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Estado de Minas

Comit� anuncia medidas para evitar situa��o cr�tica no Rio da Velhas

A de maior destaque � a diminui��o de 15% da capta��o da Copasa para a popula��o da Grande BH, mas n�o h� risco de desabastecimento


postado em 16/08/2017 11:48 / atualizado em 16/08/2017 13:18

Situação do velhas é preocupante na região de Honório Bicalho, onde a Copasa faz a captação para abastecer a Grande BH(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press - 02/08/2017)
Situa��o do velhas � preocupante na regi�o de Hon�rio Bicalho, onde a Copasa faz a capta��o para abastecer a Grande BH (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press - 02/08/2017)
O Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Rio das Velhas (CBH/Velhas) anunciou, na manh� desta quarta-feira, a ado��o de quatro medidas a serem tomadas pela Copasa, Cemig e empresas mineradoras para preservar a vaz�o do manancial na sua cabeceira e evitar uma situa��o ainda mais cr�tica do rio, que entrou em estado de aten��o por conta das baixas vaz�es registradas na �ltima semana.

A medida de maior destaque, segundo o presidente do CBH/Velhas, Marcus Vin�cius Polignano, � a diminui��o de 15% da capta��o da Copasa de Hon�rio Bicalho, distrito de Nova Lima, que atende a popula��o da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Por�m, como a empresa j� tem o costume de aumentar a produ��o no Sistema Paraopeba nos per�odos de maior seca do Velhas, n�o h� risco de desabastecimento, pois a quantidade que deixar de ser produzida no Velhas ser� compensada no Paraopeba. A Copasa informou que s� vai se manifestar amanh�, ap�s uma reuni�o sobre o assunto.

Como o Rio das Velhas � muito importante para o abastecimento da Grande BH, e j� registrou no m�s de agosto vaz�es menores do que a m�dia m�nima hist�rica de 10,25 metros c�bicos por segundo durante sete dias seguidos, o que coloca o curso d'�gua no �ltimo est�gio antes da necessidade de reduzir de forma obrigat�ria as capta��es, as interven��es se tornam necess�rias, segundo o presidente do CBH/Velhas, Marcus Vin�cius Polignano.

"Esses �ltimos quatro anos tem sido mais ou menos esse o cen�rio. O que temos assistido � uma perda cada vez maior de rio. Cada vez o nosso rio tem diminu�do em quantidade, qualidade e vitalidade. Mesmo que chova muito, se n�s n�o revertermos o quadro para que o solo possa se alimentar de �gua, possa manter essa �gua durante o ano fortalecendo nascentes, n�s vamos ter cada vez rios mais secos e isso cria uma inseguran�a h�drica para a capital no m�dio e longo prazo", diz.

Segundo ele, a Copasa vai reduzir de 6,5 metros c�bicos por segundo para 5,5 m³s a capta��o em Hon�rio Bicalho, o que significa 15% a menos. Al�m disso, a Vale vai paralisar sua capta��o na Mina da F�brica, deixando de puxar �gua do C�rrego Mata Porcos nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro de 2017, e vai reduzir em 50% a capta��o no Rio Itabirito para sua unidade de Vargem Grande. Juntas, as duas economias em afluentes do Velhas significam mais 0,34 m³s.

J� a Anglogold continuar� mantendo uma vaz�o de 2 m³s em seu sistema Rio do Peixe. Por fim, a Cemig se comprometeu a aumentar a vaz�o da represa de Acuru�, contribuindo para liberar mais �gua para o Velhas e assim deixando o manancial mais tempo longe do per�odo de restri��o extrema.
Marcus Vinícius Polignano explicou que a situação crítica tem se repetido no período seco dos últimos 4 anos(foto: Guilherme Paranaiba/EM/D.A PRESS)
Marcus Vin�cius Polignano explicou que a situa��o cr�tica tem se repetido no per�odo seco dos �ltimos 4 anos (foto: Guilherme Paranaiba/EM/D.A PRESS)


Tudo isso ser� feito para alcan�ar um objetivo de manter pelo menos uma vaz�o superior a 9 metros c�bicos no Velhas, j� que ainda restam mais dois meses de seca e a situa��o poderia piorar se nenhuma medida emergencial fosse adotada.

 

Desde que a crise h�drica foi revelada pela primeira vez para a popula��o da Grande BH em janeiro de 2015, a rela��o com a �gua teve mudan�as em Minas Gerais e uma delibera��o normativa estabelceu par�metros para regular o uso da �gua de acordo com as vaz�es dos mananciais.

No caso do Rio das Velhas, a vaz�o de 10,25 m³s � o padr�o m�nimo hist�rico considerado na esta��o de Hon�rio Bicalho. Valores abaixo desse patamar que se repetirem por sete dias consecutivos colocam o trecho medido em estado de alerta, �ltimo patamar antes das restri��es obrigat�rias de uso. Foi isso que aconteceu entre 3 e 10 de agosto, quando a vaz�o m�xima em Hon�rio Bicalho marcou 9,7 m³s e a m�nima 8,9 m³s.

Caso essses valores cheguem a um patamar menor do que 7,17 m³s e se repitam abaixo desse limite por mais sete dias, o manancial entrar� no est�gio mais cr�tico, a restri��o de uso. Nesse caso, ser� obrigat�rio cortar a capta��o para consumo humano em 20%, al�m de outros cortes de acordo com o tipo de uso.

A reportagem do EM procurou a Copasa, mas a empresa informou que s� vai se manifestar ap�s uma reuni�o que vai acontecer amanh�, quinta-feira, junto com o Grupo Gestor da Vaz�o do Alto Rio das Velhas (Convaz�o). Na semana passada, a empresa que cuida do abastecimento em parte da Grande BH j� havia anunciado redu��o da capta��o no Velhas por conta da situa��o de baixa vaz�o, por�m, sem informar o percentual do corte.


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