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Estado de Minas

Primeira etapa de restaura��o da Igreja do Ros�rio dos Homens Pretos � conclu�da em Mariana

Cerim�nia de entrega dos elementos art�sticos do templo re�ne autoridades e moradores da cidade hist�rica. Nova fase de obras deve come�ar em 60 dias


postado em 26/05/2017 06:00 / atualizado em 26/05/2017 10:47

Coral participou da cerimônia de entrega das obras. Primeira fase da restauração incluiu forro, altar, retábulos e imagens, entre outras coisas(foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS)
Coral participou da cerim�nia de entrega das obras. Primeira fase da restaura��o incluiu forro, altar, ret�bulos e imagens, entre outras coisas (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS)
Mariana –  Ao som da Guarda de Congo Nossa Senhora do Ros�rio e S�o Sebasti�o e do coral de adolescentes Tom Maior, foi festejada, na tarde de ontem, a entrega � comunidade da restaura��o dos elementos art�sticos da Igreja do Ros�rio dos Homens Pretos, tesouro do barroco de Mariana, na Regi�o Central, a 115 quil�metros de Belo Horizonte. Trata-se da primeira obra do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) Cidades Hist�ricas no munic�pio, que contemplou a recupera��o do forro da capela-mor que tem pintura do mestre Ata�de, altar-mor, oito ret�bulos colaterais, arco-cruzeiro e imagens. No total, s�o 15 a��es na cidade, com investimento de R$ 15 milh�es.


Durante a cerim�nia, foi firmado o termo de compromisso que garante o repasse de R$ 2 milh�es do PAC Cidades Hist�ricas, por meio do Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan), para execu��o da pr�xima etapa (obra civil). O trabalho, objeto de licita��o da prefeitura, incluir� a restaura��o arquitet�nica do edif�cio e a implanta��o do Museu Vieira Servas, homenagem ao artista portugu�s Francisco Vieira Servas (1720-1811), autor dos ret�bulos do templo erguido pela m�o escrava a partir de 1752.

Segundo o prefeito Duarte Eust�quio Gon�alves J�nior, a previs�o � de que a interven��o comece em 60 dias. A presidente do Iphan, K�tia Bog�a, explicou que, mesmo com o momento de crise econ�mica, os recursos est�o garantidos. “Esta igreja � uma das j�ias mais preciosas do barroco brasileiro e por isso � fundamental n�o s� o restauro como a implanta��o do museu, cujos recursos est�o inclu�dos na verba de R$ 2 milh�es”, ressaltou K�tia Bog�a, ao lado da superintendente do Iphan em Minas, C�lia Corsino, e do diretor do PAC Cidades Hist�ricas, Robson Ant�nio de Almeida.

F� E RESTAURA��O O titular da Par�quia do Sagrado Cora��o de Jesus, padre Geraldo Barbosa, demonstrou sua alegria e assegurou que ela s� estar� completa quando a obra civil estiver conclu�da. “Ficamos felizes com a recupera��o dos elementos art�sticos e mais ainda com o t�rmino do projeto arquitet�nico”, afirmou. Tamb�m presente � solenidade, o bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, dom Giovani Luiz da Silva, enalteceu a luta da comunidade e lembrou que tudo teve in�cio, na d�cada passada, no tempo em foi p�roco local. “O restauro � importante da mesma forma que a f� crist�”,destacou.

Executada pela Prefeitura de Mariana, com recursos de R$ 1,6 milh�o do governo federal, a interven��o, cujo in�cio foi mostrado pelo Estado de Minas em 28 de julho de 2016, valoriza a paisagem colonial da primeira vila, cidade e diocese de Minas e, no interior da igreja, os altares esculpidos pelo portugu�s Francisco Vieira Servas (1720-1811) e o forro da capela-mor de autoria de Manuel da Costa Ata�de (1762-1830), o Mestre Ata�de.

