
A engenheira sanitarista da SLU Patr�cia Dayrell, coordenadora do grupo que produziu o plano, adverte que, apesar de prevista no plano, a mudan�a na coleta do lixo comum ainda depende de avalia��o peri�dica, j� que o plano precisa ser atualizado de dois em dois anos e revisado de quatro em quatro anos. “Isso � uma mudan�a bem radical. Por isso estamos (prevendo) em um longo prazo, com um incremento de conscientiza��o e educa��o, para avaliar (se � poss�vel)”, diz a engenheira.
A mudan�a, que resultaria em redu��o de custos da coleta, depende de investimentos na coleta seletiva. Hoje, 15% da popula��o de BH � atendida pela coleta seletiva (383.365 moradores), com a modalidade conhecida como porta a porta. Nesse caso, um caminh�o espec�fico percorre as ruas de 36 bairros coletando exclusivamente o lixo que pode ser reciclado. Em 2021, a inten��o � que esse percentual porta a porta suba para 20%, e outros 21% da popula��o ganhe atendimento ponto a ponto, elevando a coleta seletiva para 41% da cidade.
At� 2036, a inten��o � reduzir o percentual do porta a porta para 10% e dotar os outros 90% de estrutura para coleta ponto a ponto, com cont�ineres que receberiam o lixo recicl�vel da pr�pria popula��o, para depois ser captado por um caminh�o que faria todo o processo de forma automatizada. A estrutura para esse processo tamb�m viabilizaria a entrega do lixo comum para 50% da popula��o.

DESAFIOS “A Pol�tica Nacional dos Res�duos S�lidos estipula que s� pode ser aterrado aquilo que n�o tiver valor econ�mico. Ent�o, os munic�pios t�m que promover a amplia��o da reciclagem”, afirma Patr�cia Dayrell. Hoje, para que a coleta seletiva seja ampliada, a Prefeitura de BH diz enfrentar alguns desafios, como a falta de recursos, a necessidade da amplia��o da cadeia envolvida no processo e a defici�ncia de educa��o ambiental. Sobre a cadeia envolvida, a prefeitura sustenta que os galp�es das associa��es de catadores e cooperativas n�o apresentam infraestrutura adequada para uma boa produtividade e n�o foram dimensionados para o trabalho de catadores avulsos ou de doa��es. Isso exige a participa��o ativa desses empreendimentos sociais para a mudan�a no processo.
Atualmente, h� nove unidades de triagem de material recicl�vel em BH e todas elas s�o consideradas de baixa tecnologia – fazem o trabalho praticamente todo manual. O plano dos res�duos prev� que passem a existir 11 em 2034, por�m, nove com alta tecnologia (processo totalmente mecanizado) e duas com m�dia tecnologia (processo mec�nicos com apoio manual). Outra previs�o para os pr�ximos 20 anos � a gera��o de energia a partir dos gases do lixo aterrado no Aterro Maca�bas, em Sabar�, para onde � enviado o lixo produzido em BH. O Plano Municipal de Gest�o de Res�duos S�lidos de Belo Horizonte � uma obriga��o da prefeitura para pleitear recursos federais na �rea e est� dispon�vel na �ntegra no site www.pbh.gov.br. Al�m disso, tamb�m foi editada uma cartilha para distribui��o para a popula��o com uma linguagem bem mais acess�vel.