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Estado de Minas

Crian�a � queimada em Nova Lima por lagarta venenosa que pode levar � morte

Um monte de taturanas estava ao p� de uma �rvore onde acontecia um evento ao ar livre; regi�o metropolitana registra cerca de 60 casos por ano


postado em 31/05/2017 08:00 / atualizado em 31/05/2017 08:44

Lonomia oblíqua(foto: Wikipédia/Divulgação)
Lonomia obl�qua (foto: Wikip�dia/Divulga��o)
Uma crian�a de cinco anos foi queimada por um lagarta conhecida como Lonomia, tida como uma das mais venenosas, quando brincava numa �rea com brinquedos no Bairro Vila da Serra, em Nova Lima.

Como o menino foi socorrido rapidamente pelos pais ao Hospital Pronto Socorro Jo�o XXIII, ele n�o teve complica��es e se recupera bem.

Especialistas alertam para os riscos de envenenamento pela taturana, que pode levar � morte e hemorragias graves.

A m�e de Gabriel, Vanessa Greco, contou que estava em um evento ao ar livre, na Rua das Flores, no Bairro Vila da Serra, quando o menino chegou chorando com uma queimadura no dedo. "Parecia uma queimadura de panela quente. Fomos at� o lugar em que ele estava brincando e vimos que a �rvore que ele encostou estava com a base tomada por amontoados de lagartas", disse a m�e.

Bombeiros civis que estavam no local identificaram a lagarta e instruiram a m�e a procurar rapidamente atendimento m�dico. Eles tamb�m removeram os montes de lagartas da �rvore e isolaram a �rea.

Bolo de lagartas na árvore que Gabriel se queimou(foto: Vanessa Greco/Divulgação)
Bolo de lagartas na �rvore que Gabriel se queimou (foto: Vanessa Greco/Divulga��o)
O bi�logo especialista em animais pe�onhentos Evanguedes Kalapotakis explicou que a lagarta Lonomia obl�qua � uma das mais venenosas que existem e que, por viver agrupada, o perigo ainda � maior. "Quando a pessoa entra em contato com a lagarta, ela encosta em v�rias delas e acaba recebendo uma grande quantidade de toxinas. Al�m de se camuflarem muito bem nos troncos", continua o professor do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Atendimento


Ao dar entrada no pronto socorro, Vanessa contou que n�o demorou mais que um minuto para ser atendida pela equipe de toxicologistas do lugar, que imediatamente identificou a esp�cie da taturana. O m�dico que assistiu Gabriel contou � m�e dele que o veneno � equivalente ao de uma cobra jararaca. Os sintomas variam entre dor e queima��o no local, desconforto e dor generalizada pelo corpo, dor de cabe�a, n�useas, v�mitos e sangramentos, que podem evoluir para uma hemorragia severa, podendo levar a morte, principalmente em idosos e crian�as.

O soro antilon�mico, usado exclusivamente para combater a intoxica��o causada pela lon�mia, � produzido a partir do sangue de cavalos, informa o Instituto Butantan, produtor nacional da solu��o. Por ser baseado em equinos, o soro pode ser rejeitado pelo paciente, provocando choque anafil�tico, parada respirat�ria e card�aca. Contudo, �ndices do Butantan apontam que estas rea��es s�o incomuns. Ap�s a aplica��o da solu��o, deve-se permanecer em observa��o no hospital por no m�nimo 24 horas.

No dia seguinte, domingo � noite, depois de uma bateria de exames repetida a cada seis horas e com resultados cl�nicos positivos, Gabriel teve alta e foi para casa.

O toxicologista que realizou o atendimento tamb�m comentou com a fam�lia do garoto que ele foi o primeiro caso de envenenamento por lonomia na cidade e que s�o registrados em m�dia 60 casos por ano.

Habitat


Evanguedes Kalapotakis afirma que essa lagarta normalmente n�o � encontrada em cidades, mas como a taturana se transforma em uma mariposa, ela pode voar e colocar os ovos em qualquer lugar, possibilitando que apare�am em centros urbanos. "Muitas vezes acontece um desequil�brio no meio ambiente e elas come�am a aumentar demais. Portanto, � preciso que a Zoonose acompanhe a ocorr�ncia dos casos para entender o motivo do aumento dos acidentes, bem como conhecer os predadores", conclui o bi�logo.


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