
A Pol�cia Militar (PM) confirmou que um homem foi detido com uma r�plica de pistola na Rua Curitiba. A princ�pio, ele n�o participava do movimento dos camel�s. Ele foi levado para a Central de Flagrantes da Pol�cia Civil (Ceflan 2). At� o momento, n�o houve confronto com os manifestantes, de acordo com o 1º Batalh�o da PM.
A concentra��o dos ambulantes come�ou no cruzamento das ruas S�o Paulo com Carij�s, por volta das 10h. Um ambulante ouvido pelo em.com.br no in�cio da manh� informou que a inten��o deles era permanecer no local hoje e afetar o com�rcio, que tem fechados as portas mais cedo desde o in�cio das manifesta��es, na segunda-feira.
No entanto, por volta das 11h, os manifestantes decidiram seguir em passeata pelo Hipercentro mais uma vez. Os camel�s seguiram pela Rua Curitiba, que ficou interditada na altura da Galeria do Ouvidor. Os camel�s seguiram, ent�o, at� a Rua Tupis, em frente ao Shopping Cidade e caminham em dire��o � Pra�a Sete.
Por volta das 13h, os manifestantes foram para a Pra�a Sete. Os cruzamentos das avenidas Afonso Pena e Amazonas foram fechados pelos ambulantes, que deram as m�os e fizeram um c�rculo em volta do 'pirulito'. Em seguida, foram para a Rua S�o Paulo e seguiram em dire��o a Rua Curitiba.
Depois, o grupo seguiu pela Avenida dos Andradas at� a C�mara Municipal de Belo Horizonte. Eles chegaram a ser barrados na entrada da Casa, mas depois foram liberados. Os ambulantes que entraram passaram por revista. Os manifestantes queriam participar da galeria do plen�rio, mas n�o conseguiram. O qu�rum da reuni�o caiu aos tr�s minutos.
De acordo com Ivan�lson Barbosa, um dos camel�s que foi retirado das ruas, o grupo, hoje, pretende afetar o funcioamento do com�rcio na Regi�o do Hipercentro de BH. "Estamos protestando pacificamente e pedindo que os comerciantes abaixem as portas. De alguma maneira queremos prejudicar a PBHe chamar aten��o deles para o nosso problema," relatou.
Uma comiss�o de cinco ambulantes foi recebida por vereadores, entre eles, o presidente da C�mara, Henrique Braga (PSDB). O vereador Pedro Patrus (PT) quem est� a frente das negocia��es. O projeto de lei que tenta regularizar a situa��o dos camel�s nos shoppings populares chegou � Casa nesta semana.
Os camel�s n�o ficaram satisfeitos com a reuni�o e pedem uma resposta mais r�pida do poder p�blico para o problema, j� que os shoppings n�o atendem a todos e n�o cabem todos. "N�s vamos voltar para as ruas. N�o � quest�o de querer, � quest�o de sobreviv�ncia. Um tiro de borracha d�i menos do quer ver seu neto em casa sem mamadeira", afirma V�nia L�cia dos Santos Rosa, uma das ambulantes que participou da reuni�o.
Sorteio
Ao anunciar que adiantou para amanh� o sorteio das primeiras vagas para os camel�s em shoppings populares privados de BH, o prefeito Alexandre Kalil, avisou que a retirada de ambulantes das ruas n�o s� � definitiva, como chegar� a outros locais al�m do Hipercentro. “� uma opera��o que n�o tem volta, n�o tem fim, � como a Guarda no �nibus, � como o t�xi andando (nas pistas do Move), como o estacionamento do Mineir�o: s�o a��es permanentes.”
Nos shoppings populares, os ambulantes ocupar�o espa�os como se estivessem em uma feira livre, inicialmente sem boxes. “Como neste momento n�o haver� repasse de recurso p�blico para os shoppings que aderirem ao programa, a gente entendeu que, juridicamente, temos condi��es de acelerar o processo”, detalhou a secret�ria municipal de Servi�os Urbanos, Maria Caldas.
Entenda o caso
» A Prefeitura de BH com base no C�digo de Posturas, iniciou a fiscaliza��o, coibindo a presen�a de camel�s nas ruas. S� podem permanecer artes�os, deficientes e hippies, que t�m liminar para expor produtos em locais espec�ficos.
» Em troca, a administra��o municipal promete subsidiar, durante cinco anos, os custos de vendedores ambulantes em shoppings populares privados, por meio de um projeto enviado � C�mara. O subs�dio come�a com os ambulantes pagando apenas R$ 30 mensalmente e ocupando espa�os com a configura��o de feiras livres dentro dos shoppings.
» O valor pago pelos camel�s cresce progressivamente. Depois dos cinco anos, os ambulantes pagariam, a partir do sexto, R$ 800.
» A diferen�a, segundo a PBH, � que eles j� ter�o passado por cursos profissionalizantes que permitir�o a eles uma organiza��o melhor para dar conta de tocar seus neg�cios. As primeiras 700 vagas em cursos dessa natureza estar�o dispon�veis para in�cio das capacita��es em setembro.
» Enquanto o projeto n�o � aprovado, a PBH prop�e ainda que os ambulantes trabalhem em bancas de shoppings populares parceiros, ao custo de R$ 1 por dia, pelo per�odo de quatro meses. O credenciamento dos centros comerciais interessados j� foi publicado no Di�rio Oficial do Munic�pio (DOM).
» A PBH promete tamb�m abrir imediatamente 55 vagas no Shopping Caet�s, administrado pelo munic�pio, ao custo fixo mensal de R$ 300, valor que ser� controlado pela prefeitura e n�o ter� varia��o. Outras 100 vagas ser�o abertas em um segundo momento e dependem de obras no local para serem disponibilizadas.
» Outras 2 mil posi��es de trabalho ser�o abertas em feiras livres e regionais, principalmente para a venda de comida e artesanato.