
Segundo a PBH, o fechamento do parque foi recomendado pela Secretaria Municipal de Sa�de. “A PBH vai acatar a recomenda��o da nota t�cnica emitida nesta quarta-feira, dia 22 de fevereiro, pela Ger�ncia de Vigil�ncia Sanit�ria da Secretaria Municipal de Sa�de (SMSA), e interditar� o Parque das Mangabeiras, por tempo indeterminado, para evitar o risco de cont�gio de visitantes pela febre amarela”, disse a administra��o municipal, por meio de nota. O documento informa sobre mortes at�picas de macacos no parque, o que, em conjunto com outras ocorr�ncias da mesma natureza na cidade, torna n�o recomend�vel a circula��o de milhares de pessoas no local, tendo em vista que muitos visitantes podem n�o estar adequadamente vacinados contra a febre amarela. De acordo com a secretaria, o �ndice de cobertura vacinal de BH era de mais de 70% e al�m disso, houve refor�o vacinal na cidade com aplica��o mais de 250 mil doses. No entanto, a capital mineira deve receber cerca de 500 mil turistas durante o carnaval, al�m de uma movimenta��o de 1,9 mil foli�es da cidade.
At� a tarde de ontem, a PBH sustentava que o festival Carnav�lia n�o seria realizado no Parque das Mangabeiras por causa de um acordo firmado com o Minist�rio P�blico para proibir a realiza��o de grandes eventos no espa�o, diante de preju�zo � biodiversidade local. Mas, na noite de ontem, o MP divulgou nota informando que, apesar de a Promotoria de Justi�a de Defesa do Meio Ambiente de Belo Horizonte ter instaurado inqu�rito e apurado a situa��o de risco ao meio ambiente, nenhum termo foi assinado ainda. O �rg�o, no entanto, informou estar � disposi��o para formatar um acordo que permita resolu��o consensual do inqu�rito, sem que seja necess�rio uma a��o na Justi�a, o que � uma possibilidade futura. A PBH informou que as discuss�es em torno do acordo v�o continuar.
Al�m do Parque das Mangabeiras, a PBH j� interditou o Parque Municipal Jacques Cousteau, no Bairro Bet�nia, onde tamb�m foi encontrado um macaco morto pr�ximo �s instala��es do espa�o de lazer. Restos mortais de primatas foram recolhidos ainda na Regi�o de Venda Nova, no Bairro Copacabana, e, neste ano, os exames deram positivo para a febre amarela. A doen�a tem alta taxa de letalidade, podendo alcan�ar 50% nos pacientes em estado grave. O tipo urbano da enfermidade est� erradicado no Brasil desde 1942, mas a atual situa��o de infesta��o do mosquito Aedes aegypti, seu transmissor nas cidades, aumenta o risco de casos humanos urbanos.
Na capital, j� foram localizados ao todo oito macacos mortos. A cidade recebeu pacientes doentes vindos do interior e tratou moradores da capital que se infectaram durante viagens para regi�es de surto em Minas. Segundo a Secretaria de Sa�de, medidas de preven��o foram adotadas ap�s esse cen�rio. Foi feita a intensifica��o da vacina��o; da vigil�ncia epidemiol�gica e do controle vetorial nas �reas pr�ximas � ocorr�ncia de mortes dos primatas e dos hospitais onde os pacientes foram internados.