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Estado de Minas

'Ele n�o estava surtado', diz delegado sobre vigia que matou crian�as queimadas em Jana�ba

Autoridades dizem que ato foi "premeditado" e "imprevis�vel. Vigia tinha transtorno psicol�gico e chegou a procurar o MP dizendo que a m�e queria mat�-lo com veneno


postado em 06/10/2017 13:40 / atualizado em 06/10/2017 14:24

O vigia Dami�o Soares dos Santos, de 50 anos, que matou crian�as e uma professora queimadas na creche Gente Inocente, em Jana�ba, Norte de Minas, tinha consci�ncia do que estava fazendo quando cometeu o crime b�rbaro que resultou em sete mortes nessa quinta-feira. A afirma��o � do delegado Ricardo Nunes Henriques, chefe do 11º Departamento da Pol�cia Civil, e tamb�m do prefeito de Jana�ba, Carlos Isaildon Mendes. Eles e outras autoridades concederam uma entrevista coletiva sobre o caso nesta sexta-feira.


Mendes disse que Dami�o trabalhava no per�odo noturno, em regime de 12 por 36 horas, e n�o tinha contato com as crian�as. “Em momento algum poder�amos imaginar que ele causaria uma trag�dia dessas”, disse o prefeito. Segundo ele, o vigia ficou tr�s meses de f�rias, por ter per�odos acumulados. O homem chegou a conversar com a diretora por telefone nesta semana e disse que ele estava bem. Questionado sobre o fato de o homem continuar na fun��o mesmo com problemas psicol�gicos, o chefe do Executivo municipal foi enf�tico. “Eu preciso deixar claro para o Brasil e para o mundo que ontem, em uma reuni�o com a pol�cia foi dito que todas as investiga��es foram feitas. E trata-se de uma trag�dia totalmente imprev�sivel e nenhuma autoridade poderia imaginar o que aconteceu”, disse (veja o v�deo acima).

Ap�s a coletiva, falando ao em.com.br por telefone, o prefeito de Jana�ba reafirmou o que disse na coletiva. “Em hip�tese alguma ele agiu por causa de problemas psicol�gicos”, disse Carlos Isaildon Mendes. “Foi uma fatalidade que n�o podemos atribuir culpabilidade a ningu�m. Ele n�o tinha contato com nenhuma crian�a. Era um guarda noturno. Foi uma mera fatalidade”, afirmou o prefeito.

O laudo que tra�ou o perfil psicol�gico do vigia mostrou que o ataque foi planejado. Tamb�m descartou a hip�tese de surto. “O laudo vai para o caminho da pervers�o, que houve planejamento, uma premedita��o e tamb�m houve uma execu��o bem organizada. Um sujeito em surto psic�tico n�o teria essa organiza��o toda que o sujeito teve”, afirmou o m�dico legista Daivisson Ant�nio Amilton em entrevista a TV Globo. “Ele adquiriu os frascos de combust�veis, bem antes tr�s dias antes do acontecido. E a data simb�lica, que foi o dia da morte do pai dele h� tr�s anos”, completou.

Ver galeria . 10 Fotos Primeira a ser sepultada foi a garota Ana Clara Ferreira da Silva, seguida de Ruan Miguel Soares SilvaLuiz Ribeiro/EM/D.A PRESS
Primeira a ser sepultada foi a garota Ana Clara Ferreira da Silva, seguida de Ruan Miguel Soares Silva (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A PRESS )

Ver galeria . 17 Fotos Vigia ateou fogo e matou crianças na Cemei Gente Inocente, uma creche de Janaúba, Norte de Minas Gerais. Ocorrência mobiliza forças de segurança e desespera moradoresPolícia Militar/Divulgação
Vigia ateou fogo e matou crian�as na Cemei Gente Inocente, uma creche de Jana�ba, Norte de Minas Gerais. Ocorr�ncia mobiliza for�as de seguran�a e desespera moradores (foto: Pol�cia Militar/Divulga��o )


Vigia denunciou a pr�pria m�e


Segundo delegado, vigia sofria de transtorno persecutório(foto: Reprodução internet/Facebook)
Segundo delegado, vigia sofria de transtorno persecut�rio (foto: Reprodu��o internet/Facebook)
O delegado Ricardo Nunes Henriques disse que o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) sugeriu tratamento ao vigia depois que ele disse estar sendo envenenado pela pr�pria m�e, mas que ele n�o procurou atendimento. “Ele procurou o Minist�rio P�blico alegando que estava sendo perseguido pela pr�pria m�e, que a m�e estaria envenenando seus alimentos para ceifar a vida dele. Coisas da cabe�a dele. Isso n�o existiu”, contou o chefe do 11º Departamento da Pol�cia Civil. “Tanto que o Minist�rio P�blico percebeu e sugeriu que ele fosse encaminhado ao Caps (Centro de Aten��o Psicossocial). Todavia, ele n�o compareceu em momento nenhum no Caps e n�o procurou tratamento”, disse.

Conforme o delegado, Dami�o sofria de del�rio persecut�rio, mas que o transtorno n�o teve rela��o com o massacre cometido por ele. “Ele delirava �s vezes, como se estivesse sendo perseguido por algu�m. Isso � uma enfermidade. Mas isso n�o tem nada � ver com o ato em si. O ato dele foi preparado, premeditado. No momento da a��o, ele tinha plenamente o car�ter dele. Tinha plena consci�ncia do ato que estava cometendo. Ele se preparou para fazer aquilo e fez deliberadamente. Ele n�o estava surtado. Ele estava em s� consci�ncia”, refor�a o policial. “Ent�o, era imprev�sivel isso a�. Foi um fato isolado que aconteceu como acontece �s vezes em outros pa�ses. Infelizmente � a mente humana, mas n�o seria poss�vel evitar esse fato”, finalizou o delegado.

O promotor do Minist�rio P�blico, Jorge Victor Barreto Cunha, tamb�m corrobora a fala das demais autoridades. “Ele desempenhava suas fun��es normalmente. Sinaliza que foi um ato preparado, que ele tinha uma organiza��o, sabia o hor�rio das crian�as na creche, das professoras, comprou os combust�veis. Tudo sinaliza para um ato, pasm�m, senhores, de barbaridade”, afirmou.


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