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Estado de Minas

Alunos de arquitetura da UFMG se recusam a projetar casa com �rea para empregados

Em nota, estudantes pedem cancelamento do trabalho que previa projetar im�vel de 800 m� com �rea de servi�o, quartos e banheiros para oito empregados. "Perpetua o racismo", criticam


postado em 27/07/2017 18:31 / atualizado em 04/07/2018 13:07

(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - 11/01/2013)
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - 11/01/2013)
Alunos do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) criticaram nesta quinta-feira um trabalho da disciplina Casa Grande que consistia em projetar um im�vel de alto padr�o com espa�o separado para empregados – com quartos e banheiros inclu�dos.

Em nota coletiva de rep�dio postada em uma rede social pelo diret�rio acad�mico da Escola de Arquitetura (EAD) da UFMG, os estudantes consideram que o projeto “incorpora a senzala e refor�a os moldes de domina��o em pleno s�culo 21”. O trabalho foi proposto pelo professor Ot�vio Curtiss.

Segundo a postagem, o trabalho previa que os alunos deveriam se reunir em duplas para fazer estudo preliminar e anteprojeto de uma resid�ncia de 800 metros quadrados em um terreno de 4 mil metros quadrados no condom�nio no Vale dos Cristais, em Nova Lima (Grande BH). O projeto do im�vel, com cinco su�tes, inclu�a �rea de servi�o com cozinha, lavanderia, despensa, dep�sito, c�modos t�cnicos e quartos e banheiros para oito empregados. Para estudantes, o caso ilustra como “a estrutura escravocrata ainda segue presente no cotidiano brasileiro.”

“Como discutido em diversas disciplinas na EAD-UFMG, o quarto de empregada, por exemplo, tem como origem a segrega��o escravista. Ele surge como uma solu��o para separar empregados e patr�es que permaneceram vivendo juntos ap�s a aboli��o, em 1888”, diz trecho da nota de rep�dio.

 “Com o crescimento das cidades e a verticaliza��o urbana, as novas solu��es de moradia mantiveram solu��es arquitet�nicas que perpetuam a separa��o entre patr�es e empregados", prossegue o texto. Na nota, os alunos pedem o cancelamento da proposta da disciplina por considerar que perpetua o racismo.

Contatado pelo em.com.br, o professor Ot�vio Curtiss se manifestou por e-mail. “N�o tenho interesse em entrar nessa quest�o. Os alunos n�o s�o obrigados a cursar essa disciplina para obterem o grau de arquitetos.” Procurada, a assessoria de imprensa da UFMG informou que a Escola de Arquitetura deveria falar sobre o caso. A diretoria da escola, por sua vez, informou que aguarda o departamento e o colegiado se manifestarem para se posicionar sobre o caso.

 

Leia na �ntegra a carta dos alunos:

 


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