
A Copasa vai recorrer � tecnologia para “fazer chover” depois de outras tentativas para amenizar a escassez. Al�m da perfura��o de po�os tubulares, foi iniciada a constru��o de uma adutora para capta��o no Rio Pacu�, a 56 quil�metros de dist�ncia, no munic�pio vizinho de Cora��o de Jesus, obra que est� em andamento e que somente entrar� em funcionamento em agosto ou setembro.
A adutora do Rio Pacu� gerou pol�mica com os pequenos produtores da regi�o, alegando que o manancial n�o tem vaz�o suficiente para fornecer �gua para Montes Claros. A companhia tamb�m anunciou a constru��o de 146 quil�metros de adutora (investimento de R$ 323 milh�es) para capta��o de �gua no Rio S�o Francisco para abastecer Montes Claros, aproveitando os 90 quil�metros da adutora at� o Pacu�.
A indu��o de chuvas na �rea do reservat�rio do Rio Juramento ser� aplicada pela empresa especializada Modclima (de S�o Paulo). Ela foi contratada por meio de licita��o, por R$ 1,291 milh�o para aplicar a t�cnica durante quatro meses. “� oportuno que o procedimento seja feito quando h� nuvens formadas para induzir a precipita��o”, informa a Copasa.
Come�aram a ser instalados na regi�o (em solo) equipamentos (c�meras) que v�o monitorar o deslocamento de nuvens na �rea da Barragem do Rio Juramento, localizada no munic�pio hom�nimo. A previs�o � que a indu��o da precipita��o com o uso do avi�o seja iniciada ainda nesta semana. O avi�o vai decolar do aeroporto de Montes Claros, a 30 quil�metros do reservat�rio, com tanque de 250 litros de �gua pot�vel para fazer a indu��o das nuvens.
De acordo com a empresa respons�vel pela t�cnica, a quantidade de precipita��o depende das condi��es atmosf�ricas e do tamanho da nuvem “semeada” (induzida). Mas j� foi medida a queda de 60 mil�metros por conta do processo de produ��o de “chuva artificial”. As m�dias de precipita��es variam de cinco a 40 mil�metros.
A “chuva artificial” foi usada para aumentar o volume de reservat�rios e amenizar a crise h�drica em S�o Paulo (Sistemas Cantareira e Alto Tiet�), onde o processo tamb�m foi desenvolvido pela Modclima, contratada pela Companhia de Saneamento de S�o Paulo (Sabesp). Conforme a empresa, os primeiros voos experimentais foram realizados em 1998, na regi�o de Atibaia (SP). Em 2005, a empresa firmou o primeiro contrato com a Sabesp para a produ��o de chuvas artificiais sobre o Sistema Cantareira.

PROCESSO F�SICO Conforme a Copasa, a aplica��o da t�cnica n�o envolve produtos qu�micos. “Utilizando apenas �gua pot�vel, a tecnologia consiste no lan�amento de got�culas de tamanho controlado, a partir de um avi�o, no interior de nuvens do tipo cumulus. As got�culas lan�adas no interior da nuvem ganham volume porque se fundem com as que j� est�o presentes na mesma nuvem, resultado do processo natural de evapora��o. Assim, ganham massa suficiente at� formar gotas de chuva. O processo � inteiramente f�sico, como ocorre no desenvolvimento natural da nuvem”, informa a companhia de saneamento.
Por meio de nota, a Copasa diz que espera que a nova tecnologia “possa contribuir para o aumento dos �ndices pluviom�tricos na bacia hidrogr�fica do reservat�rio, incrementando o volume de �gua armazenado no barramento para o abastecimento p�blico”. Salienta ainda que a expectativa � que, “com maior volume de chuva, estima-se tamb�m o aumento da umidade no solo e na vegeta��o, o que favorece os processos de evapora��o, contribuindo para o surgimento de mais nuvens e chuvas naturais. Manter o solo o mais �mido poss�vel tamb�m promove a recarga de �gua subterr�nea”.