
O mist�rio em torno da ocorr�ncia de uma mulher atingida na cabe�a por uma bala perdida na festa de r�veillon ronda o Bairro Buritis, na Regi�o Oeste de Belo Horizonte. Depois que a funcion�ria p�blica P.P.C.C, de 32 anos, foi baleada em um dos bares da regi�o, a descoberta de uma perfura��o no telhado do estacionamento de um pr�dio pr�ximo ao estabelecimento aumentou as perguntas sem resposta. Ontem a per�cia da Pol�cia Civil esteve no im�vel para avaliar as avarias. Nenhum proj�til foi encontrado, mas n�o est� descartado que os danos tenham sido causados por um tiro. Uma das suspeitas da Pol�cia Militar (PM) � de que algu�m tenha atirado para o alto no Anel Rodovi�rio, nas proximidades, durante as comemora��es de ano novo, o que explicaria a trajet�ria das balas.
Ainda sem entender o que havia acontecido, um dos amigos passou a m�o na cabe�a dela pra tentar identificar o objeto que a atingiu e encontrou o proj�til. “Meu marido encontrou a bala no topo da cabe�a dela. Estava fincada pela metade, mas n�o sangrava” relatou. Desesperados, eles sa�ram �s pressas com a mulher para o Hospital Jo�o XXIII. “Ela foi chorando de dor, no banco de tr�s do nosso carro, mas n�o sabia o que tinha acontecido”, disse. A v�tima foi encaminhada para sala de cirurgia e a bala foi retirada. A amiga da servidora se diz revoltada com situa��o, j� que o autor do disparo n�o foi identificado. “Quero muito divulgar isso, para que haja conscientiza��o. As pessoas n�o podem fazer isso”, desabafou.
O marido da v�tima, um servidor p�blico de 32 anos que pediu para ter a identidade preservada, disse ao Estado de Minas que, no momento em que a esposa foi atingida, as pessoas na mesa desconfiaram que a rolha de um espumante tivesse acertado a mulher. “Estava tendo m�sica ao vivo e, na mesma hora em que o gar�om abriu uma garrafa de espumante, coincidiu com o barulho do disparo e at� achamos que poderia ter sido a rolha do espumante, mas o gar�om disse que abriu a garrafa em outra dire��o. A� come�amos a desconfiar e ela ficou tonta e desacordada”, relatou.
Ainda assustado, ele contou que a esposa n�o sofreu consequ�ncia grave ap�s o disparo. “Ela est� calma e tranquila, mas foi uma sensa��o muito ruim e ela deu muita sorte, porque poderia ter sido muito mais grave. Os exames est�o �timos e n�o vai ser preciso nenhum outro procedimento. A bala chegou a perfurar a cabe�a dela, mas parou no cr�nio e n�o atingiu o c�rebro.”
Os respons�veis pelo bar em que o casal estava quando a servidora foi atingida se disponibilizaram a ceder as imagens das c�meras de seguran�a para as investiga��es da Pol�cia Civil. “Os donos (do bar) foram ao hospital e disseram que iam tentar ver nas c�meras, mas � muito dif�cil, porque os tiros vieram do alto”, explicou o marido da v�tima.

PR�DIO O mist�rio em torno do disparo aumentou ainda mais na tarde de ontem. Moradores de um pr�dio localizado pr�ximo ao bar onde a funcion�ria p�blica foi atingida encontraram uma perfura��o no telhado da garagem. Um ve�culo que estava estacionado abaixo da estrutura foi atingido e teve o para-brisa trincado. Segundo o s�ndico do edif�cio, que preferiu n�o se identificar, a per�cia da Pol�cia Civil esteve no local para fazer an�lises iniciais. Os peritos n�o encontraram nenhum proj�til e tamb�m indicaram que os danos podem ter sido causados por uma esfera de ferro, mas o resultado da an�lise deve sair dentro de 30 dias.
Segundo a assessoria de imprensa da corpora��o, um inqu�rito foi aberto e o caso j� come�ou ser apurado. Policiais militares que estiveram no pr�dio na tarde de ontem levantaram a suspeita de que alguma pessoa que tenha passado pelo Anel Rodovi�rio na virada do ano e tenha atirado para o alto, e que os proj�teis tenham atingido a mulher e o pr�dio. *Estagi�rio sob supervis�o do editor Roney Garcia