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Estado de Minas

BHTrans substitui sinaliza��o de metal por pl�stico para evitar furtos

BHTrans come�a a substituir sinaliza��o de metal por placas de poli�ster para impedir que equipamentos sejam retirados e vendidos como sucata. Vias da Lagoinha s�o primeiro alvo


postado em 25/01/2018 06:00 / atualizado em 25/01/2018 07:31

Placa indicativa de altura máxima feita de plástico já instalada no Complexo da Lagoinha: projeto é trocar todas na região a partir de março (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Placa indicativa de altura m�xima feita de pl�stico j� instalada no Complexo da Lagoinha: projeto � trocar todas na regi�o a partir de mar�o (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)

Poli�ster em vez de metal. Essa foi a sa�da encontrada pela BHTrans para tentar evitar o “sumi�o” de placas de tr�nsito indicativas e de advert�ncia na cidade, creditados pela empresa a acidentes de tr�nsito, desgaste natural dos equipamentos e furtos. O material come�a a ser implantado nas vias do entorno do Complexo da Lagoinha a partir de mar�o. Com as placas � base de pl�stico, a empresa espera reduzir os furtos que, somados aos de cabos de sem�foros, provocam preju�zos para os cofres p�blicos e imp�em riscos a quem transita de carro ou a p�.


De acordo com a BHTrans, o pl�stico j� � utilizado em alguns sinais de tr�nsito da capital, nas placas com as faixas luminosas que orientam o tr�fego dos carros. “O material tem o mesmo custo do outro. Mas, teoricamente, vai durar mais tempo no lugar, gerando economia”, explicou Jos� Carlos Mendanha Ladeira, diretor de Sistema Vi�rio da BHTrans. Isso porque � menos atrativo para ladr�es, j� que n�o pode ser vendido como ferro-velho.

Em 2016 e 2017, a BHTrans gastou com trocas de placas R$ 1,973 milh�o. Motoristas e pedestres tamb�m terminam atingidos pelos furtos, especialmente no caso de cabos de sem�foros, e precisam redobrar a aten��o nos cruzamentos da cidade, al�m de refazer as rotas di�rias para fugir dos problemas. Somente neste in�cio de ano, segundo a BHTrans, j� s�o 20 registros de casos em que os sinais operaram em flash, foram desativados ou apresentaram falhas de execu��o devido aos atos criminosos.

Entre as vias com maior incid�ncia de furtos de cabeamento dos sem�foros e placas est� um dos principais corredores de Belo Horizonte: a Avenida Ant�nio Carlos, que liga a Regi�o da Pampulha ao Centro da capital. Das 20 ocorr�ncias da primeira quinzena do ano, cinco foram registradas na via e uma em se deu no cruzamento da Rua Alcoba�a com a Avenida no Bairro S�o Francisco.O hor�rio de registro dos problemas junto � BHTrans tamb�m apresenta semelhan�as: em 13 dos casos, a empresa foi notificada entre as 5h30 e as 7h.

Segundo os criminosos levam qualquer tipo de material. “Roubam tudo que se coloca na rua, pois tem um valor para revenda e s�o atra�dos por isso. Levam grupos focais, que s�o caixas met�licas onde est�o os focos luminosos, tanto para pedestre, quanto para ve�culos, fia��o de energia e de comunica��o entre os sem�foros, placa comum de regulamenta��o. No caso desta �ltima, o roubo � menor devido ao tamanho e ao fato de o material ser alum�nio”, afirmou.

Morador de rua queima sucada debaixo de viaduto: sinais de trânsito e cabos de semáforos alvos dos furtos são vendidos a ferros-velhos ilegalmente (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Morador de rua queima sucada debaixo de viaduto: sinais de tr�nsito e cabos de sem�foros alvos dos furtos s�o vendidos a ferros-velhos ilegalmente (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
RECEPTADORES Para o diretor, a solu��o � identificar e punir os receptadores dos materiais. “S� h� esses furtos se houver recepta��o. Estamos fazendo a nossa parte. Todos os dias ficamos como gato e rato, correndo atr�s para restabelecer o funcionamento dos sem�foros. Estamos tomando o cuidado de fazer o Reds (Registro de Eventos de Defesa Social). Temos que confiar e torcer que a PM e a Pol�cia Civil se unam e consigam investigar esse crime”, completou.

Para a Pol�cia Militar, a principal medida que pode contribuir para diminuir a incid�ncia do furto de cabos e tamb�m das placas de tr�nsito, � uma opera��o mais ostensiva nos chamados ferros-velhos, estabelecimentos dedicados � comercializa��o de sucatas. “� um crime estruturado pela recepta��o que, em grande maioria, � feita pelas oficinas, que acabam adquirindo esses produtos de origem duvidosa. Se n�o houver a recepta��o, n�o haver� interesse para o furto”, explicou o tenente Cleverton Gon�alves, lotado no 34º Batalh�o de Pol�cia Militar.

FISCALIZA��O Opera��es de fiscaliza��o nos estabelecimentos est�o sendo desencadeadas, segundo a Pol�cia Militar, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte e o Corpo de Bombeiros em ferros-velhos da Avenida Pedro II e nas Pra�as do Peixe e Ant�nio Vaz de Melo no Bairro Lagoinha. As a��es ocorrem conforme previsto no C�digo de Posturas (Lei 8.616/2003) que, nos artigos 227 e 230, estabelece que o exerc�cio de atividade n�o-residencial depende de pr�vio licenciamento. “A atividade a ser desenvolvida dever� estar em conformidade com os termos do documento de licenciamento, dentre eles os referentes ao uso licenciado, � �rea ocupada e �s restri��es espec�ficas. Em caso de descumprimento, o propriet�rio do estabelecimento pode ser multado no valor que varia de R$ 408,04 a R$ 4.422,81”, informou a Secretaria Municipal de Servi�os Urbanos (SMSU). Segundo a pasta, a fiscaliza��o � rotineira, mediante a planejamento e atendimento �s demandas do cidad�o.

Respons�vel pela investiga��o criminal, a Pol�cia Civil afirmou que os casos envolvendo o furto de cabos de sem�foros s�o encaminhados para as delegacias da �rea onde a ocorr�ncia foi registrada e investigadas de forma pontual. Ainda conforme informado pela assessoria de imprensa da corpora��o ao Estado de Minas, os trabalhos investigat�rios, al�m de buscar os autores dos crimes, tamb�m visam identificar os receptadores desses materiais.

Dentro disso, a visita de policiais para os trabalhos de investiga��o em ferros-velhos tamb�m est� nos tr�mites da Pol�cia Civil durante a apura��o do inqu�rito criminal. As investiga��es sobre essa pr�tica, no entanto, s�o morosas e � dif�cil encontrar os respons�veis pelos crimes. Conforme mostrado pelo EM, em 24 de agosto de 2017, cabos foram furtados de sem�foros na Avenida �lvares Cabral e causaram um n� no tr�nsito da regi�o. Sobre este caso, que j� caminha para o quinto m�s do registro, a corpora��o apenas informou que as “investiga��es seguem em andamento.” *Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Rachel Botelho


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