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Estado de Minas

Em entrevista coletiva, PM defende a��o em protesto de professores

Comandante do Policiamento Especializado, coronel Giovanne Silva citou negocia��es feitas com categoria antes de interven��o para liberar pistas da Avenida Afonso Pena, no Centro de BH


postado em 23/04/2018 20:23 / atualizado em 23/04/2018 22:09



Na noite desta segunda-feira, a Pol�cia Militar de Minas Gerais (PMMG) convocou entrevista coletiva para defender o protocolo de atua��o adotado diante da manifesta��o dos professores das unidades Municipais Educa��o Infantil (Umeis), que fechou a Avenida Afonso Pena, no Centro de Belo Horizonte, no fim da manh�. Em pronunciamento, o comandante do Policiamento Especializado (CPE), coronel Giovanne Silva, afirmou que a PM tentou negociar com a categoria em duas oportunidades, durante uma hora e meia, mas n�o obteve sucesso.

A primeira delas, segundo o oficial,  foi executada pelo 1º Batalh�o da PM, respons�vel pela �rea. De acordo com o coronel, as lideran�as sindicais concordaram em liberar todas as pistas da avenida ao meio-dia – com objetivo de n�o prejudicar o tr�fego de ambul�ncias, a partir da faixa SOS, e o direito de ir e vir dos cidad�os. Entretanto, o representante da PM afirma ter havido vota��o na qual os manifestantes decidiram n�o cumprir o acertado. 

Com isso, foi adotada uma segunda posi��o, na qual os militares avisaram que o "uso progressivo da for�a" seria empregado caso as pistas n�o fossem desocupadas. Novamente, de acordo com o coronel Giovanne Silva, os manifestantes mantiveram o bloqueio. "A partir da�, por uma decis�o do comando da corpora��o, foi usada a for�a dentro do escalonamento j� previsto em nosso protocolo", afirmou o comandante do Policiamento Especializado. 

Ap�s a tomada da decis�o, a PM usou granadas de efeito moral (sem risco � integridade f�sica dos professores), bombas de fuma�a e jatos d'�gua. Quanto ao spray de pimenta, os militares s� o usaram contra manifestantes que foram em dire��o � Tropa de Choque. N�o foram usadas balas de borracha. 

A opera��o terminou com quatro sindicalistas presos, sendo tr�s homens e uma mulher. Eles foram encaminhados � Delegacia de Pol�cia Civil. Ainda segundo o comandante, a decis�o do "uso progressivo da for�a" partiu, exclusivamente, da PM ."N�o recebi nenhuma liga��o do prefeito de Belo Horizonte (Alexandre Kalil, PHS) nem do governador. A decis�o foi de comando, da Pol�cia Militar", ressaltou. 
 
Tropa de Choque usou bombas de efeito moral, granadas de fumaça e jato d'água para dispersar manifestantes(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)
Tropa de Choque usou bombas de efeito moral, granadas de fuma�a e jato d'�gua para dispersar manifestantes (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)
 

PM se posiciona quanto � sindic�ncia

De acordo com a assessoria de imprensa do Governo de Minas, ap�s ainterven��o uma reuni�o foi convocada pelo governador Fernando Pimentel (PT) para apurar se houve excessos na a��o da PM. O coronel Giovanne Silva afirmou que "o protocolo da Pol�cia Militar vai continuar sendo o mesmo". "O principal: garantir o direito � manifesta��o de quem quer seja, mas manter o protocolo de n�o permitir o fechamento da via." 

Por meio de nota, o governo do estado informou que Pimentel "ouviu os comandantes envolvidos e, ent�o, ordenou a abertura de uma sindic�ncia e que os excessos que venham a ser constatados sejam apurados e os respons�veis punidos”. 

Reivindica��o


Os professores reivindicam igualdade na carreira com os coelgas do ensino fuindamental. “A nossa reivindica��o � carreira �nica para professores da rede municipal. Temos professora graduada em pedagogia que ganha sal�rio l�quido de R$ 752, o que est� sendo descontado no sal�rio � o plano de sa�de. N�o temos condi��es de nos manter financeiramente com nossas despesas di�rias. Ent�o, somos submetidos a jornadas tripla de trabalho”, argumenta Ev�ngela Maria de Oliveira Rodrigues Alvertine, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Rede Municipal de Educa��o (Sindrede).

A Secretaria Municipal de Planejamento, Or�amento e Gest�o informou que h� um projeto de lei na C�mara Municipal de Belo Horizonte com propostas de mudan�as nas carreiras dos professores. “Em rela��o � unifica��o das carreiras de professor de ensino fundamental e de professor para educa��o infantil, informamos que o primeiro passo para avan�os foi dado com o envio do Projeto de Lei nº442/2017 � C�mara de Vereadores. Na proposta, os professores com grau de escolaridade superior poder�o ganhar at� 3 n�veis na carreira, o que resultar� num ganho de at� 15% de aumento no vencimento b�sico”, diz a pasta, em nota. Ainda de acordo com a secretaria, a equipara��o salarial quase dobraria o sal�rio inicial. “Hoje, essa unifica��o custaria para o munic�pio cerca de R$ 80 milh�es por ano, demanda invi�vel diante do cen�rio econ�mico financeiro atual”. 

A proposta n�o agrada a todos os professores. “N�o � aquilo por que a gente luta. A gente luta para ser reconhecida como professor municipal, com ingresso em n�vel superior, em n�vel 10”, disse Ev�ngela Rodrigues.



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