Equipes v�o distribuir informativos e esclarecer d�vidas sobre a doen�a a partir das 11h nos restaurantes populares da Rua Cear�, Barreiro e Venda Nova, nas esta��es BHBus Vilarinho, Venda Nova e Calafate. Outras a��es foram realizadas ao longo da semana nos centros de sa�de, Academias da Cidade e outros espa�os.
De acordo com a Secretaria, no ano passado foram notificados 1.075 casos de tuberculose, sendo 800 em moradores da capital. Destes, 439 foram casos novos. Os outros s�o pacientes de retratamento. A taxa de cura, em 2015, foi de 70,3% e houve 15,7% de abandono do tratamento. Belo Horizonte tamb�m recebe pacientes de outras cidades.
A coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose e Hansen�ase, Juliana Veiga, afirma que, no ano passado, 30 pessoas morreram de tuberculose em Belo Horizonte. Segundo ela, o principal desafio para o tratamento � melhorar o trabalho intersetorial de atendimento aos pacientes. Juliana enfatiza que a doen�a pode atingir qualquer pessoa, mas h� uma parcela da popula��o mais vulner�vel. “Sa�de, assist�ncia social, habita��o. O problema da tuberculose n�o � s� sa�de, � social. A grande maioria s�o pessoas com condi��o socioeconomica desfavor�vel, ou que tem consumo de drogas il�citas ou l�citas, alco�latras. As pessoas em situa��o de rua t�m predisposi��o maior. A gente precisa fortalecer as a��es”, analisa.
A Secretaria Municipal de Sa�de aponta como fatores para o abandono do tratamento o tempo prolongado, a caracter�stica cr�nica da tuberculose e o perfil de muitos pacientes, como relatado por Juliana. Para tentar solucionar o problema, teve in�cio, em 2016, o Projeto de A��es Contingenciais para o Enfrentamento do Abandono do Tratamento da Tuberculose, financiado pelo Minist�rio da Sa�de e acompanhado pela Secretaria de Estado da Sa�de e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Segundo Juliana Veiga, a primeira fase do projeto, quando a equipe realiza um estudo sobre os fatores de abandono a partir da capta��o de casos, termina no meio deste ano. O projeto conta com tr�s fases e tem previs�o de t�rmino em 2018.
Os 152 centros de sa�de da capital realizam a��es de controle da tuberculose, como diagn�stico, tratamento e vacina��o dos rec�m-nascidos com a BCG. Em 2015, foi implantado o Teste R�pido Molecular para Tuberculose (TRM-TB), uma nova tecnologia para o diagn�stico da doen�a. O exame est� dispon�vel para todos os postos de sa�de de BH. O objetivo � aumentar a qualidade do diagn�stico e identificar precocemente os casos de resist�ncia � Rifampicina, principal medicamento do esquema terap�utico atualmente usado.
“Se a pessoa estiver sintom�tica, que ela procure o centro de sa�de. Se for diagnosticada com a doen�a, fa�a o tratamento at� o final, e que as pessos que convivem sejam examinadas”, refor�a a coordenadora do programa, que tamb�m destaca por que toda as pessoas que convivem com o doente precisam passar por um m�dico. Isso porque, com um paciente diagnosticado, elas j� podem ter tido contato com a doen�a. “N�o h� necessidade de separar nada dos pacientes. �s vezes o preconceito � muito grande. Com mais ou menos 15 dias (de tratamento) j� n�o transmite mais. N�o precisa separar talher ou roupa de cama. Por isso a gente pede que, se fez o diagn�stico, examine todo mundo”. Caso elas estejam infectadas, tamb�m receber�o tratamento.
