada��o com a minera��o continua sendo a principal solu��o para a crise econ�mica na cidade. "Imagina todo dia voc� recebendo algu�m pedindo ajuda para encontrar emprego porque tem uma fam�lia para sustentar e o munic�pio n�o consegue gerar renda a essas pessoas. Muita gente entra em desespero e nos incomoda. Por isso queremos o retorno da empresa, que nem resolve completamente a situa��o, mas minimiza o problema".

Definir onde o rejeito seria depositado � uma das principais pend�ncias para a retomada das opera��es da mineradora, que ser� superada caso a Semad autorize o uso da cava de Alegria do Sul. No entanto, a Samarco ainda precisa obter do governo de Minas Gerais a licen�a corretiva, liberando assim todas as licen�as ambientais que foram suspensas ap�s a trag�dia.


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