Mendes disse que Dami�o trabalhava no per�odo noturno, em regime de 12 por 36 horas, e n�o tinha contato com as crian�as. “Em momento algum poder�amos imaginar que ele causaria uma trag�dia dessas”, disse o prefeito. Segundo ele, o vigia ficou tr�s meses de f�rias, por ter per�odos acumulados. O homem chegou a conversar com a diretora por telefone nesta semana e disse que ele estava bem. Questionado sobre o fato de o homem continuar na fun��o mesmo com problemas psicol�gicos, o chefe do Executivo municipal foi enf�tico. “Eu preciso deixar claro para o Brasil e para o mundo que ontem, em uma reuni�o com a pol�cia foi dito que todas as investiga��es foram feitas. E trata-se de uma trag�dia totalmente imprev�sivel e nenhuma autoridade poderia imaginar o que aconteceu”, disse (veja o v�deo acima).
Ap�s a coletiva, falando ao em.com.br por telefone, o prefeito de Jana�ba reafirmou o que disse na coletiva. “Em hip�tese alguma ele agiu por causa de problemas psicol�gicos”, disse Carlos Isaildon Mendes. “Foi uma fatalidade que n�o podemos atribuir culpabilidade a ningu�m. Ele n�o tinha contato com nenhuma crian�a. Era um guarda noturno. Foi uma mera fatalidade”, afirmou o prefeito.
O laudo que tra�ou o perfil psicol�gico do vigia mostrou que o ataque foi planejado. Tamb�m descartou a hip�tese de surto. “O laudo vai para o caminho da pervers�o, que houve planejamento, uma premedita��o e tamb�m houve uma execu��o bem organizada. Um sujeito em surto psic�tico n�o teria essa organiza��o toda que o sujeito teve”, afirmou o m�dico legista Daivisson Ant�nio Amilton em entrevista a TV Globo. “Ele adquiriu os frascos de combust�veis, bem antes tr�s dias antes do acontecido. E a data simb�lica, que foi o dia da morte do pai dele h� tr�s anos”, completou.


Vigia denunciou a pr�pria m�e

Conforme o delegado, Dami�o sofria de del�rio persecut�rio, mas que o transtorno n�o teve rela��o com o massacre cometido por ele. “Ele delirava �s vezes, como se estivesse sendo perseguido por algu�m. Isso � uma enfermidade. Mas isso n�o tem nada � ver com o ato em si. O ato dele foi preparado, premeditado. No momento da a��o, ele tinha plenamente o car�ter dele. Tinha plena consci�ncia do ato que estava cometendo. Ele se preparou para fazer aquilo e fez deliberadamente. Ele n�o estava surtado. Ele estava em s� consci�ncia”, refor�a o policial. “Ent�o, era imprev�sivel isso a�. Foi um fato isolado que aconteceu como acontece �s vezes em outros pa�ses. Infelizmente � a mente humana, mas n�o seria poss�vel evitar esse fato”, finalizou o delegado.
O promotor do Minist�rio P�blico, Jorge Victor Barreto Cunha, tamb�m corrobora a fala das demais autoridades. “Ele desempenhava suas fun��es normalmente. Sinaliza que foi um ato preparado, que ele tinha uma organiza��o, sabia o hor�rio das crian�as na creche, das professoras, comprou os combust�veis. Tudo sinaliza para um ato, pasm�m, senhores, de barbaridade”, afirmou.