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Estado de Minas

Apreens�es de ecstasy em Minas Gerais subiram 59,7% em 2017

De alto valor no mercado e f�cil de ser vendida e transportada, a droga sint�tica tem ampliado sua presen�a nas baladas e se tornou um desafio para as autoridades de seguran�a p�blica


postado em 20/07/2017 06:00 / atualizado em 20/07/2017 09:35

(foto: Arte sobre foto de DEA/Reuters)
(foto: Arte sobre foto de DEA/Reuters)
Vendido em pequenos volumes, f�cil de ser transportado – inclusive pelos Correios – e com alto valor em baladas, o ecstasy volta a desafiar autoridades policiais. Dados da Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica (Sesp) mostram que, entre janeiro e maio deste ano, as ocorr�ncias com apreens�o de ecstasy aumentaram 59%, de 77 para 123 em Minas. Em Belo Horizonte, os registros mais que dobraram: saltaram de 24 para 51, alta de 112,5%. Ontem, um promoter que atuava em casas noturnas da capital foi preso pela Pol�cia Civil em Sabar� (Grande BH) acusado de vender a droga na noite. A Pol�cia Civil afirmou ter apreendido 3,8 mil comprimidos, avaliados entre R$ 140 e R$ 200 mil.


Casos como o de ontem, al�m de apreens�es feitas no Aeroporto de Confins e no interior do estado, acenderam o alerta entre investigadores das pol�cias civil e federal. Na ter�a-feira, quatro pessoas foram detidas em S�o Jo�o del-Rei, no Campo das Vertentes, acusadas de comercializar ecstasy e outras subst�ncias em casas noturnas, festas de rep�blicas universit�rias e exposi��es agropecu�rias. Em fevereiro, mais de 3 mil p�lulas de ecstasy foram encontradas com um jovem de 22 anos em Juiz de Fora (Zona da Mata). H� dois meses, a Pol�cia Federal e a Receita Federal fizeram a maior apreens�o do ano no aeroporto: nove quilos de metilenodioximetanfetamina (MDMA), princ�pio ativo do ecstasy foram encontrados em duas malas com fundo falso, com um homem, de 40 anos, que desembarcou de um voo procedente de Portugal.

“Com a quantidade apreendida, seria poss�vel produzir mais de 100 mil comprimidos da droga, o que equivale a milh�es de reais”, afirma o chefe da Pol�cia Federal em Confins, delegado Fl�vio Braga. Em mar�o, outros 60 mil comprimidos de ecstasy foram apreendidos no aeroporto. A droga foi encontrada com uma passageira, de 29 anos, uma paulista que viajava da Holanda para o Brasil, passando pela B�lgica e Portugal. “O tr�fico de drogas sint�ticas tem aumentado no Brasil inteiro e em Minas e isso tem aparecido mais nas apreens�es. Este � um tipo droga dif�cil de ser identificada porque, diferentemente de outros entorpecentes, como coca�na, pode ser transportada em pequenas quantidades e ocultadas nas bagagens ou em malotes de correio”, afirma.

A Polícia Civil informou ontem ter apreendido quase 4 mil comprimidos de ecstasy com promoter que atuava em casas noturnas de BH(foto: Cristiane Silva/EM/DA Press)
A Pol�cia Civil informou ontem ter apreendido quase 4 mil comprimidos de ecstasy com promoter que atuava em casas noturnas de BH (foto: Cristiane Silva/EM/DA Press)
(foto: Polícia Civil/Divulgação)
(foto: Pol�cia Civil/Divulga��o)
O delegado lembra que, em geral, organiza��es criminosas trazem as subst�ncias da Europa e recrutam traficantes de classe m�dia alta. “Esse n�o � um tipo de droga encontrada em ‘bocas’. � vendida em festas e baladas”. Braga afirmou que, desde o fim do ano passado, o trabalho de fiscaliza��o foi intensificado em Confins para combater a entrada das sint�ticas no estado. “Temos uma equipe s� para repress�o a drogas, com policiais especializados, c�es e o servi�o de intelig�ncia atuando em conjunto, e temos aumentado a aten��o, principalmente, nos voos que v�m da Europa.” Ele lembrou ainda que as a��es s�o feitas em conjunto com aeroportos do interior e tamb�m de outros estados, principalmente no Rio de Janeiro e S�o Paulo.

CORREIOS No caso de ontem, em que 3,8 mil comprimidos de ecstasy foram apreendidos na capital, a droga foi encontrada em caixas do servi�o Sedex, dos Correios, que tinham remetente de S�o Paulo, mas que a pol�cia desconfia ser um endere�o falso. O acusado preso, Walter Ernesto Goddard J�nior, de 24 anos, � suspeito de agir h� um ano.  A maior parte da droga foi escondida por ele na casa da namorada, que mora no Bairro Buritis, Regi�o Oeste de BH. Segundo a pol�cia, a mo�a estuda em BH, mas n�o mora na capital e n�o sabia do envolvimento do rapaz com o tr�fico nem da presen�a da droga na casa dela.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
Segundo o delegado Rodolfo Rabelo, respons�vel pelas investiga��es, o preso � de Sabar� e de fam�lia com boas condi��es financeiras. “Ele era promoter, produzia festas em algumas boates da capital, e se valia da fun��o que exercia para promover a venda de drogas”, disse. Rabelo considera que a apreens�o � uma das maiores de drogas sint�ticas entre as delegacias de BH. Durante o cumprimento dos mandados judiciais – um na casa dele e outro no apartamento da namorada – os policiais ainda encontraram R$ 3 mil em dinheiro, uma balan�a de precis�o, embalagens pl�sticas para as drogas, um simulacro de arma de fogo e uma faca peixeira, de acordo com a corpora��o. Segundo a pol�cia, cada comprimido de ecstasy era vendido por R$ 30 ou R$ 50.

Chefe do Departamento Estadual de Combate ao Narcotr�fico, o delegado Wagner Pinto reconhece preocupa��o pelo aumento das apreens�es e sustenta que a corpora��o “tem intensificado o trabalho de investiga��o e intelig�ncia para chegar aos traficantes.”


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