
A passarela posicionada na altura do Viaduto S�o Francisco, no bairro hom�nimo, na Regi�o da Pampulha, foi retirada, j� que o contrato celebrado entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), autarquia respons�vel pela infraestrutura do Anel, e a Ferpa Engenharia, empresa dona da estrutura de metal, chegou ao fim.
O grande problema � que entre 2015 e 2016 houve aumento de 75% no n�mero de mortes por atropelamento, passando de oito para 14, e esse trecho � um dos tr�s pontos concentradores desse tipo de acidente no Anel Rodovi�rio. A retirada da passarela preocupa o tenente Pedro Barreiros, militar que comanda o policiamento no Anel, pois pode piorar ainda mais a situa��o.
Segundo o BPMRv, em 2015 foram 71 atropelamentos no Anel. Desse total, nove ocorr�ncias foram registradas no Km 465, ponto que engloba o cruzamento com a Avenida Ant�nio Carlos (Viaduto S�o Francisco) e onde estava a passarela. J� em 2016, dos 72 atropelamentos em toda a rodovia, 10 foram no km 465, com duas mortes. Agora, o Anel volta a ter 21 passarelas e n�o mais 22 no trecho de 26,5 quil�metros.
“Essa retirada dificulta nossa atua��o, pois a miss�o do BPMRv � salvar vidas e manter a fluidez do tr�nsito. Querendo ou n�o, s�o vidas que est�o em jogo com a retirada da passarela”, afirma o tenente Pedro Barreiros. O militar explica que mesmo com a travessia provis�ria, n�o era dif�cil encontrar pessoas se arriscando em meio aos carros, motos, caminh�es e �nibus. Mas, agora, esses pedestres v�o ganhar a companhia daqueles que faziam a travessia da forma correta.
“As pessoas n�o t�m no��o da velocidade que os carros praticam no Anel Rodovi�rio. E se esquecem que s�o tr�s faixas para atravessar. �s vezes, elas conseguem passar por uma, mas vem um carro em outra e causa o acidente. Ou at� mesmo motos nos corredores”, acrescenta o militar.
Como o local j� era considerado de risco havia anos, em 2009 o Minist�rio P�blico entrou na Justi�a pedindo a constru��o de uma passarela. Em novembro de 2011, a Justi�a obrigou o Dnit a atender A essa solicita��o, o que s� foi efetivamente feito um ano depois, em novembro de 2012, quando a travessia foi inaugurada. Na ocasi�o, foi feita uma estrutura de metal provis�ria, pois o Dnit argumentava que a constru��o seria desmanchada quando o Anel fosse revitalizado.
A passarela funcionou quase dois anos at� ser destru�da por um caminh�o, em outubro de 2014. O acidente manteve fechada a rodovia por cerca de sete horas, estrangulando o tr�nsito em outros pontos e praticamente travando o tr�fego de Belo Horizonte. Cinco meses depois foi reinaugurada, justamente pela dificuldade burocr�tica de se estabelecer um novo contrato, mas agora foi desmontada por conta do encerramento do documento.
A reportagem do Estado de Minas esteve ontem no local e j� flagrou pedestres se arriscando em meio aos carros no ponto onde antes existia uma travessia e que foi local de v�rios protestos devido aos atropelamentos. Um dos problemas � que dos dois lados h� moradias em locais de ocupa��o indevida do Anel, o que aumenta muito a circula��o de pessoas.
A assessoria de comunica��o do Dnit informou que a empresa Ferpa Engenharia poderia renovar o contrato que regulava a instala��o e manuten��o da passarela por mais dois anos, mas como n�o est� em dia com o cadastro, acabou impedida de seguir prestando servi�os ao �rg�o federal. Ainda segundo a assessoria de imprensa do Dnit, a autarquia est� estudando que tipo de passarela ser� colocada no local e qual ser� a modalidade de contrata��o, ainda sem prazo definido.