
A nota diz ainda que “as metas em contrato correspondem ao enquadramento da lagoa nos padr�es de classe 3 no fim de 2016” . “A prefeitura recebeu os relat�rios consolidados do �ltimo trimestre de 2016 no fim de dezembro. Eles est�o sendo estudados e outras an�lises comparativas est�o sendo feitas”, prossegue o texto. Oficialmente, a divulga��o dos resultados ocorrer� nas pr�ximas semanas.
A classifica��o do Conama para par�metros da �gua leva em conta cinco indicadores: cianobact�rias, f�sforo, mat�ria org�nica, coliformes termotolerantes e clorofila-A. A Sudecap informou que a melhoria da qualidade da �gua pela empresa contratada � feita por meio de dois m�todos. “Um tem a fun��o de degradar o excesso de mat�ria org�nica e reduzir a presen�a de coliformes fecais. O outro � capaz de promover a redu��o do f�sforo e controlar a flora��o de algas. Ambos s�o registrados junto ao Ibama e j� foram testados em outros lugares do Brasil e exterior, com excelentes resultados”, divulgou, acrescentando que, “depois de atingir as metas finais previstas, as atividades de manuten��o da qualidade da �gua ser�o mantidas por mais um ano, pelo contrato vigente”.

Sujeira na orla ainda provoca desconfian�a
O atual trabalho de despolui��o da Lagoa da Pampulha come�ou em mar�o do ano passado e foi or�ado em R$ 30 milh�es. O contrato vence em dezembro deste ano. Apesar da boa not�cia, quem percorre a orla ainda nota muita sujeira no espelho d’�gua. Pr�ximo � Pra�a Geralda Damata Pimentel, por exemplo, um c�rrego continua despejando sujeira na lagoa. J� perto do est�dio Mineir�o, material com aspecto semelhante a esgoto est� represado numa estrutura de cimento.
Em outras partes, sobre a �gua impera uma esp�cie de nata verde. Tudo isso fez o universit�rio Saulo Teixeira, matriculado no curso de engenharia civil, desconfiar se a Pampulha est� relamente preparada para receber esportes n�uticos. “Eu n�o acho seguro ter contato com a �gua, mas tor�o para que um dia o lugar seja palco de esportes n�uticos. Afinal, � um cart�o-postal da cidade e um endere�o agrad�vel para a popula��o. Deveria ser mais bem cuidado pelo poder p�blico e pela popula��o”, considerou.
Amiga dele, a futura bacharel em direito Vanessa Melo tem opini�o semelhante. “� um lugar de conv�vio, atrai turistas, ciclistas, quem gosta de fazer caminhada. � um local bonito, um cart�o-postal mesmo. Eu quero ver esportes n�uticos aqui, mas ainda tem muita sujeira”, considera.
A presen�a de lixo, entretanto, n�o impede que o espelho d’�gua alcance a chamada classe 3 do Conama. A Sudecap esclarece que a coleta de lixo na lagoa � feita por dois barcos e uma balsa e n�o � tarefa da mesma empresa respons�vel pela melhoria da qualidade da �gua. O volume di�rio de lixo recolhido gira em torno de 10 toneladas no per�odo de estiagem, volume que dobra durante as chuvas.
A classifica��o do Conama
» Classe especial
�guas destinadas a consumo humano, com desinfec��o, e � preserva��o das comunidades e ambientes aqu�ticos em unidades de conserva��o
» Classe 1
�guas destinadas ao abastecimento humano, ap�s tratamento simplificado; � prote��o das comunidades aqu�ticas; � recrea��o de contato prim�rio (como nata��o, esqui e mergulho); � irriga��o de hortali�as e frutas consumidas cruas; � prote��o das comunidades aqu�ticas em terras ind�genas
» Classe 2
�guas destinadas ao abastecimento humano, ap�s tratamento convencional; � prote��o das comunidades aqu�ticas; � recrea��o de contato prim�rio (nata��o, esqui e mergulho); � irriga��o de lavouras e de locais de lazer; � aquicultura e � atividade de pesca
» Classe 3
�guas destinadas ao abastecimento, ap�s tratamento avan�ado; � irriga��o de �rvores, cereais e forrageiras; � recrea��o de contato secund�rio (esportes n�uticos); � pesca amadora; ao consumo de animais
» Classe 4
�guas destinadas apenas � navega��o e � harmonia paisag�stica
Um balne�rio que ficou na lembran�a
A lagoa mais famosa de Belo Horizonte j� foi uma esp�cie de arena de esportes n�uticos. Principalmente nas d�cadas de 1940 e 1950, quando a �gua era bem mais limpa, n�o era dif�cil flagrar amantes da canoagem e de barcos a vela sobre o espelho d’�gua. O rompimento da barragem, na d�cada de 1950, e, posteriormente, o ac�mulo de lixo no local, devido ao crescimento urbano, afugentaram os esportistas, embora provas de remo ainda tenham ocorrido at� a d�cada de 1970.
