
O marido, W.S.C., com quem ela tem duas filhas, fruto de cinco anos de relacionamento, foi preso em flagrante e deve responder por agress�o e tortura. Al�m de cortar o cabelo da mulher diante de uma das meninas, de 1 ano e 2 meses, ele atacou a v�tima a chutes e socos.
O caso ocorreu em Bom Despacho, na Regi�o Centro-Oeste de Minas. Segundo a delegada Angelita de Oliveira, respons�vel pelo inqu�rito, o �ltimo ataque foi a gota d’�gua para que a mulher procurasse a pol�cia. “Ela j� n�o podia sair de casa, n�o podia trabalhar, porque o marido n�o deixava. Relatou que sofria agress�es constantes. Inclusive, no in�cio deste ano, teve um bra�o quebrado por ele”, afirma a policial. H� alguns meses, o pai da v�tima sofreu um acidente vascular cerebral e ela resolveu passar mais tempo na casa dele para ajud�-lo, o que teria intensificado as agress�es.
Na manh� de quarta-feira, A.A.L. estava na casa em que vivia com o marido quando, segundo seu relato, foi surpreendida com chutes e socos. “Ele dizia para ela voltar para casa. Diante da recusa, o companheiro exigiu que ela se sentasse em uma cadeira e raspou todo o cabelo dela com uma m�quina de barbear”, relatou a delegada. Sob amea�a, e com a filha pequena no colo enquanto o agressor cortava seu cabelo, ela n�o reagiu. Depois disso, o homem ainda queimou o cabelo raspado. “O intuito dele era o de humilhar a mulher”, avaliou a policial. Depois disso, enquanto o homem saiu para trabalhar, a v�tima fez a den�ncia em uma delegacia da cidade, com o apoio de um parente. O acusado foi preso em flagrante no posto de gasolina em que trabalhava, e levado para pres�dio de Bom Despacho.
Os n�meros mostram que n�o se trata de um caso isolado: nos �ltimos tr�s anos, foram quase 388 mil ocorr�ncias registradas por crimes relacionados � viol�ncia ligada ao g�nero no estado: sexual, f�sica, moral, psicol�gica e patrimonial. E o perigo � maior justamente na companhia de quem as mulheres deveriam se sentir seguras, j� que 43% dos agressores s�o os pr�prios companheiros ou namorados das v�timas. Os dados fazem parte do Diagn�stico da Viol�ncia Dom�stica e Familiar em Minas Gerais, relativo ao per�odo de 2015/2016 e divulgado �s v�speras do Dia Internacional da Mulher, no �ltimo 8 de mar�o, pela Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica.
“Primeiro ele corta o cabelo dela e depois, corta a cabe�a. N�o podemos esperar o fim da agress�o, por isso � importante atentar para o que antecede a ela”, comentou a coordenadora da Rede Estadual de Enfrentamento � Viol�ncia Contra a Mulher, Tet� Avelar. Ela afirma que a viol�ncia come�a com pequenos atos, que muitas vezes s�o naturalizados pela sociedade. “Ele come�a falando que a saia est� muito curta, que n�o pode usar determinado batom, depois a agride e a violenta fisicamente. � preciso mostrar para as mulheres que esses primeiros comportamentos machistas j� s�o viol�ncias contra elas”, alertou Tet�, advertindo sobre a necessidade do trabalho de preven��o � viol�ncia de g�nero. (Com Mirna de Moura, estagi�ria sob supervis�o do editor Andr� Garcia)
Enquanto isso...
...Estudante cai do 2º andar de escola
Um estudante de 16 anos da Escola Estadual Presidente Dutra, no Bairro Horto, Regi�o Leste de Belo Horizonte, caiu do segundo andar do pr�dio durante o intervalo da aula e precisou ser socorrido �s pressas. De acordo com a Secretaria de Estado de Educa��o, a queda foi acidental. O aluno estava sentado em uma mureta durante o recreio, quando se sentiu tonto. Os primeiros socorros foram prestados por funcion�rios. Em seguida, o Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram acionados e socorreram a v�tima, que foi levada para o Hospital Jo�o XXIII. De acordo com a secretaria, o adolescente sofreu um corte na cabe�a, mas n�o teve fratura.