A audi�ncia foi convocada pelos deputados da Comiss�o de Defesa dos Direitos da Pessoa com Defici�ncia. Entre os participantes da reuni�o est�o a m�e do estudante, os advogados que representam a fam�lia, representantes da Secretaria Municipal de Edua��o e familiares de estudantes com autismo.
Os maus-tratos ocorreram em uma escola municipal no Bairro Piratininga, em Venda Nova. Os epis�dios de viol�ncia terminaram depois que a mulher recebeu v�deos que confirmavam o caso. Segundo a Secretaria de Educa��o, o funcion�rio foi demitido. O caso j� � investigado pela Pol�cia Civil.
A m�e trabalha e o menino fica na institui��o em per�odo integral, onde era acompanhado por dois monitores em turnos diferentes. O aluno apareceu ferido pela primeira vez em dezembro. “No ano passado, ele come�ou a chegar em casa machucado. Eles falaram que ele caiu, quebrou um dente, que o rosto dele estava machucado”, explica. Na �poca, ela registrou um boletim de ocorr�ncia por causa dos ferimentos. Com o retorno �s aulas, no in�cio deste ano, o menino voltou a aparecer com hematomas pelo corpo. A m�e reclamava. “N�o socorreram, nunca levaram ao m�dico. Eles limpavam, colocavam gelo”, disse a mulher � reportagem ao em.com.br em 10 de agosto.
No in�cio deste m�s, veio a confirma��o. “Uma pessoa filmou e passou para mim. Era durante as aulas de inform�tica, era o hor�rio da inclus�o. O professor de apoio que agredia ele. O v�deo chegou no dia 1º de agosto”, conta a m�e. S�o diversas imagens que mostram o homem puxando as orelhas e o nariz do menino, que chora. Em determinado momento, ele se arrasta pelo ch�o at� perto de outras crian�as, mas � retirado � for�a pelo monitor e colocado em uma cadeira. O agressor diz que o menino “destr�i tudo”, manda que ele fique quieto e o amea�a falando de uma inje��o. Uma foto tamb�m encaminhada a m�e mostra o menino sentado no ch�o e amarrado.
A m�e da crian�a contou que registrou um novo boletim de ocorr�ncia e acionou advogados. Entre o lamento e a revolta, ela quer que os respons�veis sejam punidos, at� para evitar que outras crian�as passem por isso. “Eu quero justi�a, porque n�o pode acontecer o que aconteceu com o meu filho”, enfatiza.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educa��o de Belo Horizonte confirmou que o funcion�rio foi demitido por justa causa e que foi realizada uma reuni�o com a fam�lia e a dire��o para falar sobre o caso. “Vale ressaltar que a Secretaria Municipal de Educa��o repudia veemente a atitude do monitor em rela��o a essa crian�a e que tal epis�dio n�o reflete a pol�tica de inclus�o adotada na rede municipal de educa��o”, afirmou.
De acordo com a Pol�cia Civil, o caso est� sendo investigado pela delegada Ana Patr�cia Ferreira Franca, que j� ouviu algumas testemunhas. Como o caso � sigiloso por envolver vulner�vel, n�o ser�o fornecidos mais detalhes sobre a investiga��o. O resultado do exame de corpo de delito ainda n�o foi divulgado.
ENVOLVIDOS AFASTADOS Segundo a ALMG, a gerente da Inclus�o da Secretaria Municipal de Educa��o de Belo Horizonte, Patr�cia Cunha, relatou na audi�ncia que soube co caso em no �ltimo dia 7. As provid�ncias adotadas foram envio de agentes � escola, registro de boletim de ocorr�ncia, notifica��o da fam�lia e dos funcion�rios acusados de agress�o ou omiss�o.
"Todos os envolvidos foram afastados ou demitidos por justa causa. Encaminhamos, ainda, o relat�rio � Corregedoria do Munic�pio para investiga��o administrativa e fizemos a substitui��o dos monitores", garantiu ela, conforme a ALMG. Ainda de acordo com a Patr�cia, a fam�lia da crian�a foi encaminhada para acolhimento psicol�gico. A gerente informou tamb�m que a Secretaria est� realizando estudos para aprimorar a contrata��o e capacita��o dos monitores. (Com informa��es de Jo�o Henrique do Vale)