
A medida de maior destaque, segundo o presidente do CBH/Velhas, Marcus Vin�cius Polignano, � a diminui��o de 15% da capta��o da Copasa de Hon�rio Bicalho, distrito de Nova Lima, que atende a popula��o da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Por�m, como a empresa j� tem o costume de aumentar a produ��o no Sistema Paraopeba nos per�odos de maior seca do Velhas, n�o h� risco de desabastecimento, pois a quantidade que deixar de ser produzida no Velhas ser� compensada no Paraopeba. A Copasa informou que s� vai se manifestar amanh�, ap�s uma reuni�o sobre o assunto.
Como o Rio das Velhas � muito importante para o abastecimento da Grande BH, e j� registrou no m�s de agosto vaz�es menores do que a m�dia m�nima hist�rica de 10,25 metros c�bicos por segundo durante sete dias seguidos, o que coloca o curso d'�gua no �ltimo est�gio antes da necessidade de reduzir de forma obrigat�ria as capta��es, as interven��es se tornam necess�rias, segundo o presidente do CBH/Velhas, Marcus Vin�cius Polignano.
"Esses �ltimos quatro anos tem sido mais ou menos esse o cen�rio. O que temos assistido � uma perda cada vez maior de rio. Cada vez o nosso rio tem diminu�do em quantidade, qualidade e vitalidade. Mesmo que chova muito, se n�s n�o revertermos o quadro para que o solo possa se alimentar de �gua, possa manter essa �gua durante o ano fortalecendo nascentes, n�s vamos ter cada vez rios mais secos e isso cria uma inseguran�a h�drica para a capital no m�dio e longo prazo", diz.
Segundo ele, a Copasa vai reduzir de 6,5 metros c�bicos por segundo para 5,5 m³s a capta��o em Hon�rio Bicalho, o que significa 15% a menos. Al�m disso, a Vale vai paralisar sua capta��o na Mina da F�brica, deixando de puxar �gua do C�rrego Mata Porcos nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro de 2017, e vai reduzir em 50% a capta��o no Rio Itabirito para sua unidade de Vargem Grande. Juntas, as duas economias em afluentes do Velhas significam mais 0,34 m³s.
J� a Anglogold continuar� mantendo uma vaz�o de 2 m³s em seu sistema Rio do Peixe. Por fim, a Cemig se comprometeu a aumentar a vaz�o da represa de Acuru�, contribuindo para liberar mais �gua para o Velhas e assim deixando o manancial mais tempo longe do per�odo de restri��o extrema.

Tudo isso ser� feito para alcan�ar um objetivo de manter pelo menos uma vaz�o superior a 9 metros c�bicos no Velhas, j� que ainda restam mais dois meses de seca e a situa��o poderia piorar se nenhuma medida emergencial fosse adotada.
Desde que a crise h�drica foi revelada pela primeira vez para a popula��o da Grande BH em janeiro de 2015, a rela��o com a �gua teve mudan�as em Minas Gerais e uma delibera��o normativa estabelceu par�metros para regular o uso da �gua de acordo com as vaz�es dos mananciais.
No caso do Rio das Velhas, a vaz�o de 10,25 m³s � o padr�o m�nimo hist�rico considerado na esta��o de Hon�rio Bicalho. Valores abaixo desse patamar que se repetirem por sete dias consecutivos colocam o trecho medido em estado de alerta, �ltimo patamar antes das restri��es obrigat�rias de uso. Foi isso que aconteceu entre 3 e 10 de agosto, quando a vaz�o m�xima em Hon�rio Bicalho marcou 9,7 m³s e a m�nima 8,9 m³s.
Caso essses valores cheguem a um patamar menor do que 7,17 m³s e se repitam abaixo desse limite por mais sete dias, o manancial entrar� no est�gio mais cr�tico, a restri��o de uso. Nesse caso, ser� obrigat�rio cortar a capta��o para consumo humano em 20%, al�m de outros cortes de acordo com o tipo de uso.
A reportagem do EM procurou a Copasa, mas a empresa informou que s� vai se manifestar ap�s uma reuni�o que vai acontecer amanh�, quinta-feira, junto com o Grupo Gestor da Vaz�o do Alto Rio das Velhas (Convaz�o). Na semana passada, a empresa que cuida do abastecimento em parte da Grande BH j� havia anunciado redu��o da capta��o no Velhas por conta da situa��o de baixa vaz�o, por�m, sem informar o percentual do corte.