Os professores da rede estadual decidiram encerrar a greve, que j� durava 42 dias, nesta quarta-feira. Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato �nico dos Trabalhadores em Educa��o de Minas Gerais (Sind-UTE), os trabalhadores interromperam temporariamente a paralisa��o e decidiram voltar ao trabalho na segunda-feira. A Secretaria de Estado de Educa��o (SEE) informou, por meio de nota no in�cio da noite, que ainda n�o recebeu nenhum comunicado oficial sobre a decis�o da categoria.
A greve dos educadores teve in�cio em 8 de mar�o. A categoria reivindica o cumprimento do acordo salarial estipulado pelo governador de Fernando Pimentel (PT) em 2015. Esse acordo, feito com o estado,previa tr�s atualiza��es nos sal�rios (2016, 2017 e 2018), al�m do pagamento de abonos, para que este ano a categoria equiparasse os vencimentos m�nimos por uma jornada de 24 horas ao piso nacional aplicado no Brasil. Al�m disso, o sindicato questiona o parcelamento dos sal�rios, do 13º sal�rio, a aus�ncia de repasses para o Instituto de Previd�ncia dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), passivos da carreira, f�rias-pr�mio para quem se aposentou, entre outros problemas.
Nessa ter�a-feira, foi protocolada na ALMG a Proposta de Emenda � Constitui��o do Piso Salarial, que contou com a assinatura de 72 deputados. A mat�ria, que j� est� em tramita��o, elimina a necessidade de um projeto de lei espec�fico anualmente e assegura que o vencimento inicial das carreiras de professor de educa��o b�sica, especialista em educa��o b�sica e analista educacional na fun��o de inspetor n�o ser� inferior ao piso nacional.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educa��o informou que aproximadamente 5% das escolas ficaram totalmente paralisadas. Nesta quarta-feira, 105 escolas informaram que estavam nessa situa��o, de um total de 3.461 unidades escolares do Estado. A pasta afirmou que manteve o di�logo com os professores durante a paralisa��o. “Com participa��o do Minist�rio P�blico e da Assembleia, foi elaborado um termo de concilia��o que previa o envio de projeto de lei para concess�o dos reajustes do piso de 2017 e 2018, t�o logo o Governo retornasse ao limite prudencial previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal”, informou.
Em rela��o � reposi��o das aulas do per�odo da greve, a SEE esclareceu que dever� ser proposto um calend�rio de reposi��o dos dias letivos nas escolas que aderiram ao movimento, em acordo com os trabalhadores, para cumprimento da carga hor�ria anual dos estudantes.