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Estado de Minas

UFMG cria banco de fezes e j� pode realizar transplante fecal

T�cnica pode aumentar a efic�cia no combate a uma superbact�ria que ataca o intestino


postado em 19/12/2017 18:31 / atualizado em 19/12/2017 18:42

Uma t�cnica desenvolvida pelo Hospital das Cl�nicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) pode aumentar a efic�cia no combate a uma superbact�ria que ataca o intestino humano. O procedimento, chamado transplante fecal, consiste na transfer�ncia de microbiota (antes chamada flora intestinal) de pessoas saud�veis para pacientes com quadro grave de diarreia provocado pela bact�ria Clostridium difficile, de tratamento complexo.

Respons�vel pelo projeto e coordenador do Instituto de Gastroenterologia do hospital, o professor Luiz Gonzaga Vaz Coelho afirma que o procedimento j� foi realizado no Brasil, mas precisou ser aprimorado para que o tratamento atinja um n�mero maior de pessoas.

Uma das medidas foi a cria��o pelo Hospital das Cl�nicas da UFMG de um banco para armazenamento do material fornecido por doadores. Segundo o professor, o hospital adotou crit�rios internacionais para a escolha desses doadores.

"� feito um pente fino, com exames para detec��o de v�rus, vermes e doen�as como hepatite", afirma Coelho. Conforme o professor, de um total de 30 candidatos a doador, quatro foram autorizados a fornecer o material. Ainda n�o h� pacientes com tratamento indicado para o uso do procedimento em Minas. "Assim que esse paciente surgir estamos preparados para fazer o transplante", diz o professor.

Procedimento


O procedimento � como uma colonoscopia convencional, mas com a infus�o do material, que fica armazenado em freezers, em temperatura de 80 graus negativos, e tem que ser utilizado dentro de seis meses. Ap�s o prazo, os doadores s�o chamados para renova��o e s�o submetidos a novos testes. Segundo o professor, com os equipamentos utilizados no procedimento o transplante pode ser realizado pela equipe do Hospital das Cl�nicas da UFMG em qualquer parte do Pa�s.

A Clostridium difficile vem se tornando a principal causa de diarreia em ambiente hospitalar. "De 20% a 30% da doen�a de pacientes internados em hospitais � provocada por essa bact�ria", afirma Coelho. A principal caracter�stica da Clostridium difficile, e que a faz ser considerada uma superbact�ria, � que, quando um antibi�tico � ministrado, se transforma em esporo, que n�o faz mal ao organismo. Com isso, a medica��o n�o faz efeito.

Quando o antibi�tico � suspenso, a Clostridium difficile volta a atuar, provocando novas diarreias. "Para esses casos, o melhor tratamento � o transplante de fezes", diz o professor.

(Leonardo Augusto, especial para o Estado)


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