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Estado de Minas

Escola Bar�o do Rio Branco foi trocada por 'por�o'

Enquanto reforma da Escola Estadual Bar�o do Rio Branco, na Regi�o Centro Sul de BH, se arrasta, alunos da unidade encaram h� anos salas improvisadas no Instituto de Educa��o


postado em 09/06/2017 06:00 / atualizado em 03/08/2018 11:08

Andaimes, tela de proteção e tapumes escondem de quem passa os detalhes da fachada histórica do primeiro grupo escolar de Belo Horizonte(foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
Andaimes, tela de prote��o e tapumes escondem de quem passa os detalhes da fachada hist�rica do primeiro grupo escolar de Belo Horizonte (foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
Enquanto a reforma da Escola Estadual Bar�o do Rio Branco se arrasta entre promessas de conclus�o n�o cumpridas, obras lentas e den�ncias de falta at� de energia el�trica, mais de 1 mil alunos matriculados na institui��o est�o instalados precariamente em anexo do pr�dio do Instituto de Educa��o, na esquina da Rua Pernambuco com a Avenida Afonso Pena, no Centro de BH. Foram transferidos para l� quando o pr�dio onde deveriam estudar, na Savassi, foi fechado. H� tempos pais de alunos denunciam as condi��es improvisadas a que seus filhos s�o submetidos. “Eles est�o estudando em um por�o, um lugar abafado, sem ventila��o, com goteiras, e que j� alagou v�rias vezes. Para piorar, o local tem fia��o exposta e apenas uma porta. Imagine 450 alunos (por turno) tendo que deixar esse lugar �s pressas caso aconte�a alguma coisa?”, questionava, no ano passado, Silv�nia Bispo, m�e de uma das alunas.

As condi��es n�o mudaram. Na manh� de ontem, a estudante Giovana Rodrigues, de 14, contou que � “p�ssimo” estudar no endere�o improvisado. “A sala � totalmente abafada, com fia��o solta. Quando chove muito forte, a escola alaga e temos que ligar para os nossos pais para irmos embora”, contou a adolescente. A jovem estudava na Escola Estadual Bueno Brand�o, tamb�m na Regi�o Centro-Sul, e foi transferida para o Bar�o do Rio Branco quando passou para o 6º ano do ensino fundamental, mas j� chegou no endere�o provis�rio. O colega Pedro Vasconcellos, tamb�m de 14, confirma as queixas. “A sala � muito pequena e fica muito lotada. � bem improvisado”, reclama o adolescente. “Estamos ansiosos para irmos para o pr�dio reformado. Mas os alunos que estudavam l� j� at� se formaram. Estou no 9º ano e acho que tamb�m n�o vou conhecer a escola pronta”, disse o jovem.

M�rio de Assis, integrante da Federa��o das Associa��es de Pais e Alunos das Escolas P�blicas de Minas Gerais, critica o atraso da entrega das obras. “Toda vez que um governo vai fazer a reforma de uma escola e precisa tirar o estudante de l�, tira-se a refer�ncia dele. Onde o aluno estudou na sua inf�ncia? Em uma escola emprestada. Por mais que se trabalhe a quest�o, o grupo transferido para o Instituto de Educa��o fica prejudicado. Esse tipo de interven��o tem de ser feito com mais responsabilidade e agilidade”, avalia.

A obra � acompanhada pelo Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha-MG), pois o pr�dio, erguido em 1913 pelo construtor espanhol Jaime Salse, foi tombado em 1988. Primeiro grupo escolar de BH, pelo Bar�o do Rio Branco passaram nomes de peso, como Otac�lio Negr�o de Lima, Am�rico Renn� Giannetti, Israel Pinheiro, Paulo Mendes Campos e Zuzu Angel, entre outros.

PREVIS�ES Em outubro do ano passado, a Secretaria de Estado da Educa��o informou, por meio de nota, que a previs�o era que as atividades escolares fossem retomadas no pr�dio original da Bar�o do Rio Branco no in�cio do ano letivo de 2017. Mais uma vez, a previs�o n�o foi cumprida. Questionada novamente pelo Estado de Minas a pasta informou, em nota, que “a expectativa � de que a reforma e revitaliza��o sejam entregues ainda este ano”. Ainda de acordo com o texto, as “obras est�o em ritmo lento de execu��o e n�o est�o interditadas. A equipe de fiscaliza��o da Diretoria de Obras de Edifica��es do Departamento de Edifica��es e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER-MG) faz vistorias constantes no local e tem solicitado � empresa contratada a retomada do bom andamento dos servi�os, para a conclus�o das obras ainda neste ano”.

O EM entrou em contato com a empresa Topo Engenharia, respons�vel pelas obras depois de vencer licita��o em 2012. A construtora informou apenas que as obras terminar�o no prazo estimado, e que qualquer outra informa��o deveria ser repassada pelo governo do estado.

Ao contrário de unidades que já receberam estudantes de volta, escola da Savassi tem prédios vazios e material espalhado(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Ao contr�rio de unidades que j� receberam estudantes de volta, escola da Savassi tem pr�dios vazios e material espalhado (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)

Outras obras t�m etapas pendentes

 

Ainda h� obras pendentes em outras escolas estaduais tradicionais de Belo Horizonte: a Pandi� Cal�geras, no Bairro Santo Agostinho, o Estadual Central, em Lourdes, e a Bar�o de Maca�bas, na Floresta, Regi�o Leste da capital. A reforma da Pandi� estava prevista para ocorrer em duas etapas. A inicial come�ou em janeiro de 2013 e previa a restaura��o do telhado. A segunda fase teria como meta a recupera��o estrutural. De acordo com a Secretaria de Educa��o, as interven��es est�o em andamento, com previs�o de t�rmino para o fim deste semestre. A nota n�o esclarece em qual etapa est�o os servi�os, mas os alunos retornaram � unidade em fevereiro de 2017.

J� a reforma do Col�gio Estadual Central, que teve in�cio no primeiro semestre de 2013, or�ada em R$ 9 milh�es, teve a primeira etapa conclu�da no ano passado e as atividades escolares j� ocorrem normalmente no pr�dio desde o primeiro semestre de 2016. A secretaria informa que licita��o para a segunda etapa dos servi�os est� em andamento. A Escola Estadual Bar�o de Maca�bas, outro pr�dio hist�rico, tamb�m retomou as atividades no pr�dio original, que passou por reforma, restaura��o e amplia��o, mas interven��es complementares ainda devem ser conclu�das neste semestre.

 


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