
A pol�mica envolvendo um v�deo de um drag queen em um col�gio infantil mantido pela Universidade Federal de Juiz Fora (UFJF) ganhou mais cap�tulo. Em reuni�o com o reitor da institui��o, Marcus Vin�cius David, o presidente da C�mara dos Vereadores da cidade na Zona da Mata mineira, Rodrigo Mattos (PSDB), pediu que fosse instaurada uma comiss�o com educadores da universidade para debater as propostas pedag�gicas do Col�gio de Aplica��o Jo�o XXIII e da universidade com os vereadores do munic�pio.
�deo produzido pela UFJF, em comemora��o ao Dia das Crian�as, com a drag queen Femmenino, interpretada pelo estudante Nino de Barros, nas depend�ncias do col�gio.
O encontrou ocorreu na tarde dessa quarta-feira, depois da s�rie de pol�micas que envolveram um vDe acordo com a assessoria de imprensa da UFJF, a reuni�o foi marcada pelo vereador. Ap�s o encontro, o reitor se comprometeu a discutir o pedido do Legislativo com a comunidade acad�mica, al�m de verificar a viabilidade de enviar profissionais para um debate na C�mara.
Na segunda-feira, dois vereadores, Andr� Mariano (PSC) e Jos� Fiorilo (PTC), protocolaram � presid�ncia da C�mara, dois pedidos de mo��o sobre o caso, maas as a��es foram suspensas temporariamente.
Pol�mica

Sobre essa divis�o, as crian�as acrescentam, em coro e espontaneamente, a frase: "� preconceito". A declara��o, por�m, gerou efeitos contr�rios e reclama��es por parte de alguns pais de alunos, pelo grupo “Direita Minas” - conhecido pelo apoio ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC/RJ) –, e pelo Conselho Tutelar de Juiz de Fora, que protocolou um of�cio sobre o caso no Minist�rio P�blico Federal, que foi assinado pelo conselheiro Abra�o Fernandes.
Racismo
A Pol�cia Civil de Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, investiga uma den�ncia de inj�ria racial em que a fot�grafa Mariana Cristina Dias Martins, de 25 anos, diz ter sido v�tima de ofensas por parte do conselheiro tutelar Abra�o Fernandes.
Mariana que alegou ter sido v�tima de racismo registrou um boletim de ocorr�ncia na Pol�cia Militar. No documento, ela informa que, na �ltima segunda-feira, durante uma discuss�o entre v�rias pessoas no Facebook, Abra�o teria enviado mensagens privadas para ela dizendo que ela tinha “cor de bosta”.
Ainda conforme a ocorr�ncia, o conselheiro disse a Mariana que “ela deveria se cuidar melhor, pois devia esconder um monte de coisas na cabe�a, menos pente e shampoo”. A ocorr�ncia foi encaminhada para a Pol�cia Civil. A investiga��o ser� conduzida pelo delegado Luciano Vidal, que j� tomou o depoimento da v�tima.
Em entrevista ao em.com.br, Abra�o Fernandes, que exerce o cargo de conselheiro h� dois anos, disse que ainda n�o foi notificado e que n�o conhece Mariana. Segundo ele, as ofensas contra a estudante foram motivadas por xingamentos pessoais enviados por ela no Facebook dele. “Ela veio at� a minha p�gina e a partir de uma postagem que fiz favor�vel a redu��o da maioridade penal, ela me xingou de lixo, disse que eu era palha�o e um bosta. Na verdade, o que ela est� fazendo, � se vitimizando apenas com o que ela recebeu de mim, mas n�o � transparente e n�o apresenta o que ela me falou. Ela foi a grande provocadora de tudo isto”, declarou.
Mariana Cristina Dias Martins, por telefone, informou que n�o ofendeu o conselheiro. A fot�grafa disse que apenas comentou sobre o comportamento dele em redes sociais que incitava o �dio e a viol�ncia. "O ponto de partida da discuss�o foi o v�deo do Nino (drag queen) na UFJF. At� ent�o eu n�o conhecia o Abra�o, mas comecei a acompanhar o trabalho dele e vi que havia, nas redes sociais, muita incita��o de �dio e viol�ncia. Eu apenas mostrei que as atitudes dele eram muito mais destrutivas que o v�deo do Nino, por exemplo".
Processos
A Prefeitura de Juiz de Fora informou, em nota oficial, que h� den�ncias e reclama��es contra o conselheiro desde 2016. "Foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra conselheiro tutelar, em virtude de diversas den�ncias recebidas pela Administra��o Municipal, desde dezembro de 2016, de diferentes �rg�os, como a Promotoria da Inf�ncia e da Juventude, C�mara Municipal e do pr�prio Conselho Municipal dos Direitos da Crian�a e do Adolescente (CMDCA), baseando-se em poss�veis descumprimentos de deveres funcionais."
Ainda segundo a administra��o municipal, o conselheiro pode ser suspenso ou demitido. "Desde ent�o, o Munic�pio, atrav�s da Supervis�o de Processos Disciplinares e Sindic�ncias da Secretaria de Administra��o e Recursos Humanos, tem se debru�ado na busca de documenta��o junto ao CMDCA para melhor instru��o do PAD. A PJF refor�a que, com o processo administrativo disciplinar, continua adotando todas as provid�ncias cab�veis para melhor apura��o dos fatos, assegurando ao acusado, durante todo o processo, o direito ao contradit�rio e � ampla defesa. Ao final do PAD, poder� ser aplicada uma das penalidades previstas na Lei 8710, que s�o advert�ncia, suspens�o ou demiss�o."