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Estado de Minas

Projeto que abranda a Lei do Sil�ncio em BH est� prestes a ser votado em definitivo

Projeto que altera a Lei do Sil�ncio em BH, prestes a ser votado em car�ter definitivo, op�e associa��es de bairro e representantes de setores que ter�o ampliados atuais limites de ru�do


postado em 25/10/2017 06:00 / atualizado em 25/10/2017 08:41

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)

Nova pol�mica envolvendo a Lei do Sil�ncio em Belo Horizonte. A C�mara Municipal est� prestes a votar em definitivo o Projeto de Lei 751/13, que amplia o volume de ru�do permitido na chamada Capital dos Botecos. Antes mesmo da aprecia��o, a proposta j� provoca barulho entre seus defensores e os que a rejeitam. De um lado, a flexibiliza��o beneficia setores que geram emprego e renda na cidade, como bares e restaurantes. De outro, tem potencial para aumentar o tormento de vizinhos desses empreendimentos e de institui��es que tamb�m seriam beneficiadas com a altera��o da legisla��o (veja quadro), entre elas igrejas e clubes sociais.

Na pr�tica, a proposta inclui essas e outras atividades, como escolas e academias, no grupo de exce��es aos limites, como ocorre com a constru��o civil. Com a mudan�a, o limite desses empreendimentos ou institui��es passar� dos atuais 50 decib�is (per�odo das 19h �s 22h) ou 60 decib�is (das 22h �s 23h59) para 75 decib�is – um acr�scimo de at� 50% na margem de toler�ncia.

O n�vel de som poder� atingir at� 85 decib�is com o chamado ru�do de fundo (barulho natural da cidade), em casos espec�ficos. Se o texto for aprovado, os 85 decib�is estar�o liberados at� as 22h, de domingo a quinta-feira; e at� as 23h, nas sextas, s�bados, v�speras de feriados e feriados.

As novas regras, se aprovadas, v�o aliviar o bolso de muita gente que hoje desrespeita os limites e acaba autuada por isso. Para se ter, ideia, de 1º de julho a 21 de outubro deste ano, a Secretaria Municipal de Pol�ticas Urbanas registrou 220 infra��es e lavrou 192 multas relacionadas � Lei do Sil�ncio. Os valores oscilam de R$ 458 a R$ 8.846, dependendo de fatores como reincid�ncia, percentual de ru�do acima do permitido, entre outros.

"S�o os decib�is da disc�rdia. Esperamos que os vereadores n�o aprovem a proposta e, caso tenha o aval do plen�rio, que seja vetada pelo prefeito Alexandre Kalil. Precisamos de paz"

Br�ulio Lara, presidente da Associa��o dos Moradores do Bairro Buritis


O projeto esteve na pauta da sess�o extraordin�ria da �ltima segunda-feira, mas n�o foi analisado em plen�rio por causa da confus�o envolvendo a vota��o de projeto que ampliou a al�quota do Imposto sobre Servi�os de Qualquer Natureza (ISSQN) – que, na fila de propostas listadas para aprecia��o, estava � frente. Ontem, tamb�m n�o foi a vota��o em raz�o de a sess�o ter sido cancelada.

O Projeto 751 deve voltar � pauta na pr�xima sess�o da C�mara, prevista para 1º de novembro. Atentos aos poss�veis reflexos da proposta, moradores de bairros com grande concentra��o de bares estiveram na C�mara no in�cio da semana, e prometem retornar. Para ser aprovado no Legislativo Municipal, o texto precisa do aval da maioria simples: 21 dos 41 parlamentares.

Press�o e apoio


Enquanto algumas comunidades e associa��es tampam os ouvidos para a possibilidade de flexibiliza��o da Lei do Sil�ncio, o presidente da Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Minas Gerais e coordenador da Frente Mineira de Gastronomia, Ricardo Rodrigues, torce para a aprova��o do projeto. Em Belo Horizonte, o setor re�ne aproximadamente 18,6 mil estabelecimentos e emprega em torno de 100 mil pessoas, sendo importante fonte de impostos municipais.

“Defendemos uma lei pelo menos exequ�vel. E a nossa n�o �. Atualmente, o chamado ru�do de fundo � maior do que o n�vel que o estabelecimento emite. Esse barulho, por si s�, faz restaurantes e bares serem multados. Queremos trabalhar dentro da legalidade, com patamares de decib�is que sejam compat�veis com o setor”, defendeu o empres�rio.

Por sua vez, associa��es de moradores se movimentam para convencer os parlamentares a descartar o texto. A miss�o n�o � f�cil, mas o grupo recorre a ferramentas como as redes sociais para pressionar os vereadores.

O presidente da Associa��o dos Moradores do Bairro Buritis (Regi�o Oeste) e integrante do Movimento das Associa��es de Moradores dos Bairros de Belo Horizonte, Br�ulio Lara, argumenta que, em �ltimo caso, recorrer� ao Minist�rio P�blico de Minas Gerais. “Esse projeto n�o � ben�fico. Em �ltima inst�ncia, iremos aos promotores”, avisou.

Br�ulio esteve na C�mara Municipal na segunda-feira, quando o projeto estava na pauta de vota��es. O presidente da Associa��o dos Moradores do Cora��o Eucar�stico, na Regi�o Noroeste, Walter Freitas, endossa suas palavras. Ele reconhece a import�ncia dos setores que seriam beneficiados pela mudan�a da lei, mas diz pensar no coletivo. “S�o os decib�is da disc�rdia. Esperamos que os vereadores n�o aprovem a proposta e, caso tenha o aval do plen�rio, que seja vetada pelo prefeito Alexandre Kalil. Precisamos de paz”, disse.

O l�der do governo no Legislativo e um dos autores das emendas que podem alterar a atual lei, vereador L�o Burgu�s, foi procurado pelo Estado de Minas para comentar o assunto, mas n�o foi encontrado.


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