
Na expedi��o “Rio das Velhas, Te Quero Vivo”, uma realiza��o do CBH-Rio das Velhas e do Projeto Manuelz�o, as remadas desses seis homens inspiraram a popula��o ribeirinha, chamaram a aten��o das autoridades para v�rios problemas, mas trouxeram tamb�m uma perspectiva especial, de quem esteve inserido na din�mica do curso h�drico que atualmente abastece 50% da Grande BH e � o segundo maior tribut�rio do Rio S�o Francisco – j� foi o primeiro, mas atualmente sua vaz�o reduzida perde para a do Rio Paracatu, no Noroeste de Minas. A reportagem do Estado de Minas acompanhou essa aventura desde a �ltima segunda-feira.

CONSTRU��ES Veterano nessa expedi��o, desde a navega��o promovida em 2003 at� a foz do Velhas, Ronald Guerra ainda se disse impressionado com a degrada��o testemunhada rio abaixo. “Fiquei surpreso ao encontrar aterramentos empurrando o leito do rio para abrir mais espa�os para constru��es nas �reas urbanas. Isto � incab�vel. Mas a acomoda��o que se deu pelo poder p�blico ap�s a revitaliza��o permitiu coisas assim. Como, por exemplo, duas dragas ilegais que funcionam sem qualquer medo, minerando e poluindo o rio para retirar ouro”, afirma.


Dois navegadores chamaram a aten��o para os problemas que a necessidade de grande capta��o do Rio das Velhas para o abastecimento de BH traz. “Passamos pela �poca das chuvas e agora o rio vai s� se reduzindo. A Copasa precisaria rever esse ritmo de retirada de �gua, porque os munic�pios abaixo, como Raposos, est�o sofrendo muito, a natureza desse lugar precisa de mais �gua para que haja uma revitaliza��o”, afirma o volunt�rio Rafael Gon�alves. “Fiquei muito preocupado com a �gua que a Copasa entrega ao rio depois da capta��o de Bela Fama. � uma �gua com um n�vel de turbidez muito elevado. Ela est� se mostrando a grande vil� do rio, pois, apesar de ter a outorga, o impacto da capta��o � enorme. A �gua entra clara e sai turva. Vamos, ainda, constatar cientificamente o que pode estar ocorrendo”, disse o mobilizador social do Projeto Manuelz�o, Erick Wagner Sangiorgi.