Embora presente diariamente na igreja, que n�o ficou fechada durante a restaura��o dos elementos art�sticos, a moradora Maria Rachel Cardoso dos Reis n�o cabia de contentamento ao ver toda a restaura��o em dia de festa. “Ficou bonita demais da conta. Esperamos muitos anos para que isso acontecesse. Nem tenho palavras para descrever tanta beleza”, revelou, com os olhos brilhando. Outro feliz da vida era Waldemar de Jesus Malta, de 63, que trabalhou como ajudante na obra e pretende lan�ar um livro contando sua experi�ncia e a import�ncia do templo para a comunidade de Mariana e, principalmente, para os moradores do Bairro Ros�rio. “Temos que louvar o trabalho de quem restaurou nossa igreja”, afirmou, pouco antes de ser homenageado pela presidente do Iphan com o diploma.

Guarda de congado se apresentou na festa de conclusão da primeira etapa da restauração(foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS)
Guarda de congado se apresentou na festa de conclus�o da primeira etapa da restaura��o (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS)

COMUNH�O A palavra comunh�o foi a mais usada para falar da integra��o entre restauradores e comunidade. “Trata-se de um trabalho muito importante, principalmente pelo di�logo entre a equipe de profissionais, institui��es envolvidas e moradores”, diz a arquiteta Flora Passos, do escrit�rio t�cnico do Iphan em Mariana. O servi�o ficou a cargo do Instituto Cultural Fl�vio Gutierrez, com equipe coordenada pelo restaurador Adriano Ramos, e supervis�o do Iphan e da prefeitura local.

A presidente do Instituto Cultural Fl�vio Gutierrez. Angela Gutierrez, ressaltou a import�ncia do bem cultural para Minas e o envolvimento dos moradores. Ela lembrou ainda a participa��o, na obra, de integrantes do Projeto Valor Social, bra�o social do instituto, e de pessoas da cidade. “A implanta��o do Museu Vieira Servas, ser� grande artista, vai coroar esta a��o”, acrescentou.

A beleza do restauro deixou muita gente comovida. E n�o era para menos, tal a riqueza das pe�as em madeira de jacarand�, altares com trabalhos de talha e ouro e uma decora��o suave de estilo rococ�, coroada pela pintura da Assun��o da Virgem no teto da capela-mor. De acordo com o Iphan, respons�vel pelo tombamento da constru��o, o conjunto de elementos art�sticos que comp�em a decora��o interna tem lugar de destaque na arte religiosa de Minas Gerais dos s�culos 18 e 19, principalmente pela participa��o de dois importantes artistas do per�odo, que s�o Servas e o marianense Mestre Ata�de. O primeiro realizou toda a obra de talha do interior do templo entre os anos de 1770 e 1775, enquanto o segundo produziu a decora��o pict�rica anos mais tarde, entre 1823 e 1826.

Saiba mais
Obra da 3ª fase do barroco mineiro

Localizada na Pra�a do Ros�rio, a Igreja Nossa Senhora dos Pretos foi constru�da entre 1752 e 1758 por iniciativa das irmandades de S�o Benedito, de Santa Efig�nia e do Ros�rio. Erguida em alvenaria, ela pertence � terceira fase do barroco mineiro, o estilo rococ�. O templo foi constru�do em alvenaria de pedra. Os destaques internos v�o para as obras do pintor Ata�de e do escultor e entalhador Servas.

Enquanto isso...
...Visita a Teatro em Sabar�

Na manh� de hoje, o diretor do Programa de Acelera��o do Crescimento Cidades Hist�ricas (PAC), Robson Ant�nio de Almeida, estar� em Sabar�, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, para visita t�cnica �s obras do Teatro Municipal, antiga Casa da �pera e das salas de espet�culo mais antigas do Brasil. Na oportunidade, ele vai conversar com o prefeito Wander Borges sobre o repasse de verbas federais para a recupera��o do equipamento cultural. Borges reclama de atraso nas parcelas que v�o totalizar R$ 2,6 milh�es. A Prefeitura de Sabar� sustentou ontem, por meio de nota, que tem dado os encaminhamentos corretos em rela��o aos servi�os desenvolvidos a cada per�odo e aponta que atrasos nos repasses t�m provocado transtornos e prejudicado a agilidade nas obras.


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