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Estado de Minas

Expedi��o alerta para problemas no Rio das Velhas

"Rio Velhas te quero vivo" tenta mais uma vez chamar a aten��o e reiniciar um processo de renova��o do manancial que abastece 60% de Belo Horizonte


postado em 30/05/2017 06:00 / atualizado em 30/05/2017 07:47

No primeiro dia de expedição, ambientalistas desceram de canoa no alto Rio das Velhas: erosões ao redor do curso d'água chamaram a atenção(foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
No primeiro dia de expedi��o, ambientalistas desceram de canoa no alto Rio das Velhas: eros�es ao redor do curso d'�gua chamaram a aten��o (foto: T�lio Santos/EM/DA Press)
Ouro Preto e Itabirito – Cada remada desloca uma massa de �gua t�o pura que pode ser consumida diretamente pelo homem. Pode n�o parecer, para quem conhece o rio como um canal praticamente de esgoto na Grande BH, mas no alto Rio das Velhas ainda se mata a sede diretamente das �guas mansas que escorrem pelas pedras negras em Ouro Preto, onde nasce o manacial. E � neste cen�rio, no distrito de S�o Bartolomeu, que a expedi��o “Rio Velhas te quero vivo”, tenta mais uma vez chamar a aten��o e reiniciar um processo de renova��o do manancial que abastece 60% da capital mineira e � o segundo mais volumoso afluente do Rio S�o Francisco. A reportagem do Estado de Minas acompanha desde ontem os expedicion�rios e ambientalistas do projeto Manuelz�o, da UFMG, da Copasa e das prefeituras de BH, Nova Lima, Raposos, Rio Acima, Itabirito e Brumadinho nesse percurso, para mostrar as agress�es que esse manancial sofre e as formas de preserv�-lo.

Uma das piores formas de agress�o encontradas no alto Rio das Velhas s�o as eros�es gigantes ocorridas ap�s os desmatamentos. “� impressionante: primeiro se desmata a floresta ao redor do rio, depois se usa a mata para carv�o e vem o gado e pisoteia tudo. A �gua da chuva entra nesse contexto, escavando seus caminhos e levando sedimentos para baixo, at� o rio, que vai sendo enterrado”, aponta o membro do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Rio das Velhas (CBH-Velhas) Ronald Guerra. Ronald, que j� foi secret�rio de Turismo de Ouro Preto, � um dos canoeiros que navega pelo Rio das Velhas e critica a devasta��o desse manancial. “Se n�o nos unirmos pelo rio, n�o teremos mais nada. A seca est� tornando a navega��o mais dif�cil, mas depois de tantas promessas de investimento, ainda temos um rio com, no m�ximo, 50% de pureza”, afirma.

Logo nos primeiros metros, quando o rio ainda � estreito, os cano�stas precisam lutar contra a fina l�mina d’�gua e as pedras para poder prosseguir. O Rio das Velhas ali � assim: paisagem e n�o protagonista. “A gente tem de pensar nesse rio como um dos primeiros lugares onde o europeu mexeu. N�o fosse por ele, n�o conseguiriam chegar aqui, e o que queremos � ter alguma mem�ria preservada, matas ciliares, ambiente prop�cio para que a natureza se desenvolva”, afirma o presidente do CBH-Velhas, Marcus Vin�cius Polignano. De acordo com ele, as agress�es ao Velhas s�o conhecidas e demandam mais fiscaliza��o. “Vemos �reas degradadas, espa�os destru�dos e quem faz isso sai impune. O Projeto Manuelz�o foi muito importante para a sa�de do rio, mas � preciso manter essas iniciativas”, afirma.

(foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
(foto: T�lio Santos/EM/DA Press)

PANORAMA Do l�quido puro que brota no Parque Natural Municipal das Andorinhas, em Ouro Preto, �s cargas de esgoto, lixo e rejeitos que turvam o Rio das Velhas na Grande BH, um panorama atual sobre a qualidade e a quantidade das �guas desse curso h�drico come�ou a ser tra�ado ontem. Apesar dessa import�ncia, o rio � duramente maltratado ao longo do seu curso, com a devasta��o de suas matas ciliares, eros�o das margens e polui��o das �guas. A expedi��o ter� uma parte aqu�tica, com navegadores descendo em caiaques por 107 quil�metros, entre o distrito ouro-pretano de S�o Bartolomeu e o munic�pio de Santa Luzia, colhendo amostras, registrando problemas e paisagens belas. Enquanto isso, com o apoio das prefeituras da regi�o, ser�o feitas a��es de conscientiza��o nas comunidades ribeirinhas e tamb�m rodas de discuss�o sobre a situa��o do Rio das Velhas.

No dia 4 de junho, o grupo de expedicion�rios chega a Belo Horizonte. Na capital mineira, a partir das 9h, entidades ambientais se re�nem na Pra�a da Liberdade para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente e encerrar a expedi��o. Ao final, um cortejo com todos os participantes descer� a Avenida Jo�o Pinheiro, em dire��o ao Parque Municipal.

 

Parque da Serra do Curral ser� reaberto hoje


As visitas ao Parque da Serra do Curral ser�o retomadas hoje, a partir das 8h, depois de 96 dias de interdi��o. No final de fevereiro, a Secretaria Municipal de Sa�de (SMSA) recomendou o fechamento do espa�o em a��o para prevenir o risco de contamina��o pela febre amarela, j� que macacos foram encontrados mortos em matas na regi�o. Afastados os riscos da doen�a, o parque volta a funcionar, sempre de ter�a-feira a domingo, das 8h �s 17h, com hor�rio limite para entrada at� as 16h. Por�m, a trilha Travessia da Serra do Curral, que percorre o alto do pared�o da serram, segue suspensa, sem previs�o de ser retomada.


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