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Estado de Minas

Kalil completa 100 dias na prefeitura de BH com demandas atendidas, mas ainda tem desafios

Para p�r a cidade nos trilhos, o ex-dirigente de futebol saiu da caixa do estere�tipo pol�tico e apostou em medidas pr�ticas e urgentes, esteve presente em diversos locais para conhecer problemas de perto e mobilizou o secretariado na busca de solu��es


postado em 10/04/2017 06:00 / atualizado em 10/04/2017 07:42

Nos primeiros meses de governo, Alexandre Kalil apostou em medidas práticas e urgentes para colocar BH nos trilhos(foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
Nos primeiros meses de governo, Alexandre Kalil apostou em medidas pr�ticas e urgentes para colocar BH nos trilhos (foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
Completando hoje 100 dias de governo, o maior desafio do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, come�a agora. De um lado, servidores insatisfeitos com a sinaliza��o de reajuste salarial zero. De outro, quem est� de olho na cidade considera esse prazo suficiente para a nova gest�o se inteirar dos assuntos do munic�pio e, por isso, acena com o fim da tr�gua para cobrar promessas de campanha. Fato � que para p�r a cidade nos trilhos, o ex-dirigente de futebol saiu da caixa do estere�tipo pol�tico e apostou em medidas pr�ticas e urgentes, esteve presente em diversos locais para conhecer problemas de perto e mobilizou o secretariado na busca de solu��es.


No fim do m�s passado, a Prefeitura de BH (PBH) criou uma for�a-tarefa com oito institui��es para revitalizar o Hipercentro. Entre as propostas, o refor�o imediato da seguran�a nas pra�as Sete, Esta��o e Rio Branco, a requalifica��o da Rua Guaicurus e arredores, a reforma e constru��o de banheiros p�blicos, melhorias no amparo a pessoas em situa��o de rua e o est�mulo para que donos de im�veis desativados na regi�o os transformem em moradias, al�m do combate a ambulantes clandestinos e seus fornecedores, com retirada dos camel�s das ruas em at� 60 dias.

Por meio da assessoria, a PBH informa que iniciou, no �ltimo dia 31, o recenseamento dos camel�s para conhecer suas condi��es, al�m de orient�-los sobre oportunidades de inser��o no mercado formal de trabalho. O diagn�stico do Hipercentro ser� realizado no prazo m�ximo de dois meses, com a constru��o de alternativas, o in�cio da revitaliza��o dos shoppings de com�rcio popular e a implanta��o de algumas a��es fiscais punitivas.

A presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil em Minas Gerais (IAB/MG), Rose Guedes, ressalta que a entidade e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais (CAU/MG) defendem uma a��o pr�-cidade. “Mas � preciso um tempo de matura��o, que entendemos ser esses primeiros dias. Vamos esperar a publica��o do balan�o de governo para cobrar o para casa”, afirma, acrescentando: “Estou dando o  tempo de que o prefeito precisa. E disse a ele pessoalmente que queremos contribuir para construir uma BH melhor.”

HABITA��O Em pauta recente discutida na PBH, o IAB e o CAU levaram propostas sobre projetos p�blicos, cultura, arquitetura e a discuss�o do plano diretor, al�m de dois pontos considerados fundamentais pelo instituto: mobilidade urbana e habita��o social. Uma das quest�es discutidas, inclusive no per�odo da campanha, foi a situa��o do Isidoro, na Regi�o Norte de BH. A mudan�a de postura em rela��o � ocupa��o na regi�o foi comemorada. Enquanto a gest�o passada apostava na desocupa��o do local, tendo ingressado inclusive com medida judicial, Kalil decidiu abrir m�o de duas a��es de reintegra��o de posse contra as ocupa��es Rosa Le�o, Vit�ria e Esperan�a, e anunciou, no �ltimo dia 2, a urbaniza��o do local.

“O caminho � esse, mas tem que abrir di�logo com o propriet�rio e com quem mora no local. As pessoas moram l� porque n�o t�m outra op��o. Tem que ter gest�o p�blica. N�o � s� deixar l�, � preciso elementos b�sicos, como �gua, luz e saneamento”, afirma. A PBH informou que a regulariza��o da �rea est� atrelada � urbaniza��o. Esse processo � feito por meio do Plano Global Espec�fico, um estudo do local que permite e possibilita a capta��o de recursos para urbaniza��o.

Mas os primeiros 100 dias poder�o ser marcados pela paralisa��o do funcionalismo. O presidente do Sindicato dos Servidores P�blicos Municipais (Sindibel), Israel Arimar, aponta dois lados da moeda. “Uma parte foi positiva nesses primeiros 100 dias, no que se refere a demandas pontuais. Problemas de rela��o de trabalho tiveram atendimento pronto, com solu��es tomadas de imediato, assim como situa��es de viol�ncia em centros de sa�de”, relata. Mas a categoria marcou assembleia para amanh�, com indicativo de greve. Isso porque houve sinaliza��o de reajuste zero durante reuni�o na PBH para discutir a quest�o. “N�o h� como os servidores entrarem no terceiro ano consecutivo nessa situa��o. Foram 17% de infla��o nos �ltimos dois anos e 5% de reposi��o. N�o estamos pedindo al�m, apenas a reposi��o salarial”, explica.

MAIS SEGURAN�A Grande parte das solu��es propostas pelo prefeito Alexandre Kalil passa pela seguran�a. Nos primeiros dias de governo, uma das principais mudan�as foi em rela��o ao papel da Guarda Municipal, que saiu da condi��o de guarda patrimonial para o trabalho voltado � repress�o do crime e � preven��o. A Secretaria Municipal de Seguran�a Urbana e Patrimonial de BH foi criada em 2003 para atuar com foco no policiamento do patrim�nio municipal, sobretudo das unidades pr�prias da prefeitura, como escolas, centros de sa�de e parques.

A PBH explica que a atual gest�o, no entanto, invocou a Lei Federal 13.022/2014, que disp�e sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais, para que a corpora��o seja mais uma for�a policial que se soma � estrutura do governo do estado na garantia da seguran�a p�blica. A lei estabelece que as Guardas Municipais s�o institui��es de car�ter civil, compostas por agentes que atuam uniformizados e armados, exercendo a fun��o de prote��o municipal preventiva, ressalvadas as compet�ncias da Uni�o, dos estados e do Distrito Federal.

A primeira miss�o dada a ela e que agora se tornou permanente foi a presen�a de duplas nos �nibus, a partir das 19h. A estrat�gia visa coibir a a��o de bandidos especializados em roubar passageiros, motoristas e cobradores. A Opera��o Viagem Segura come�ou nos coletivos que circulam nas duas avenidas onde ocorreram a maioria dos furtos e roubos entre janeiro de 2015 e junho de 2016, segundo dados da Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica (Sesp): Ant�nio Carlos (358 registros) e Nossa Senhora do Carmo (225). E j� se estendeu para outras vias, entre elas as avenidas Raja Gabaglia e Cristiano Machado, atendendo demandas da popula��o. N�o h� prazo para a a��o acabar.

 


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