
Emocionados e ao mesmo tempo indignados, parentes e amigos acompanharam o sepultamento do corpo do fisiculturista e estudante de educa��o f�sica Allan Guimar�es Pontelo, que tinha 25 anos e morreu, na madrugada de s�bado, na boate Hangar 677, em Belo Horizonte. O jovem foi sepultado em sua terra natal, Sete Lagoas, a 70 quil�metros capital.
A morte do rapaz � recheada de mist�rios. O chefe da seguran�a da boate alegou que o rapaz foi abordado sob suspeita de negociar drogas no interior do estabelecimento, sofrendo parada card�aca. Foi socorrido, mas n�o resistiu. J� um amigo que estava com o jovem afirmou que o fisiculturista foi levado a uma �rea restrita por seguran�as, onde foi espancado.
O pai de Allan, o t�cnico em eletr�nica D�nio Luiz Pontelo, de 47, disse que o corpo do filho apresentava les�es graves, como afundamento de cr�nio e dentes quebrados, o que, para os parentes, aumenta a hip�tese de que houve agress�es. D�nio disse que obteve essas informa��es ao ver o corpo e conversar tanto com um m�dico do Instituto M�dico-Legal (IML) quanto com funcion�rios da funer�ria. O IML, por sua vez, n�o confirmou a vers�o do pai.

A empresa confirmou que teve dificuldades em preparar o corpo, devido a um afundamento de cr�nio, al�m de fraturas no nariz, em uma das v�rtebras do pesco�o e dois dentes quebrados. “Tenho certeza de que meu filho foi assassinado. N�o tem nada de overdose, e aquelas drogas (recolhidas pela Pol�cia Militar no local) foram uma arma��o para poder forjar o que os seguran�as fizeram. Esse menino � o cara mais espetacular que eu conhecia, meu filho era uma pessoa muito boa. O que fizeram foi tortura at� matar”, acusou D�nio.
Ele disse que viu o corpo do filho chegou ao IML de BH com muitos hematomas nas costas. “(Um m�dico me) falou que meu filho pode ter sido asfixiado”, afirma. A reportagem entrou em contato com o plant�o do IML, que n�o avalizou a informa��o.
O delegado Matheus Cobucci, chefe da Divis�o de Crimes Contra a Vida da Pol�cia Civil, unidade que ficar� respons�vel pela apura��o do caso, disse que essas informa��es dependem do laudo de necr�psia, que dever� ser conclu�do em 30 dias.

Um funcion�rio da funer�ria informou ao portal Em.com.br que a empresa teve "bastante trabalho" no preparo do corpo para o sepultamento, pois houve afundamento no cr�nio do jovem. Allan teve dois dentes quebrados e fraturas no nariz e numa das v�rtebras do pesco�o.
J� o advogado �rcio Quaresma, contratado pela CY Security, empresa que presta servi�os de seguran�a � Hangar, disse que acusa��es como estas n�o devem ser feitas sem a confirma��o de exames do IML: "Eu s� vou poder falar qualquer coisa quando tiver acesso ao laudo”.
Em nota, a boate refor�ou a vers�o do chefe da seguran�a: “(Os vigias) foram alertados sobre um jovem suspeito de fazer uso de drogas no banheiro do local. Ao ser abordado, o jovem reagiu e tentou fugir, mas foi conduzido para fora do evento, quando desmaiou. Ele foi imediatamente socorrido e conduzido ao posto m�dico de plant�o, que conta, inclusive, com UTI M�vel. Todos os esfor�os m�dicos poss�veis foram utilizados no sentido de reanim�-lo”.