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Estado de Minas

Pol�cia come�a a ouvir testemunhas de caso de estudante autista agredido em escola de BH

M�e do menino afirma que o agressor seria um monitor da institui��o de ensino. Caso corre em sigilo. Garoto passou por exame de corpo de delito


postado em 10/08/2017 17:54 / atualizado em 10/08/2017 22:05

Em dezembro, criança quebrou um dos dentes. Escola disse que ele caiu. Na foto à direita, recebida pela mãe, menino aparece amarrado (foto: Reprodução internet/WhatsApp)
Em dezembro, crian�a quebrou um dos dentes. Escola disse que ele caiu. Na foto � direita, recebida pela m�e, menino aparece amarrado (foto: Reprodu��o internet/WhatsApp)

Testemunhas j� come�aram a ser ouvidas pela Pol�cia Civil no inqu�rito que apura agress�es sofridas por um garoto de 10 anos, que � autista, dentro de uma escola onde ele estuda em Venda Nova, Belo Horizonte. A m�e do estudante afirma que o agressor seria um monitor da institui��o de ensino. V�deos divulgados por ela mostram a viol�ncia sofrida pelo filho. A v�tima j� passou por exame de corpo de delito.

De acordo com a Pol�cia Civil, o caso est� sendo investigado pela delegada Ana Patr�cia Ferreira Franca, que j� ouviu algumas testemunhas. Como o caso � sigiloso por envolver vulner�vel, n�o ser�o fornecidos mais detalhes sobre a investiga��o. O resultado do exame de corpo de delito ainda n�o foi divulgado.

O caso foi denunciada pela m�e do garoto. A crian�a estuda na escola municipal, que fica no Bairro Piratininga, h� dois anos. A m�e trabalha e o menino fica na institui��o em per�odo integral, onde era acompanhado por dois monitores em turnos diferentes. O aluno apareceu ferido pela primeira vez em dezembro. “No ano passado, ele come�ou a chegar em casa machucado. Eles falaram que ele caiu, quebrou um dente, que o rosto dele estava machucado”, explica. Na �poca, ela registrou um boletim de ocorr�ncia por causa dos ferimentos. Com o retorno �s aulas, no in�cio deste ano, o menino voltou a aparecer com hematomas pelo corpo. A m�e reclamava. “N�o socorreram, nunca levaram ao m�dico. Eles limpavam, colocavam gelo”, diz a mulher.



No in�cio deste m�s, veio a confirma��o. “Uma pessoa filmou e passou para mim. Era durante as aulas de inform�tica, era o hor�rio da inclus�o. O professor de apoio que agredia ele. O v�deo chegou no dia 1º de agosto”, conta a m�e. S�o diversas imagens que mostram o homem puxando as orelhas e o nariz do menino, que chora. Em determinado momento, ele se arrasta pelo ch�o at� perto de outras crian�as, mas � retirado � for�a pelo monitor e colocado em uma cadeira. O agressor diz que o menino “destr�i tudo”, manda que ele fique quieto e o amea�a falando de uma inje��o. Uma foto tamb�m encaminhada a m�e mostra o menino sentado no ch�o e amarrado.

A m�e da crian�a contou que registrou um novo boletim de ocorr�ncia e acionou advogados. Entre o lamento e a revolta, ela quer que os respons�veis sejam punidos, at� para evitar que outras crian�as passem por isso. “Eu quero justi�a, porque n�o pode acontecer o que aconteceu com o meu filho”, enfatiza.

Processo


Um dos advogados da fam�lia, Rafael Felipe Amaral da Cunha, diz que a defesa est� acompanhando o inqu�rito instaurado pela Delegacia Especializada de Prote��o a Crian�a e ao Adolescente (Depca). Ainda n�o � poss�vel ligar as les�es mais graves, como o dente quebrado, � a��o do agressor, o que vai depender de per�cia. Segundo ele, o monitor flagrado no v�deo ser� processado e as pessoas que viram os epis�dios de viol�ncia, mas n�o tomaram nenhuma atitude, ser�o investigadas.

Cunha afirma que a institui��o de ensino foi omissa. “A escola sempre dizia que os hematomas eram de quedas, porque ele tem muito pouca mobilidade. Falavam isso com ela (a m�e) s� � tarde. Nunca, jamais o levaram para alguma assist�ncia, em nenhuma situa��o prestaram socorro”, ressalta o advogado. “O que a escola deveria ter feito, quando foi questionada sobre a possibilidade, era ter instaurado uma peti��o espec�fica para ver se tinha envolvimento (do monitor). Ela foi completamente negligente. Ainda que fosse um acidente, tinha que ter feito isso. A m�e n�o obteve nenhum auxilio por parte da escola desde o come�o do caso. A �nica preocupa�a� foi com a repercuss�o por causa dos v�deos. A escola foi, sim, em todos os momentos notificada”, refor�a.

Rafael Cunha tamb�m diz que a defesa j� est� se organizando para mover uma a��o contra o munic�pio. “Com o trauma que ele passou, vai precisar de acompanhamento psicol�gico, psiqui�trico, de odontologia. Tudo o que constar em per�cia t�cnica vamos cobrar do estado, do munic�pio”, diz.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educa��o de Belo Horizonte confirmou que o funcion�rio foi demitido por justa causa e que foi realizada uma reuni�o com a fam�lia e a dire��o para falar sobre o caso. “Vale ressaltar que a Secretaria Municipal de Educa��o repudia veemente a atitude do monitor em rela��o a essa crian�a e que tal epis�dio n�o reflete a pol�tica de inclus�o adotada na rede municipal de educa��o”, afirmou.

 

(RG) 


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